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Cotações internacionais do arábica chegam ao nível mais baixo do último ano

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 02/03/2015

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 As cotações futuras do café arábica, negociadas na ICE Futures US, apresentaram forte recuo em fevereiro, para o patamar mais baixo dos últimos doze meses. O aumento do volume de chuvas no Brasil, embora de forma não generalizada, e a desvalorização das moedas dos principais exportadores de arábica foram os principais fatores responsáveis por essa tendência.

Em fevereiro, as condições atmosféricas voltaram a favorecer a ocorrência de pancadas de chuvas sobre o Sudeste, Centro-Oeste e parte do Nordeste do Brasil. Segundo a Climatempo, o mês se encerrou com precipitações acima da média em partes de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, porém insuficientes para reverter o quadro de estiagem que predomina em grande parte do País. Desta forma, “o Brasil entra no último mês do verão 2014/2015 ainda com um déficit de chuva muito grande, especialmente nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste”, e a tendência é de redução dos volumes de precipitação ao longo de março, resultando em mais calor do que o normal, alerta a empresa.

O dólar fortalecido em relação ao real brasileiro e ao peso colombiano também foi outro importante fator de depreciação dos preços internacionais do café arábica. No Brasil, a divisa norte-americana encerrou fevereiro a R$ 2,856, com alta de 6,1% no mês. Na Colômbia, o câmbio apresenta comportamento semelhante, com o dólar acumulando valorização de 26% ante o peso, nos últimos seis meses. Esse fato, aliado ao aumento dos volumes exportados pelos dois países, tem criado a impressão equivocada de amplos volumes disponíveis de café, quando as reais perspectivas são de forte encolhimento dos estoques do Brasil, maior fornecedor mundial da commodity.

Os fundos que operam no mercado futuro e de opções de café arábica da Bolsa de Nova York voltaram aumentar suas posições vendidas, que atingiram o patamar mais elevado desde o final de janeiro de 2014, conforme ilustrado no gráfico abaixo.





Diante desse cenário, o vencimento maio do Contrato C da ICE Futures US registrou queda de 2.415 pontos, sendo cotado a US$ 1,405 por libra-peso no último pregão de fevereiro, valor mais baixo dos últimos doze meses. A cotação média mensal, de US$ 1,58, foi apenas 1,6% superior à do mesmo período de 2014. O gráfico seguinte mostra que o café foi a commodity que mais acumulou perdas no mês de fevereiro.

Fonte: Finviz

Os estoques certificados de arábica da ICE Futures US apresentaram variação pouco significativa no mês passado, aumentando apenas 2.739 sacas e encerrando fevereiro em 2,27 milhões de sacas. Em relação ao volume registrado no mesmo período do ano anterior, de 2,61 milhões de sacas, houve redução de 13%.

Influenciado pelo desempenho negativo do café arábica, o mercado futuro da variedade robusta também registrou perdas no mês passado. O vencimento maio/2015, negociado na ICE Futures Europe, acumulou queda de US$ 47, sendo cotado a US$ 1.907 dólares por tonelada no último dia de fevereiro. No entanto, a cotação média mensal, de US$ 1.967/t, ainda foi 4% superior à de fevereiro de 2014.




 

Os estoques certificados de robusta monitorados pela ICE Futures Europe continuaram crescendo e encerraram fevereiro ao redor de 2,55 milhões de sacas, volume seis vezes superior ao contabilizado no mesmo período do ano passado.

Com os menores preços internacionais do robusta, e também devido ao feriado prolongado do Ano Novo Lunar, o Escritório Geral de Estatísticas do Vietnã estima que o país exportará 1,82 milhão de sacas de café em fevereiro, com expressiva queda de 40,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com isso, no acumulado da safra 2014/2015 (outubro a fevereiro), as vendas externas deverão atingir 8,94 milhões de sacas, 11% menores em relação ao mesmo período da temporada anterior.

Como a desvalorização das cotações do arábica foi bem mais acentuada do que a do café robusta, manteve-se a tendência de estreitamento da arbitragem entre os terminais da ICE Futures US e da ICE Futures Europe, que encerrou o mês a US$ 0,54.



 

No mercado físico brasileiro, os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon encerraram fevereiro em tendências opostas, com variações acumuladas de, respectivamente, -2,3% e 0,8%. O indicador do arábica foi cotado, no último dia de fevereiro, a R$ 432/saca, valor mais baixo desde setembro de 2014. Já o indicador para a saca do colinon encerrou o mês a R$ 290,92, ainda mantendo a variação positiva no acumulado mensal. Com isso, houve estreitamento do diferencial de preços entre as variedades, que caiu para cerca de R$ 140/saca, o menor desde julho de 2014.

* Material elaborado pela assessoria técnica do CNC.

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