A Starbucks anunciou que planeja abrir 15 novas lojas em bairros de baixa renda dos Estados Unidos, como parte de seu objetivo de criar empregos e expandir mais em áreas urbanas.

Uma das lojas será em Ferguson, Missouri, onde ocorreram protestos raciais após um tiro dado a um adolescente negro desarmado, Michael Brown, por um policial branco. A iniciativa coincide com a recente promessa do diretor executivo da Starbucks, Howard Schultz, de dar uma chance a 10.000 jovens americanos que estão sem trabalho ou fora da escola nos próximos três anos.

As lojas terão um espaço de treinamento para conceder aos jovens dessas comunidades habilidades com clientes e serviços, com o objetivo de impulsionar sua empregabilidade futura.

Outros locais de loja, que abrirão na primeira metade de 2016, incluirão a região sul de Chicago, o bairro Jamaica do Queens, Nova York, Phoenix, Arizona e Milwaukee, Wisconsin. A companhia ainda não finalizou as outras 10 lojas, mas a porta-voz da Starbucks, Alisha Damodaran, disse que estarão abertas até 2018. A empresa considerou a composição socioeconômica das cidades e consultou os líderes locais e organizações sem fins lucrativos para encontrar comunidades em processo de reconstrução, de acordo com Damodaran. “Há uma forte rede de organizações sem fins lucrativos e lideres civis nessas comunidades trabalhando para reconstruir e dar oportunidades a esses jovens”.

A questão é se os consumidores de baixa renda nessas comunidades comprarão café suficiente da Starbucks para manter as lojas funcionando. A companhia aumentou seus já altos preços do café em suas lojas dos Estados Unidos por três anos seguidos, graças aos maiores custos do café, da mão de obra, do aluguel, entre outros.

Damodaran disse que a companhia planeja obter lucros das novas lojas, que foram escolhidas baseadas na crescente demanda por seus produtos. “Também vemos uma oportunidade clara para nosso negócio de trazer novas oportunidades para os jovens”. As lojas também se associarão com negócios locais, incluindo um acordo com a confeiteira da Ferguson, Natalie DuBose, para vender seus “famosos bolos de caramelo”, nas lojas de Ferguson e outros locais em St. Louis.

A reportagem é do https://qz.com / Tradução por Juliana Santin