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Reexportações de café da Alemanha

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 09/07/2013

9 MIN DE LEITURA

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Este relatório, que se baseia no estudo anterior sobre as reexportações de café dos países importadores (documento ICC‐109‐2 Rev. 1), contém um estudo mais detalhado sobre o desempenho da Alemanha no comércio de café. Uma análise do fluxo das importações e exportações de café também possibilitará compreender melhor a dinâmica do setor cafeeiro alemão. Os seguintes pontos serão cobertos:

I. Volume, estrutura e origens dasimportações da Alemanha
II. Volume, estrutura e destinos dasreexportações da Alemanha
III. Valor dasreexportações da Alemanha

2. A análise focalizará o período de 1990 a 2011, dividido em dois sub-períodos: os primeiros 10 anos de mercado livre (1990 a 1999) e os últimos 12 anos (2000 a 2011).

Este segundo período reflete a evolução recente do comércio de café. Notar que todos os dados sobre importações,reexportações e exportações são expressos no equivalente em café verde (ECV).

I. Volume, Estrutura e Origens das Importações da Alemanha 

3. Durante o período de 1990 a 2011, o volume médio anual das importações de todas as formas de café pela Alemanha foi de 15,9 milhões de sacas, tornando‐a o segundo maior país importador de café, após os EUA. A média anual das importações alemãs também aumentou substancialmente, passando de 13,7 milhões de sacas entre 1990 e 1999 a 17,7 milhões no período de 2000 a 2011 (quadro 1). 

Quadro 1: Importações de café verde,torrado e solúvel da Alemanha (em milhares de sacas)


4. As importações são predominantemente na forma de café verde, que em média respondeu por 92,2% do total entre 1990 e 2011. Desde o começo da década de 2000 a participação média das importações de café verde no total das importações da Alemanha foi de 90,3% por ano. As importações de outras formas de café foram relativamente menos expressivas: o volume médio das importações de café torrado no período de 1990 a 2011 foi de 541.000 sacas, respondendo por 3,4% do total; e o volume médio das importações de café solúvel durante o período coberto pelo estudo foi de 703.000 sacas, respondendo por 4,4% das importações de café do país (gráfico 1).
 
Gráfico 1: Importações da Alemanha, por forma de café (1990 a 2011)

 
5. O quadro 2 mostra as 10 mais importantes origens das importações da Alemanha durante o período estudado, todas elas países exportadores. O que mais se nota durante o período foi a emergência do Vietnã, que se tornou a segunda maior origem, e o declínio do fornecimento de café da Colômbia. O Brasil fortaleceu sua posição no mercado alemão, e sua participação aumentou de 12,9% entre 1990 e 1999 para 27,6% entre 2000 e 2011.

Quadro 2: Dez maiores origens para a Alemanha (em milhares de sacas)

 
II. Volume, Estrutura e Destinos das Reexportações da Alemanha 

6. A Alemanha é o maior país reexportador de café do mundo. Entre 2000 e 2011 suas reexportações alcançaram um volume médio anual de 8,6 milhões de sacas, respondendo por 28,1% do total mundial (gráfico 2). Em termos de formas de café, entre 2000 e 2011 a Alemanha foi responsável por 46,2% das reexportações mundiais de café verde, 21,9% das de café torrado e 18,8% das de café solúvel.

Gráfico 2: Volume das reexportações da Alemanha, por forma de café (1990 a 2011)
 
A – Volume e estrutura das reexportações

7. Em termos da estrutura, o volume médio anual das reexportações de café verde da Alemanha foi de 3 milhões de sacas (quadro 3), representando 47,4% do total das reexportações de café do país. Durante o período mais recente de 2000 a 2011, essa média subiu para 4,2 milhões de sacas.

Quadro 3: Reexportações de café verde,torrado e solúvel da Alemanha
(em milhares de sacas)


 
8. Entre 1990 e 2011 a Alemanha reexportou uma média anual de 1,9 milhão de sacas de café torrado, e este constituiu 29,7% das reexportações de café do país. Embora a média das reexportações alemãs de café torrado tenha dobrado de 1,2 milhão no primeiro período para 2,4 milhões desde 2000, a participação do café torrado nas reexportações do país caiu de 34% para 28,2%.

9. Entre 1990 e 2011 a Alemanha reexportou em média 1,4 milhão de sacas de café solúvel por ano, e o solúvel representou 23% do total de suas reexportações. A participação do solúvel no total das reexportações alemães permaneceu relativamente inalterada, registrando 22,9% entre 2000 e 2011, em comparação com 23,3% de 1990 a 1999.

10. A taxa de crescimento das reexportações de todas as formas de café pela Alemanha aumentou para 8,4% no período de 2000 a 2011, de 3,9% no período de 1990 a 1999. Durante o mesmo período mais recente, as taxas de crescimento das reexportações de café verde, torrado e solúvel foram de 9,3%, 7,8% e 7,4%, respectivamente. A taxa de crescimento das reexportações de café verde continua a ser a mais alta, confirmando a importância da rede de transportes da Alemanha, que recebe café dos países exportadores e o reexporta para outros destinos.

