ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Projeto propõe revolução energética com os resíduos de café

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 18/09/2014

3 MIN DE LEITURA

0
0
Um experimento revolucionário que está sendo realizado em vários países da América Central poderia desempenhar um papel fundamental na geração de energia sem resíduos nocivos para o meio-ambiente, derivados do carbono e do metano.

De fato, o projeto “Energia a partir dos resíduos de café” busca demonstrar que é possível gerar biogás, mitigar as causas da mudança climática e proteger os recursos hídricos mediante o tratamento dos descartes de pó de café.

A América Latina produz cerca de 70% do café do mundo e possui 31% dos recursos globais de água doce. No entanto, esse cultivo gera uma quantidade importante de águas residuais – comumente denominadas de águas méis – que, no geral, são jogadas sem tratamento nos rios, o que afeta a flora e a fauna aquáticas, assim como também as comunidades localizadas ao lado da foz.

As águas que resultam dos resíduos do café contêm toneladas de resíduos orgânicos com uma alta toxicidade que afeta os solos e gera importantes emissões de gases de efeito estufa, em especial, metano, uma das principais causas da mudança climática.

Por isso, o processamento de café tem fortes efeitos sobre a contaminação ambiental e significa uma ameaça direta para a saúde humana.

Em oito fazendas cafeeiras da Nicarágua, dez em Honduras e uma na Guatemala, foram instalados sistemas para tratamento das águas residuais e mecanismos para o tratamento dos resíduos sólidos. O impacto positivo do projeto em mais de 5.000 habitantes da região tem inspirado a companhia internacional de agricultura sustentável, UTZ Certified, a replicar a iniciativa em outros países.

“Para por essa iniciativa em marcha, são utilizados materiais que podem ser encontrados na região e o processamento é realizado através de biodigestores anaeróbicos, sem oxigênio”, explicou Mira-Bai Simón, porta-voz do UTZ Certified. Além disso, ela disse que o desenvolvimento dessa iniciativa se dá em diferentes escalas.

“No caso de pequenos agricultores, os biodigestores se conectam diretamente a suas casas. Depois, estão as fazendas médias e as grandes, com instalações mais complexas”.

No entanto, o projeto começou em 2010 com um objetivo diferente: o de reverter os problemas ambientais e sanitários provocados pelos resíduos de processamento de café. Rapidamente a UTZ Certified se deu conta de que o projeto poderia ir mais além.

Os resultados do projeto vão desde prevenir o desmatamento local de árvores nativas até conseguir melhores ambientes domésticos para as famílias que substituem os fogões a lenha pelos a gás.

Por sua vez, graças à iniciativa, trata-se quase a totalidade da água contaminada durante o processamento de café, economiza-se 50% da água utilizada durante a polpação e a lavagem do grão, consegue-se uma importante quantidade de biogás e se previnem as emissões de gases de efeito estufa.

“A produção de café é ambientalmente sustentável quando se usa o recurso hídrico de um modo eficiente e se trata a água contaminada pelo processo de moagem úmida. Os ecossistemas locais não têm a capacidade de limpar grandes quantidades de fluidos contaminados”, disse o diretor executivo da UTZ Certified, Han De Groot, através de comunicado.

“As comunidades rurais e a produção de café dependem intrinsecamente de um abastecimento de água. Desse modo, quando se quer falar de café produzido de um modo sustentável, as águas residuais devem ser tratadas antes de ser liberadas ao ambiente”.

De acordo com a informação oficial publicada na página da firma na internet, os pequenos produtores, que geram cerca de 12 toneladas de café, ao utilizar esse sistema, reduzem o uso de água entre 60% e 70%, o que diminui os efeitos contaminantes em 89%. Além disso, nessa escala são produzidos 321 metros cúbicos de biogás.

Por outro lado, os grandes produtores de café que realizam o processamento em grandes plantas possuem uma produção estimada entre 1.360 e 2.300 toneladas. Para essa escala, a redução de uso de água potável está entre 40% e 50%, enquanto se produzem 18.000 metros cúbicos de biogás.

Os custos são avaliados em dois níveis. Por um lado, os custos operacionais médios pela colheita em um ano vão de US$ 15,2 por tonelada de café para fazendas pequenas até US$ 5,2 por toneladas para as grandes. Por outro, os custos de construção das instalações vão de US$ 1.000 para as fazendas pequenas até US$ 180.000 para as grandes.

Atualmente, a UTZ Certified está introduzindo essa tecnologia no Peru e no Brasil e espera contar com o apoio da indústria para replicar a iniciativa na África e na Ásia.

A reportagem é do https://www.infobae.com / Tradução por Juliana Santin 

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures