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Grande desafio de 2012 - Manter ou não a qualidade, eis a questão...

PAULO HENRIQUE MONTAGNANA VICENTE LEME

EM 30/01/2012

4 MIN DE LEITURA

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Grande desafio de 2012 – Manter ou não a qualidade, eis a questão...

Paulo Henrique Leme

Nos últimos 10 anos os cafeicultores brasileiros fizeram uma verdade “revolução da qualidade”. Dados estão aí que mostram uma cafeicultura focada na qualidade, produzindo cafés gourmet, sustentáveis, orgânicos, especiais, de origem e etc.

O fato é que estes investimentos em qualidade (seja no produto ou no processo produtivo) custaram muito. Quem pagou a conta foram os cafeicultores que investiram em novas tecnologias de plantio, manejo e colheita. Investiram na produção do café cereja descascado e, principalmente, mudaram sua visão de mercado.

Estes cafeicultores passaram também a visualizar os cafés de qualidade como uma saída para a crise de preços que assolou por quase 10 anos a cafeicultura mundial. Porém agora o cenário é diferente, desde 2010 vimos uma aceleração nos preços das commodities globais, e o café, dentre todas, se destacou.

Evolução de preços café 2010-2011
Fonte: dados compilados pelo autor de diversas fontes: BM&F, CEPEA/ESALQ e corretoras.

No mercado, os preços do café Arábica tipo 6 subiram quase que 80% de janeiro de 2010 a janeiro de 2011, de uma média de R$ 280,00 em 2010 a R$ 500,00 nos dias de hoje. O café cereja descascado subiu um pouco menos, 70%, de R$ 307,00 a R$ 522,00. O Conilon subiu 58% no mesmo período. O mais impressionante é a escalada de preços na BM&F, o primeiro fechamento da bolsa subiu quase 90% em dois anos em reais, de R$ 302,00 a R$ 564,00 em média.

O momento por sua vez é diferenciado, pois o dólar, grande vilão do passado, se manteve praticamente estável no período. No fechamento de janeiro de 2010, ele estava cotado a R$ 1,88, enquanto que agora a média gira em torno de R$ 1,87. Portanto, os aumentos dos últimos 24 meses significam um aumento real na renda dos cafeicultores brasileiros.

Por mais paradoxal que seja esta evolução de preços pode, de alguma forma, prejudicar a produção de cafés de qualidade. Como em outros momentos históricos, quando os preços estavam lá embaixo, muitos produtores buscaram na qualidade a saída para a crise. O problema é que quando os preços voltam a patamares recompensadores muitos produtores abandonam a prática da qualidade, pois os diferenciais entre os cafés inferiores e superiores fica menor. É a velha lei do mínimo esforço. O produtor fica tentado a fazer uma perigosa e escorregadia conta: como o preço do café inferior está bom, vou reduzir os custos ao máximo para aproveitar os bons preços e deixar de investir em cafés de qualidade superior.

Aparentemente, esta tática funciona bem por um tempo. Aí vem a crise de preços e a história recomeça...

Porém, os tempos são outros, felizmente. Pois a maior revolução dos últimos 10 anos a meu ver não foi apenas na produção de qualidade, mas na gestão das propriedades. A crise transformou estes cafeicultores em empresários rurais, e bons empresários que são, já perceberam dois bons motivos para manter a qualidade: (1) o mercado mudou e, (2) a gestão mudou.

No lado do mercado, os reduzidos estoques mundiais e o novo posicionamento do Brasil como fornecedor de qualidade para o mundo são fatores novos para este equação. Produtores de cafés especiais e certificados possuem contratos já firmados e sabem que para manter seus clientes fiéis devem continuar a fornecer a mesma qualidade. Também já perceberam que a bonança de preços é passageira, e estes clientes podem ser muito importantes no futuro.

Do lado da gestão da qualidade, basta ao produtor olhar sua produção por outro ângulo, pois os benefícios da qualidade vão muito além do preço. A grande sacada para este momento de preços mais altos é diminuir a varreção, reduzir ao máximo a produção de rejeitos e também da catação. Fazer qualidade para reduzir os defeitos é primordial.

Uma pergunta interessante a ser feita é qual a sua porcentagem de catação? Depois faça o cálculo, e descubra quantos reais você terá descontado de sua saca de 60 kg a cada 1% de catação. Medidas médias de hoje indicam um valor médio de desconto de R$ 2,30 por porcentagem de catação! Ou seja, se você tem 5% de catação em seu café, o desconto chegará a R$ 11,50 por saca. É a qualidade olhada pelo lado de baixo.

