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Café do norte paranaense conquista indicação geográfica

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 29/05/2012

4 MIN DE LEITURA

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Os produtores de cafés especiais do Norte Pioneiro do Paraná estão em festa pela conquista da Indicação Geográfica de Procedência (IGP). A certificação garante a origem, os processos de produção e algumas características sensoriais dos produtos da região, dando-lhes destaque no mercado brasileiro e internacional. Além do Paraná, somente outras duas regiões produtoras de café no país apresentam o registro oficial: o Cerrado Mineiro e a Serra da Mantiqueira, ambas em Minas Gerais.

O trabalho para conquistar a IGP teve início em 2008 e o resultado vai conferir maior visibilidade à produção paranaense. "A conquista mostra o sucesso de um trabalho coletivo. Ao ser reconhecido oficialmente, o café passa a servir de referência, como acontece com o presunto de Parma, com os vinhos Bordeaux e Borgonha", afirma Allan Marcelo de Campos Costa, superintendente do Sebrae no Paraná. "A certificação vai ampliar a competitividade dos cafés especiais e abrir novos mercados", complementa o consultor do Sebrae no estado e gestor do Projeto de Cafés Especiais, Odemir Capello.

De acordo com Luiz Roberto Saldanha, presidente da Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (ACENPP), entidade detentora da certificação e que representa os cafeicultores do território, a indicação geográfica é uma ferramenta de comunicação com o mercado, reconhecida em todo o mundo.

Ele explica que os consumidores, cada vez mais exigentes, querem saber a origem do produto, como foi produzido e a qualidade do grão. "A IGP, combinada à estruturação associativa da comercialização e do rigoroso controle de qualidade implantado no Projeto de Cafés Especiais, responde às três perguntas e certifica a procedência, o processo de produção e os atributos únicos da bebida", diz.

A certificação beneficiará aproximadamente 7,5 mil cafeicultores e suas famílias, espalhados por 45 municípios do Norte Pioneiro. Eles são responsáveis por entregar entre 1,1 milhão e 1,3 milhão de sacas beneficiadas por ano, o que corresponde em média a 50% da produção paranaense de café.

A analista técnica de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae Nacional, Hulda Oliveira Giesbrecht, avalia que a IGP é uma chancela que confirma características exclusivas ao café do Norte Pioneiro do Paraná, que não podem ser encontradas em bebidas de outra parte do mundo. Para ela, essa certificação está acima de outras, que avaliam apenas algumas regras específicas.

"A IGP comprova que o produto daquela região é único. Além disso, os produtores que estão naquela área assumem o compromisso de continuar produzindo da mesma forma, em relação ao manejo e ao beneficiamento, para manter a qualidade", analisa Hulda. Ela acrescenta que a certificação promove uma melhoria contínua. "Além de agregar valor ao produto, contribui na redução de custos e no aumento de produtividade, interferindo em toda a cadeia produtiva", enfatiza.

Para Enio Queijada de Souza, gerente de Agronegócio do Sebrae Nacional, gradativamente o Paraná recupera lugar de destaque na cafeicultura nacional, com uma produção voltada para a qualidade. "A IGP é uma maratona e o Projeto de Cafés Especiais conseguiu ultrapassar os obstáculos. O desafio agora é encontrar mercados que remunerem o produto", destaca.

História

A IGP é registrada pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A certificação do Norte Pioneiro, como região produtora de cafés especiais, é fruto de um trabalho intenso realizado pelo Sebrae no Paraná junto aos produtores.

A iniciativa contou com parceria da ACENPP, do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SEAB), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Associação dos Municípios Norte Pioneiro (Amunorpi), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (CREA-PR).

O lançamento do Projeto de Cafés Especiais, em 2006, mostrou a nova realidade do mercado desses grãos e norteou para os agricultores um novo modelo de produção. Antes focada na quantidade, a cultura do grão no Norte Pioneireo ganhou uma nova roupagem, direcionada à qualidade superior.

"A fase conhecida como nova cafeicultura paranaense oferece maior rentabilidade para os produtores, tendo em vista que a saca do café especial é vendida por um preço 20% mais alto em relação ao grão tradicional", avalia Heverson Feliciano, gerente regional do Sebrae no norte do Paraná.

Idealizado pelo Sebrae no estado e a ACENPP, a intenção do Projeto de Cafés Especiais é transformar a região do Norte Pioneiro em uma referência ao promover capacitações que orientam os produtores sobre técnicas e cuidados necessários em cada uma das etapas do processo, da semente à xícara, para garantir a produção de grãos de qualidade. De acordo com Feliciano, a certificação coroa um trabalho de mais de cinco anos. "A IGP credencia os cafeicultores como produtores de cafés especiais. A expectativa é de que, com a certificação, o projeto ganhe uma dimensão ainda maior", afirma.

O projeto também incentiva a comercialização da marca própria, de forma organizada e com condições de atender os mercados interno e externo. Outra estratégia da ACENPP e do Sebrae, para divulgar a qualidade do café produzido na região, foi a concepção da Feira Internacional de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (FICAFE), realizada anualmente para marcar uma nova etapa na história da cafeicultura paranaense.

Cafés especiais

Uma das diferenças entre um café especial e um comercial é a pureza e a uniformidade dos grãos. Nos lotes superiores, o consumidor conhece a origem da bebida, graças à certificação da propriedade e à rastreabilidade do produto. Os grãos premium não apresentam nenhum defeito primário, como grãos pretos, verdes ou ardidos. Para determinar se um café é especial, é realizada uma prova cega com especialistas que analisam amostras retiradas dos lotes e atribuem notas de acordo com o padrão da SCAA (Specialty Coffee Association of America). O certificado é concedido àqueles que receberem nota acima dos 80 pontos.

As informações são da Agência Sebrae de Noticias, adaptadas pela Equipe CaféPoint.

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JOSÉ ADAUTO DE ALMEIDA

MARUMBI - PARANÁ - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ

EM 30/05/2012

Parabéns á todos que lutaram para esta certificação.

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