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Bureau diz que tendência de queda do café reflete oferta mundial

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 04/12/2013

3 MIN DE LEITURA

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O Bureau de Inteligência do Café divulgou, no ativo mensal de novembro, que a tendência de queda nos preços do grão reflete a oferta mundial da commodity. O departamento também busca identificar ameaças e oportunidades para os cafeicultores do Brasil.

Os dados da International Coffee Organization (ICO) mostram que a produção mundial da safra 2012/13 está estimada em 145,2 milhões de sacas de 60 quilos, o que representa uma alta de 9,6% em relação à anterior. O aumento, defende o Bureau, é expressivo, mas a real dimensão depende do consumo. Em 2012, foram consumidas 142 milhões de sacas, aumento de 2,4% em comparação a 2011.

Analisando apenas estes dados, é possível compreender parte dos fundamentos da tendência de queda nas cotações internacionais. A oferta foi maior que a demanda. O cenário a partir de 2009 fica ainda mais desfavorável sob esse ponto, já que houve crescimento no consumo mundial de 9,7 mi/sacas, enquanto a produção aumentou 22,3 mi/sacas.

Outro agravante, de acordo com o levantamento, é o maior uso de conilon (ou robusta) nos blends. Os preços praticados neste momento prejudicam mais os cafeicultores do tipo arábica, cujo custo de produção é mais elevado. Já os de conilon não se encontram em situação tão desfavorável, uma vez que o manejo das lavouras não é tão caro quanto o tipo de maior qualidade. O Bureau frisa que, por conta disso, a recuperação dos preços aos produtores de arábica pode ser mais lenta.

No entanto, o nicho de cafés especiais é uma boa alternativa. O surto de ferrugem na América Central deve prejudicar a oferta de grãos especiais, muito produzidos na região. Com isso, há espaço para o café cereja descascado brasileiro. O Bureau de Inteligência Competitiva do Café é vinculado ao Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (Ufla), em Minas Gerais.

Custos de produção: o relatório de ativos de novembro do Bureau de Inteligência Competitiva do Café destaca que a composição dos custos de produção do tipo arábica apresenta diferenças expressivas quando se considera o tipo de manejo empregado nas lavouras.

A topografia das diferentes regiões produtoras é determinante para tecnologia utilizada. Principalmente em função dessa característica, algumas diferenças na composição do Custo Operacional Total (COT) podem ser justificadas.

Nas regiões com manejo manual, a maior participação no COT é do grupo de custos ‘colheita e pós-colheita’, no valor médio de R$ 178,96/saca. Nas mecanizadas, a maior participação é dos fertilizantes, cujo custo, entre janeiro e agosto, foi de R$ 71,80/saca.

As despesas com mão-de-obra na condução da lavoura também é destacado pelo Bureau. Em regiões com manejo manual, chegam a ser 205% superiores aos de regiões mecanizadas. Já as regiões mecanizadas gastam mais com insumos.

Os defensivos custaram, em média, R$ 32,49/saca, e corretivos R$ 6,39/saca. Os valores são, respectivamente, 74% e 15% maiores do que em regiões de manejo manual.

— Receita não cobre COT do café arábica: segundo o relatório mensal de ativos do Bureau de Inteligência do Café, o Custo Operacional Total (COT) da variedade arábica apresentou aumento de 3% entre janeiro e agosto de 2013. Na direção contrária, os preços pagos aos produtores registraram redução de 11,84%, prejudicando as margens de lucro.

Em janeiro deste ano, apenas três municípios - Capelinha (MG), Franca (SP) e Luís Eduardo Magalhães (BA) - conseguiram cobrir os custos de produção. Naquele mês, o preço da saca de arábica era de R$ 317,48. Já em agosto, a saca valia R$ 279,83, e apenas o último município, na Bahia, conseguiu cobrir o COT.

Se for considerada a Produção de Nivelamento (PN), que representa a produção mínima para cobrir o COT, a produtividade dos demais municípios analisados teria de ser, respectivamente, 28% e 44% superior, em janeiro e agosto. O Bureau de Inteligência Competitiva do Café é vinculado ao Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (Ufla), em Minas Gerais.

As informações são da Agência Safras, adaptadas pelo CafePoint.

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ARABELA PEREIRA LIMA

MONTE SANTO DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 10/12/2013

Já que o mercado pede café especial, será porque motivo não consigo achar mercado para sessenta sacas de café descascado de excelente bebida? E as coisas são bem mais complicadas do que parece. Acho que os produtores de café precisam entender mais o mercado do seu produto, mas minha pergunta é quem na atual circunstância pode nós ensinar? Se alguém conhecer está pessoa me avise, pois estou pronta para aprender.
AUGUSTO COMUNIEN

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS

EM 06/12/2013

Já dizia meu avô antigo produtor de café: Na casa que falta pão, todo mundo grita e ninguém tem razão. Cada um fala uma coisa.... A lei da oferta e da procura fala mais alto do que qualquer coisa Não adianta chiar... e aguentar. Quando o café estava em torno de R$ 500,00 reais... teve muita gente que não vendeu ,e, está com o café estocado até hoje,chorando as perdas. O ser humano é ganancioso por natureza. Porque o café nas prateleiras não caem de preço? ( A metade é de palha de café. Cadê a ABIC?).Infelizmente não é somente o café que passa por esta crise.... é tudo. Tem gente no alto escalão (QUE MECHE COM O CAFÉ) , que nunca viram um pé de café de perto, somente conhece através  de fotografia..... Acontece! Estudaram nas Europas e USA.
ELI VALERA NABANETE

MARUMBI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 04/12/2013

Realmente não da pra entender esses números.Nesta mesma semana o diretor presidente da OIC Sr. Robério Silva  declarou que o consumo mundial de café em 2013 ficara em 146 milhões de scs .se a produção sera de 145 M/scs como  esta superofertado?.Pelo amor de Deus, o que estão fazendo com a cafeicultura.

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