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Volatilidade retorna ao mercado de café, afirma OIC

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 15/09/2015

4 MIN DE LEITURA

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Os preços diários do café atingiram seu menor nível em 19 meses durante agosto, à medida que os mercados de commodities no mundo todo foram afetados negativamente pelas flutuações cambiais e pelas notícias econômicas da China. Mais incertezas podem ser provocadas pelas notícias de que o El Niño nesse ano poderá ser um dos mais fortes já registrados, potencialmente alterando o período e o volume das chuvas em vários países produtores. As exportações de café em julho de 2015 foram de 9,6 milhões de sacas, 3,6% a menos do que no ano passado, com as exportações totais para os primeiros dez meses do ano safra de 2014/2015 (outubro a julho) ficando 2,8% menor, em 92,9 milhões de sacas. Finalmente, a agência governamental brasileira, Conab, reportou que os estoques privados no Brasil caíram em 849.000 durante a safra de 2014/2015, para 14,4 milhões de sacas até o final de março de 2015.



O indicador de preço diário composto da Organização Internacional de Café (OIC) aumentou brevemente no começo de agosto, alcançando o maior valor em 12 semanas, de 128,16 centavos de dólar por libra. Entretanto, mais desvalorizações na moeda brasileira, no peso colombiano e no dong do Vietnã, combinados com declínios mais amplos nas commodities, subsequentemente direcionaram os preços para baixo, para o valor de 114,21 centavos de dólar. A média mensal para agosto ficou em 121,21 centavos, 1,2% maior do que em julho, mas ainda o segundo menor nível desde janeiro de 2014.


Em termos de indicadores de grupo, todos os três grupos de arábica ficaram em média em níveis mensais mais elevados, com os suaves colombianos, outros suaves e os naturais brasileiros aumentando em 1,7%, 1,6% e 2,9%, respectivamente. Os robustas, por outro lado, caíram em 1,5%, para 85,78 centavos de dólar, seu menor valor mensal em 21 meses. A arbitragem entre arábica e robusta, portanto, aumentou levemente, com a volatilidade de preços também aumentando de forma significativa durante o mês de agosto.



De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (WMO), o atual evento do El Niño no Oceano Pacífico tropical é o mais forte desde 1997/1998, e é potencialmente um dos eventos mais fortes desde 1950. O El Niño se refere a uma disfunção ocasional dos padrões climáticos em regiões equatoriais do Pacífico, e é causado pelo aquecimento anormal das águas costeiras do Peru e Equador no Oceano Pacífico oriental e resfriamento irregular das águas costeiras do Oceano Pacífico ocidental. Isso tem um impacto significativo nos padrões de chuva mundiais, que já estão sendo sentidos nas severas condições de seca que afetam a Austrália, nas fortes chuvas no leste da África e nas enchentes na América do Sul. O fenômeno deverá continuar pelo menos até o final desse ano. Embora ainda seja muito cedo para avaliar seu impacto nos países exportadores de café, devemos continuar esperando consequências humanas e ecológicas causadas pelas flutuações climáticas, bem como um impacto na infraestrutura em uma série de regiões produtoras.

Durante o último ano, as moedas de vários países exportadores, mais notavelmente Brasil e Colômbia, desvalorizaram-se de forma significativa com relação ao dólar dos Estados Unidos, como pode ser visto no gráfico 5. Desde setembro de 2014, o Real brasileiro e o Peso colombiano se desvalorizaram em mais de 50%, refletindo o desempenho de sua economia doméstica, bem como as tendências macroeconômicas globais. A Rúpia da Indonésia também caiu em quase 20%, e mesmo o Dong do Vietnã (que tipicamente tem sua relação com o dólar americano dentro de uma faixa relativamente estreita), desvalorizou-se em cerca de 6% durante o ano passado.

O efeito dessas desvalorizações é aumentar a remuneração em moeda local do café vendido em dólares americanos, dando, dessa forma, um incentivo aos produtores e exportadores para liberar mais café ao mercado internacional, mesmo à medida que o preço mundial do café cai.



Isso pode ser visto mais claramente no desempenho de exportações do Brasil durante o ano passado. Embora a produção no ano safra de 2014/2015 (abril a março) tenha caído para o menor volume em três anos, de 45,3 milhões de sacas, de acordo com dados da Conab, as exportações alcançaram um nível recorde de 36,9 milhões de sacas, com o consumo doméstico de cerca de 21 milhões de sacas. Isso foi facilitado pelo uso de estoques que foram acumulados durante as duas safras anteriores e encorajado pela desvalorização significativa na taxa de câmbio. Como pode ser visto no gráfico 6, os volumes mensais de exportação nos últimos três meses estão levemente menores comparados com o ano anterior (ano safra 2014/2015), mas permanecem acima de seus níveis em 2012/2013 e 2013/2014.


Além disso, a Conab divulgou sua pesquisa sobre os estoques privados no final do ano safra de 2014/2015 (31 de março de 2015) que caiu em 849.000 sacas (5,6%), para 14,4 milhões de sacas. É provável que esses volumes tenham caído mais nos últimos meses para impulsionar as exportações. Para concluir, os preços do café continuam sendo afetados pelas tendências macroeconômicas, com poucas notícias fundamentais para dar suporte ao mercado. Embora as exportações tenham desacelerado levemente nos últimos seis meses, o mercado mundial permanece suficientemente abastecido por enquanto. Entretanto, com um forte El Niño esperado para os próximos meses, as previsões de produção futura podem ser incertas.

Texto: OIC / Tradução por Juliana Santin

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