B – Destinos das reexportações da Alemanha

11. A Alemanha reexporta café com destino a mais de 150 países. O quadro anexo mostra os principais destinos, com base nas médias do período de 2000 a 2011. Os EUA, a Polônia, a Áustria, os Países Baixos e a França são os principais destinos das reexportações de todas as formas de café da Alemanha (gráfico 3).
 
Gráfico 3: Principais destinos das reexportações de todas as formas de café da Alemanha (média de 2000 a 2011)


12. Em termos de café verde, os cinco destinos principais são indicados no gráfico 4. De longe, o maior destino são os EUA, que em média respondem por 1,2 milhão de sacas por ano desde 2000. A grande maioria dessas reexportações é de café verde descafeinado. Como a Alemanha importa um volume insignificante de café verde descafeinado, pode‐se presumir que há uma indústria vibrante de descafeinação na Alemanha.
 
Gráfico 4: Principais destinos das reexportações de café verde da Alemanha
(média de 2000 a 2011)


13. As reexportações de café torrado se destinam predominantemente aos países que
fazem fronteira com a Alemanha, como indica o gráfico 5. Também houve um crescimento vigoroso, em anos recentes, na Polônia, na Eslováquia e na República Tcheca, sugerindo maior demanda por café torrado na Europa oriental.
 
Gráfico 5: Principais destinos das reexportações de café torrado da Alemanha
(média de 2000 a 2011)


14. Por último, no que diz respeito ao café solúvel, o Reino Unido é consistentemente o mais importante destino das reexportações da Alemanha desde 1990. Além disso, os principais destinos são apreciavelmente mais díspares em termos geográficos que os do café torrado, e incluem a França, a Federação Russa, a Polônia e os Países Baixos (gráfico 6).

Gráfico 6: Principais destinos das reexportações de café solúvel da Alemanha
(média de 2000 a 2011)
 
15. De modo geral, as principais reexportações de café da Alemanha ocorrem dentro da União Europeia, respondendo por mais de 75% das reexportações de todas as formas de café do país. A participação das transações comerciais intra‐UE no total das reexportações de café da Alemanha varia de quase 68% a 95%, dependendo de as transações serem de café verde, torrado ou solúvel (gráfico 7). 
 
Gráfico 7: Destinos das reexportações da Alemanha
(média de 2000 a 2011)


III. Valor das Reexportações da Alemanha 

A – Período de 1990 a 2011

16. A Alemanha ganhou em média US$1,3 bilhão por ano, tendo reexportado 6,3 milhões de sacas entre 1990 e 2011. Reexportações médias de cerca de 3 milhões de sacas de café verde trouxeram à Alemanha US$468 milhões por ano (quadro 4 e gráfico 8).

Quadro 4: Volume e valor médio das reexportações da Alemanha


Gráfico 8: Volume e valor das reexportações de todas as formas de café da Alemanha (1990 a 2011)


17. No caso das reexportações de café torrado, a Alemanha em média obteve US$423 milhões por ano, por um volume de 1,9 milhão de sacas. No caso do café solúvel, ela obteve quase US$394 milhões por ano, por um volume médio de 1,4 milhão de sacas durante todo o período de 1990 a 2011.
 
B – Período de 1990 a 1999

18. Durante este primeiro período de mercado livre, o valor médio das reexportações de todas as formas de café da Alemanha foi de US$760 milhões, por um volume de 3,5 milhões de sacas. O valor total das reexportações de café verde da Alemanha em média registrou US$246 milhões, por um volume de aproximadamente 1,5 milhões de sacas.

19. As reexportações de café torrado trouxeram à Alemanha US$269 milhões, por um volume médio de 1,2 milhão de sacas, e as reexportações de café solúvel trouxeram US$245 milhões, por um volume médio de 824.000 sacas.
 
C – Período de 2000 a 2011

20. Houve aumentos expressivos do volume e do valor das reexportações durante este período. As reexportações de um volume de 8,6 milhões de sacas de todas as formas de café renderam à Alemanha US$1,7 bilhão.

21. A Alemanha obteve US$653 milhões, por um volume médio de reexportações de café verde de 4,2 milhões de sacas. O valor médio anual das reexportações de café torrado da Alemanha durante o período de 2000 a 2011 girou em torno de US$552 milhões, por um volume de 2,4 milhões de sacas. As reexportações de um volume médio de 2 milhões de sacas de café solúvel trouxeram ao país US$518 milhões.

22. Notar que as exportações que geraram as receitas mais altas para o país durante todo o período foram as de café verde (36,4%), seguidas pelas de café torrado (32,9%).

