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Demanda por café instantâneo traz Vietnã de volta à cadeia de valor da cafeína

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 18/08/2015

3 MIN DE LEITURA

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O papel de maior produtor de café robusta não é suficiente para o Vietnã. O país quer ser conhecido como um fabricante de café instantâneo, armazenando latas e vidros nas prateleiras do mundo.

A Nestlé SA e a Olam International Ltd. já investiram em plantas de processamento do produto no país para cobrir a crescente demanda por café instantâneo à medida que o Vietnã busca aumentar os lucros de exportação enviando mais produtos processados. Cerca de 15% de sua produção total serão usados para fazer café solúvel até 2020, cerca de três vezes o nível atual, de acordo com o Ministério da Agricultura do país.

O consumo global de café instantâneo aumentou em 62% na última década, batendo o aumento de 20% nos grãos torrados e moídos, mostraram dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A demanda anual aumentará em cerca de 3% nos próximos três a cinco anos, estimou a Olam, em meio ao crescente apelo nos mercados emergentes para facilitar a obtenção da bebida, simplesmente adicionando água quente.

“Na Ásia especialmente, a conveniência do café instantâneo tem grande apelo aos clientes que estão cada vez mais adquirindo o hábito de rapidamente pegar e beber”, disse o diretor gerente e chefe global de café, lácteos e serviços financeiros de commodities da Olam, Vivek Verma. “Em muitos mercados emergentes, há um status social implicado no consumo de café, que é visto como um produto e uma atividade premium”.

Os futuros do robusta em Londres caíram em 15% com relação ao começo desse ano, apagando os ganhos do ano passado, de 14%.

Consumo mundial
O consumo mundial de café cresceu em 2,3% anualmente entre 2011 e 2014, mostraram dados da Organização Internacional de Café (OIC). Enquanto a demanda nos mercados tradicionais cresceu em 1,5%, nos mercados emergentes cresceu em 4,6%. O mercado global de café solúvel expandiu-se em cerca US$ 5,5 bilhões no ano passado de US$ 3,65 bilhões em 2007, de acordo com a Olam.

O café instantâneo é responsável por 14% do consumo global, de acordo com o USDA. O Vietnã é o quinto maior exportador, depois de Brasil, Indonésia, Malásia e Índia, mostraram dados do USDA. O país aumentou sua participação nas exportações globais, para 9,1% de 1,8% há cinco anos. O maior exportador, o Brasil, foi responsável por 24% a 29%, de acordo com os dados.

“Somos o segundo maior produtor e exportador de café no mundo, mas se vamos para Europa, América e Ásia, é raro se deparar com um café levando o nome do Vietnã”, disse o ministro da Agricultura, Cao Duc Phat. “Nosso valor agregado é muito pequeno”.

O Vietnã pode impulsionar a produção de café solúvel, devido aos seus menores custos de processamento e mão de obra, bem como à disponibilidade de café robusta, disse Carlos Mera Arzeno, analista do Rabobank International. O país está também próximo ao crescente mercado da Ásia, disse Verma. A companhia tem uma planta de processamento de café instantâneo na província do sul de Long An que começou a produção comercial em 2010 e expandiu em 2012.

A Nestlé, que tem um complexo de processamento com um investimento total de US$ 270 milhões na província de Dong Nai, começou a fabricar café instantâneo no Vietnã em 1997. Outras companhias com fábricas de café solúvel incluem a unidade do Vietnã da maior exportadora de café da Índia, a CCL Products (India) Ltd., e as firmas locais, como Trung Nguyen Group Corp. e Vinacafe Bien Hoa Joint-Stock Co.

O Vietnã enfrenta competição nas exportações. Os envios de café da Índia deverão aumentar para o maior volume em quatro anos no ano até março de 2016, previu a Associação de Exportadores de Café da Índia. As exportações do Vietnã nos primeiros sete meses caíram em 33% para seu menor valor desde 2010, mostraram dados do governo.

Outros países asiáticos estão expandindo para capacidade de produzir café instantâneo, disse Verma, citando investimentos recentes em Malásia, Laos, Indonésia, China, Índia e Coreia do Sul. O Brasil deverá continuar dominando a maior parte da oferta de café instantâneo nos próximos cinco a oito anos devido à sua moeda competitiva, experiência e volume de processamento, disse ele.

No mercado doméstico, o Vietnã está promovendo a demanda local de café, especialmente entre os jovens, para impulsionar a razão do consumo doméstico para mais de 25% da produção até 2030 de menos de 10% atualmente, de acordo com o Ministério da Agricultura do país.

A reportagem é do Bloomberg / Tradução por Juliana Santin 

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