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Cotações são derrubadas em NY por previsão de frente fria

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 26/01/2015

4 MIN DE LEITURA

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 Da redação

O último Boletim Semanal do Escritório Carvalhaes, empresa corretora e exportadora de café, traz a discussão sobre a reação do mercado aos problemas climáticos enfrentados no Brasil. “Apesar do estado debilitado dos cafezais brasileiros e da opinião de técnicos e agrônomos (...) os operadores em Nova Iorque aproveitaram a chegada de uma frente fria trazendo chuva sobre a Mogiana, sul de Minas Gerais e Cerrado Mineiro, para derrubarem as cotações do café na ICE Futures US”, afirma o documento.

Segundo especialistas, as cotações não tem acompanhado a realidade na ponta produtora da cadeia brasileira e, por isso, o mercado interno segue com pouca movimentação. Confira a análise completa do Escritório Carvalhaes, que inclui entre os fatos mais importantes da semana, o artigo e a entrevista do Professor José Donizeti Alves da Universidade Federal de Lavras (Ufla), publicado pelo CaféPoint na semana passada.

Boletim semanal - Santos, sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Apesar do estado debilitado dos cafezais brasileiros e da opinião de técnicos e agrônomos apontar para uma safra de café brasileira em 2015 bem abaixo das necessidades brasileiras de exportação e consumo, os operadores em Nova Iorque aproveitaram a chegada de uma frente fria trazendo chuva sobre a Mogiana, sul de Minas Gerais e Cerrado Mineiro, para derrubarem as cotações do café na ICE Futures US.

Essa chuva, da qual ainda não se sabe o volume de água que trará para regiões cafeeiras que sofreram dez meses de seca em 2014, chega atrasada e terá de ser sucedida por várias outras durante todo o verão, para que tenhamos uma safra 2015 de arábica dentro do já estimado pelos agrônomos brasileiros. Se forem suficientes, as chuvas deste verão farão com que os frutos que já estão nas árvores cresçam e se desenvolvam. Não farão nascerem novos frutos para a safra 2015. Também depende de um verão chuvoso o crescimento dos ramos onde nascerão os frutos da futura safra 2016.

Em artigo e entrevista publicados esta semana pelo site CaféPoint, o respeitado Professor José Donizeti Alves da UFLA - Universidade Federal de Lavras mostra claramente que nosso parque cafeeiro de arábica está agora em situação pior do que estava nesta mesma época em 2014. Segundo o Prof. Donizeti, ‘não precisa ser um “expert” em cafeicultura para concluir que, se o excelente clima de 2013 não foi suficiente para garantir uma excelente produção em 2014, o que dirá da produção de 2015, que foi precedida pelo péssimo ano climatológico de 2014? Conclusão lógica: a produção de 2015 relativamente à produção de 2014 deverá ter uma queda bem maior que a produção de 2014 relativamente à de 2013’.

Agravando a situação para nossa safra de café 2015, os agrônomos do INCAPER – Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural informam que a seca e o forte calor este ano também atingem em cheio a cafeicultura do Espírito Santo, onde a espécie mais produzida é o café conilon. Já está faltando água para irrigar os cafezais em decorrência do baixo nível dos reservatórios. Mais de 50% das lavouras de conilon são irrigadas no Estado, o que representa mais de 150 mil hectares com a tecnologia.

A seca no sudeste brasileiro é tão séria, que o governo do Estado de São Paulo deve anunciar até o fim deste mês uma restrição ao uso de água na agricultura e já se fala em racionamento de água em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.

Nesse quadro desolador, bastou o anúncio da chegada de uma frente fria sobre o sudeste brasileiro para os operadores derrubarem com força as cotações do café em Nova Iorque, que já estavam em um patamar baixo e desencorajador para novos investimentos na cafeicultura. Alguma coisa têm de ser feita para estancar a forte transferência de renda dos cafeicultores brasileiros para grandes grupos internacionais.

No mercado físico brasileiro, a queda das cotações na ICE e o recuo do dólar frente ao real levaram os compradores a diminuírem bastante o valor de suas ofertas. Os produtores não aceitaram as novas bases e retiraram seus lotes do mercado. Poucos negócios foram fechados.

Até o dia 22, os embarques de janeiro estavam em 1.376.888 sacas de café arábica, mais 125.014 sacas de café conillon somando 1.501.902 sacas de café verde, mais 39.316 sacas de café solúvel, totalizando 1.541.218 sacas embarcadas, contra 1.654.234 sacas no mesmo dia de dezembro. Até o dia 22 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em janeiro totalizavam 2.175.958 sacas, contra 2.286.498 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 16, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 23, caiu nos contratos para entrega em março próximo, 855 pontos ou US$ 11,31 (R$ 29,20) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 16 a R$ 592,87 por saca e sexta-feira, dia 23, a R$ 554,84 por saca. Hoje nos contratos para entrega em março a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 250 pontos.


Escritório Carvalhaes

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