Os cafés gourmet e orgânicos atenuarão o impacto da queda do Euro frente ao dólar americano, já que a moeda da União Europeia (UE) caiu para valores menores que no ano de sua criação em 1999, estimam especialistas.

Em 2012, a Europa foi o destino de mais de 80% da produção de café hondurenho, ano quando o país atraiu divisas pelas exportações de café de cerca de US$ 1,4 bilhão.

Para 2015, espera-se uma colheita de cerca de 7 milhões de quintais (cerca de 5,36 milhões de sacas de 60 quilos), enquanto os preços ficarão em torno de US$ 180. No entanto, os exportadores, produtores e governo estão preocupados que o Euro fique em valores de US$ 1,16, enquanto meses atrás estava em mais de US$ 1,32.

A presidente da Fundação para o Desenvolvimento dos Investimentos e Exportações (Fide), Vilma Sierra, disse que não acha que esse fator do câmbio impactará nas exportações do grão. “De fato, o café é importante (na balança comercial) e o Euro está caindo, mas segue sendo uma moeda forte. Além disso, nós competimos bastante na Europa com os cafés especiais”.

“Não é o café genérico, mas sim, os cafés gourmet que não são cotados na bolsa e, portanto, mantêm preços mais altos e estáveis. Poderá haver uma descompensação, mas, por outro lado, as colheitas a partir de outubro (2014) têm sido muito boas. As qualidades do café (hondurenho) são mais requeridas na Europa. São aspectos que devem ser valorizados para buscar um equilíbrio, que apresenta uma perspectiva otimista no momento” para a economia hondurenha, disse ela.

A reportagem é do https://www.latribuna.hn. / Tradução por Juliana Santin