A safra de café de 2010/2011 começou em Cuba e a expectativa é que a produção possa aumentar entre 20% e 25% em relação ao ano passado, quando o país colheu uma de suas safras mais baixas em toda a história. "Ainda não concluímos o processo de estimativa, mas aspiramos ter um aumento de, pelo menos, 1,2 mil toneladas de café", destacou Ramón Fómeta Ordúñez, engenheiro agrônomo e vice-ministro da Agricultura do país.

Ele apontou que esse aumento vai se dar, fundamentalmente, nas províncias de Santiago de Cuba e Guantánamo, justamente as duas maiores produtoras do país, juntamente com Holguín. "O nosso propósito é que nesta temporada possamos começar o processo de recuperação da produção cubana de café", disse.

A última safra obrigou a ilha a importar 18 mil toneladas para satisfazer a demanda interna, justamente em um período de preços altos, o que fez com que a nação tivesse de desembolsar cerca de 45 milhões de dólares.

No último dia 28 de julho, a Comissão Agroalimentar da Assembleia Nacional do Poder Popular propôs dedicar esses recursos para o desenvolvimento do setor, enquanto a produção local se recupera. O primeiro passo foi dado, com o governo decretando um aumento no preço de compra junto aos produtores.

Tal aumento foi de mais de 100% e visou dotar os produtores de melhor qualidade de vida e também de condições para investir nas lavouras. "Os cafeicultores têm um forte compromisso com a direção máxima do país de, em 2015, conseguir ter um volume de café capaz de satisfazer a demanda nacional", disse Ordúñez.

Esse dirigente assistiu em Maísi, no extremo sul do país, o início das atividades de colheita da produção. Também foram executadas as entregas dos padrões de qualidade para os dirigentes camponeses.

As informações são da Agnocafé, adaptadas pela Equipe CaféPoint.