Outro objetivo importante da gestão da qualidade é reduzir a água. Não apenas o consumo de água no processamento do café, mas o volume de água do café colhido, de modo a reduzir o volume de café e liberar espaço no terreiro. A gestão da colheita ensina, por exemplo que o cereja descascado é um processo eficiente não só porque aumenta a qualidade ao selecionar os cafés maduros, mas sim porque permite a colheita de um café com alta % de humidade. Este café tendo a casca removida reduz drasticamente seu volume no terreiro e tem o processo de seca acelerado. Afinal, quanto custa um dia de uma turma parada na lavoura porque o terreiro não comporta mais café? O processo do cereja descascado passa a ser, portanto uma ferramenta redutora de custos operacionais. Vale lembrar que a florada da safra atual foi muito uniforme em várias regiões e chance de observarmos a maturação ao mesmo tempo de boa porcentagem do café a ser colhido é alta.

Realmente os tempos são outros, e o posicionamento do Brasil como maior fornecedor mundial de cafés de qualidade e sustentáveis depende de nossa habilidade de continuar a revolução da qualidade, no lado da gestão.

Fazer ou não fazer qualidade, eis a questão...

* O consultor agradece aos oportunos comentários do colega eng. agrônomo Eduardo Sampaio.

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WELINGTON GERALDO ROSA

ALPINÓPOLIS - MINAS GERAIS

EM 05/02/2012

Caro PH,
Parabêns pela matéria destacando a nova forma de olhar nossa produção. Como na indústria o campo tambêm sente a necessidade de oferecer produtos de qualiddade, e o café é o produto mais se observa a qualidqde.Com atuais preços devemos mais que nunca focar nossos investimentos em sustentabilidade e qualidade.
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 02/02/2012

Caro Carlos Eduardo,

Em verdade, não é uma afirmativa, mas uma suposição. Talvez eu não tenha deixado claro o suficiente que não acredito que a redução dos diferenciais prejudicará a produção de qualidade. Pelo contrário, os fundamentos de mercado e a mudança na gestão das propriedades cafeeiras mostram claramente o contrário.

No mais, agradeço os oportunos comentários sobre o sistema do cereja descascado e acho que devemos sempre trazer mais variáveis para esta equação. É da complexidade destas análises que conseguiremos evoluir.

Agradeço a participação e um forte abraço!

Paulo Henrique Leme
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 02/02/2012

Caro Rodrigo,

Sua visão de mercado está correta e sua cautela com a qualidade é plenamente justificável. Porém, acho que ainda teremos um bom momento de valorização da qualidade antes da qualidade virar "padrão". Principalmente porque agora NY necessitará do café brasileiro para repor seus estoques oficiais. É aguardar as cenas dos próximos capítulos.

Obrigado pela participação e grande abraço,

Paulo Henrique Leme
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 02/02/2012

Caro Ginoazzolini,

Exatamente! Esta é a nova mentalidade que precisamos no café!

Não será fácil segurar a pressão dos mercados compradores para baixar os preços do café, por isso, boa gestão coletiva será fundamental para enfrentar os anos vindouros!

Obrigado pela participação e um abraço,

Paulo Henrique Leme
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 02/02/2012

Caro Celso,

Agora serei eu a cobrar seus sempre oportunos comentários!
Acho que a melhor maneira de crescermos enquanto profissionais é expor nossas opiniões aos colegas para gerar o debate construtivo. Estou disposto a correr estes riscos agora, e penso que tenho muito mais a ganhar do que a oferecer.
No fim das contas, acho que o caminho da qualidade é sem volta e cada vez que converso com diferentes produtores pelo Brasil, vejo que os motivos para manter esta trajetória são irrevogáveis, como bem observados por você.
Quanto a sua preocupação, ela é bem oportuna, mas acho que devemos considerar outros aspectos conjunturais do agronegócio e da própria economia brasileira. Acho que existem melhores formas de aplicar seu dinheiro do que investir na produção de café verde, cujo retorno é lento e o investimento específico é alto.
No caso do Eike, o investimento dele será em toda a cadeia do café, não apenas na produção de commodity e a "galinha dos ovos de ouro" está, ao meu ver (e ponto passível de discussão) no velho sonho de exportar café torrado!
Sem contar o fato de que estamos importando mais café torrado do que exportando...
Mas acho que estes são temas em aberto. O que você acha?

Grande abraço e obrigado!

