O presidente da Associação, Carlos Ignacio Rojas Gaitán, disse que a escassez de café nos estoques internacionais seria uma oportunidade de ouro para a Colômbia, tendo em conta a diversidade do produto que há no país e que poderia suprir a necessidade de diversos mercados que não estão interessados em ter acesso às exportações tradicionais.
Atualmente, Estados Unidos são o principal comprador de café colombiano com uma demanda de 44% do total exportado, seguido por Japão, com 11%, e Alemanha, com 8%. No entanto, existem demandantes do produto de uma qualidade inferior que tem querido se aproximar da Colômbia em busca de opções, conhecer a variedade cafeeira que se tem na Colômbia.
Consequentemente, a Asoexport considera pertinente trabalhar desde já em uma estratégia que permita modificar o Contrato Administrativo do Fundo Nacional Cafeeiro firmado entre o Governo e a Federação Nacional de Cafeicultores, para que a administração do mesmo e as decisões referentes ao setor sejam tomadas pelo Ministério da Agricultura, como acontece com todos os setores agrícolas.
A proposta surge por causa da limitação que as exportações colombianas têm por decisão do Comitê Nacional de Cafeicultores, que considera um erro arriscar a reputação do produto colombiano ao exportar café de menor qualidade.
“O mercado é amplo e há compradores que estão dispostos a adquirir esse café, pois sabem que têm características boas ainda que não seja o produto tradicional. De fato, em termos reais, há qualidades inferiores que em alguns casos, alcançariam preços superiores aos do café médio”.
O mercado mundial de café é de 150 milhões de sacas. O milhão que fica no país do total de sua produção não faria diferença, mas geraria um rendimento adicional para os cafeicultores que tem tido problemas no processo de seus produtores por situações fora de seu controle. Então, a possibilidade de vendê-lo externamente seria boa, tendo em conta que poderia receber mais no mercado internacional que no mercado interno.
A reportagem é do https://www.dinero.com / Tradução por Juliana Santin