As reexportações de café solúvel responderam por 30,7% do total das receitas. A importância do café verde nas reexportações da Alemanha foi confirmada pela evolução que se observa desde 2000, pois a participação do café verde no valor das reexportações no período foi de 37,9%, ante 32% do café torrado e 30,1% do café solúvel. O valor das reexportações de café verde, assim, registrou um aumento considerável em relação às outras formas de café (gráfico 9). Mais recentemente, a participação do café verde no valor das reexportações aumentou consideravelmente: de 38,5% no ano civil de 2010 para 41,5% em 2011. Na verdade, entre 2010 e 2011 o valor das reexportações de café verde aumentou 48,2%, passando de US$1 bilhão a US$1,5 bilhão, enquanto o volume das reexportações só aumentou 4%, passando de 5,5 milhões de sacas em 2010 a 5,7 milhões em 2011.
 
Gráfico 9: Valor das reexportações da Alemanha, por forma de café (1990 a 2011)


Conclusão

23. Em conclusão, este estudo põe em relevo o crescimento dinâmico da indústria do café na Alemanha, particularmente durante o período de 2000 a 2011. O volume das reexportações corresponde a 48,3% do volume anual médio das importações do país, de 17,7 milhões de sacas (gráfico 10). O aumento das reexportações e, em especial, as de café verde, em grande medida pode ser atribuído à extensa rede de transportes da Alemanha, que lida como café importado dos países produtores e o reexporta para outros destinos.

Gráfico 10: Importações e reexportações anuais médias da Alemanha


24. Convém notar que houve quedas expressivas nas importações de café verde de certas origens pela Alemanha, enquanto outras origens ganhavam importância. Nota‐se isso, em particular, no caso das importações de café da Colômbia e, em menor escala, da Guatemala, que perderam participações de mercado sobretudo para o Brasil e o Vietnã.

25. A União Europeia continua a ser o principal destino para as reexportações de café da Alemanha, embora os EUA ainda sejam um dos principais destinos, particularmente para o café verde descafeinado.

A matéria é da OIC, com edição do CaféPoint.




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ROBERTO MARANSALDI

SANTOS - SÃO PAULO

EM 27/07/2016

A cultura de um povo não nasce da noite para o dia. Começamos com a exploração dos portugueses, que vieram para cá só para roubar outro, prata, pedras preciosas e até pau brasil. A corrupção estão ilustradas nas Capitanias Hereditárias ou antes ainda, pelos Tratados com os Espanhóis.Os portugueses trouxeram os escravos africanos e até hoje nós é que respondemos pelo crime dos fariseus. A nossa independência veio em um acordo, beneficiando os ingleses. Maçonicamente tudo foi entregue. Com a república nada mudou, Os ricos querem explorar os pobres e os pobres querem se manter como podem. Vieram os demais estrangeiros, oriundos da fome, da guerra, misturando com o caldo da ignorância que já existia. Nasceu a lei do Gerson aperfeiçoada pelos agentes políticos,devidamente respeitadas pelos asseclas e cabos eleitorais que ficam com as migalhas, ocupando cargos de assessores, diretorias e galhos de estatais, sindicatos patronais e de classe, SESI.,SESC, SENAI , etc. De tudo, sai o dinheiro captado nos impostos. Pobre Brasil. Estou como mais de 70 anos e ainda não conheci nenhum cidadão integralmente honesto neste país.  Não vislumbro nenhuma melhora, principalmente com esses corruptos que estão no governo municipal, estadual, federal, executivo, legislativo e judiciário.   
JOÃO BATISTA JASSO

SERRANIA - MINAS GERAIS

EM 10/07/2013

Amigos ; O Brasil esta podre , ardido , riado , não passa uma xicara á frente da Alemanha . Sem falar das ultimas manifestações e dos milhares de Projetos de Emenda Constitucional ,,,, Então o Brasil esta PODRE ( Saúde ) , Vendido ( Economia ) e Burro ( Na Educação e na Administração. Querem fazer Plebiscito , Reforma Politica . Tá faltando mais Republicanismo , Mais Gestão em toda essa m.... . Corram dos Políticos . Um Grande abraço aos que ainda permanecem na atividade , se bem que - Os que não precisam e com raras exceções não representam a dificuldade do setor cafeeiro .    
GILMAR SILVA GONÇALVES

BARRA DA ESTIVA - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 10/07/2013

A Alemanha dando exemplo de competência ,inteligência e tudo que merece Parabéns!.Fruto de uma educação voltada para ciência e tecnologia.
JOÃO CARLOS REMÉDIO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 09/07/2013

Estamos colocando lenha na fogueira dos outros, transformando toda essa energia em RIQUEZA. Enquanto, por aqui, terceiro mundo, nós produtores estamos morrendo incinerados. Parabéns, Alemanha. Bem que o Brasil poderia importar um pouco de seus administradores;os daqui, bem, melhor nem descrevê-los...!

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