Paulo Henrique Leme (PH)


CARLOS EDUARDO DE ANDRADE

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 02/02/2012

Parece-me que o artigo entra em contradição quando o autor descreve afirmativamente que a redução do diferencial do preço da saca do café de qualidade superior para o café de qualidade inferior irá diminuir a oferta de café de qualidade.
Deve-se ressaltar que o café é classificado por tipo e bebida.Quanto ao tipo, vários estudos que comprovam que novas variedades, melhores tratos culturais, espaçamentos mais adequados e ... etc. melhoram o tipo do café e a produtividade.Quanto à qualidade da bebida o que realmente influencia são os cuidados pós-colheita. Não há ainda nenhum estudo que afirme o contrário. Novas variedades (algumas até produzem café com bebida inferior) que as já tradicionalmente cultivadas.
Penso que com o atual cenário, não haverá um aumento significativo de produtores que irão investir em equipamentos para produzir cafés descascados, apenas visando à melhoria da qualidade da bebida, outros fatores influirão e os produtores que já fizeram o investimento em estruturas e equipamentos continuarão a descascar os cafés em sua propriedade.
Para secar o café, o gasto em área de terreiros é dado pela fórmula:

S = 0,02QT ÷ N onde:

S = Área do terreiro em m2
Q = Quantidade total, média anual de café da roça, em litros
T = Tempo de seca na região, em dias;
N = Período da colheita em dias
Na seca do café descascado, conseqüentemente, tanto o volume de café, assim como o tempo de seca é bem menor, comparativamente com a seca do café natural.Há de ressaltar que as áreas dos galpões para armazenar e beneficiar também serão bem menores, alem disso a operação de beneficiamento exigirá bem menos tempo em sendo assim, mesmo se gastando energia para se descascar e ou despolpar o café, no somatório, há uma enorme economia de energia e tempo e conseqüentemente enorme economia de mão-de-obra.
Realmente para se produzir café descascado o investimento em estrutura e equipamentos aumentará o custo fixo, mas em compensação há uma redução nos custos variáveis, em sendo assim a redução nos custos variáveis mais que compensa o aumento do custo fixo.
Fora a análise econômica há ainda de se levar em conta a redução drástica do tempo de secagem e economia de mão-de-obra e o artigo em análise faz referência a isso em um dos seus parágrafos, vejam o que o autor escreveu:
..."Este café tendo a casca removida reduz drasticamente seu volume no terreiro e tem o processo de seca acelerado. Afinal, quanto custa um dia de uma turma parada na lavoura porque o terreiro não comporta mais café? O processo do cereja descascado passa a ser, portanto uma ferramenta redutora de custos"...

As condições climáticas durante o período de colheita foram desprezadas. Se as condições climáticas não forem tão favoráveis a seca do café, tal qual, foi a deste ano, haverá naturalmente aumento da oferta de café de qualidade inferior e o diferencial de preço entre os cafés de qualidades superiores em relação aos inferiores aumentará.
Qualquer análise em relação ao mercado de café é muito complicada e complexa, pois as análises devem ser de médio e longo prazo, e no médio e longo prazo as variáveis são infinitas.
RODRIGO DE ALMEIDA MACHADO

MUZAMBINHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 02/02/2012

Já começa pensando errado quem planeja fazer cafés de qualidade só visando preço da saca, temos que começar a produzir cafés de qualidade melhor (um exemplo disso é o CD) vislumbrando exatamente a diminuição de custos, os quais agora poucas pessoas percebem. Começamos aqui em minha fazenda a preparar CD em 1994 ou 1995, e durante anos a diferença de preços entre este e o normal foi insignificante, onde na maioria dos anos o ágil cobria apenas o custo a mais da mecanização do processo via úmida. Mas nós víamos a diferença sim na otimização de nossa área de processamento de café, pois com CD economizávamos no tempo de seca, alem de redução significativa na área do terreiro, ou seja, melhoramos nossa área de processamento mantendo as mesmas dimensões, economizando em investimentos imobilizados, alem de diminuir mão-de-obra na mesma área. Estamos partido para um momento na economia mundial onde uma fazenda certificada e que produz cafés de qualidade não será gratificada por estar fazendo isso, ela apenas vai receber o valor correto por uma saca de café, enquanto que uma fazenda produzindo cafés normais vai sofrer deságio na mesma saca. Qualidade não será valorizada mas a falta desta será penalizada.
GINOAZZOLINI NETO

LONDRINA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 02/02/2012

Muito bom seu artigo. E realmente dá uma vontade grande de produzir um café com menos custos na colheita. Afinal, apesar dos preços atuais, ainda não cobrimos nossos prejuízos dos últimos 10 anos e a política de crédito do Governo é manca. Mas, seria uma lambança ética. Em respeito a nós mesmos e aos consumidores acredito que todos vão manter o bom padrão do café desta safra.
CELSO LUIS RODRIGUES VEGRO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 02/02/2012

Prezado PH
Então resolveu oferecer a cara para os outros baterem. Passou para o lado de cá. Homem corajoso.
Uma dica importante: nós sempre seremos cobrados por aquilo que escrevermos, por isso muita cautela sempre.
Vivemos um momento de euforia no agronegócio Cafés do Brasil. Nossas maravilhas (CD e Bourbon Amarelo) conquistam mais e mais espaço nos mercados interno e internacional. Agora se redescobre a qualidade dos naturais que desde sempre era o produto mais querido e perseguido pelo saudoso Ernesto. Creio que sua análise microeconômica pautada pela decisão oportunista do cafeicultor tem relativo grau de plausibilidade. Todavia, penso que a rota de melhoria das técnicas agronômicas, de gestão e comercialização criam um tipo de apreendizado (learning by using) que impede retrocessos.
Minha maior preocupação não está focada na microeconomia do processo decisório (que é importante), mas como evitar que esse momento de exuberância não passe a semear os germes da próxima crise. Ou seja, quando o Eike Batista resolve colocar seu dinheiro em café e a visibilidade que isso ganha que pode ter um efeito de atração à novos investidores sem competências técnicas e comerciais para empreender nesse negócio capazes de criar o tal do efeito manada tão conhecido no mercado financeiro. Em 1996/97 eu assisti esse fenômeno em café e a chance de repetir a dose é imensa na atual conjuntura.
O Estado precisaria estar mais presente, regulando a venda de mudas e financiando projetos com comprovada eficácia técnica e econômica. TErmos uma economia cafeeira estável faz parte dos bens públicos pelos quais temos que lutar.
No mais bem vindo e boa sorte para nós dois.
Abçs
Celso Vegro
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 31/01/2012

Prezada Bernadete,

Depende de quais informações você procura. Realmente não é fácil encontrar informações na web precisas sobre café.

Sobre a conferência do café, a de pesquisa, chamada ASIC Conference será este ano, na Costa Rica. https://www.asic-cafe.org/index.php

Vale a pena participar.

Um abraço,

Paulo Henrique Leme
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 31/01/2012

Caro Amigo Frederico Daher,

Que bom ouvir suas palavras. O artigo tem um tom de provocação justamente porque penso que a mentalidade de nossos produtores mudou.

Como diria o genial Albert Einstein: "A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original".

Acredito que esta é a questão, a gestão da qualidade já faz parte do dia a dia de muitos cafeicultores.

Muito obrigado pelo comentário!

Um grande abraço,

Paulo Henrique Leme (PH)
BERNADETE CASTURINA LEMES

SÃO LUDGERO SÃO MARTINHO - SANTA CATARINA - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 31/01/2012

Oi Paulo,
Obrigada Paulo.
Você tem seus relatos sobre este tema: Café, reunidos em um lugar? Poderia informar? E também, porr favor,poderia informar aonde será a próxima Conferência do Café? Abraço

Bernadete
FREDERICO DE ALMEIDA DAHER

VITÓRIA - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/01/2012


Prezado Paulo Henrique;
A possibilidade de o cafeicultor brasileiro cair no "canto da sereia"de voltar a produsir cafés não tão especiais assim,por conta de um diferencial de preço não satisfatório,acredito,pela nossa vivência no campo,dificilmente acontecerá tendo em vista que o mercado e o consumidor final estão cada vez mais acostumados com melhores bebidas de café e não se disponibilisará a retornar aos velhos padroes anteriormente vigentes.O esforço,por todos empreendido,para mudar os paradiguimas de produção e bebida dos cafés brasileiros,seja ele de que região for,comportou muito investimento em maquinas , implementos e atitudes que não poderaõ ficar obsoletos ou esquecidas pela simples equação de possível estreitamento das margens.Tenho em mente a maturidade do cafeicultor brasileiro que não deichará de raciocinar sempre com parâmetros de médio e longo prazos como convém a um bom empreendedor.A cafeicultura do Estado do Espírito Santo,seja arábica ou conilon,está empenhada nesse processo,sem volta, de produsir qualidade em café.Sua análise é muito boa para propiciar discussoes em torno de assunto tão importante,mormente agora que estamos às vésperas de uma boa safra.

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