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Recolhimento do café: Não deixe seu dinheiro brocar

NECAF

EM 02/10/2013

4 MIN DE LEITURA

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 Varreção do café é a operação que consiste no recolhimento do café seco, caído naturalmente no período anterior à derriça ou na derriça, pois durante a colheita vários frutos de café caem no chão e permanecem na lavoura.
Os frutos caídos no chão devem ser retirados da lavoura, pois após processados corretamente (lavados, secos e beneficiados) são comercializados, representando importante contribuição para aumento de renda das empresas rurais. Deve-se também considerar que se esses frutos não forem recolhidos, podem se tornar hospedeiros para a broca-do-café (Hipotenemus hampei), importante praga que prejudicará os frutos da próxima safra, promovendo tanto a perda de peso quanto a queda da qualidade do café.
O percentual de cafés de varreção em uma safra varia conforme a região e a lavoura. Nas regiões mais quentes e úmidas no período de colheita, especialmente quando chove ou por ação de irrigação por aspersão, ocorre maior queda de frutos. Já em regiões de inverno seco, com baixa umidade relativa no ar, os frutos amadurecem e, mesmo secos, permanecem em sua maioria presos às plantas, diminuindo os ”cafés de chão” com consequente maior qualidade do produto final.
Para que a varreção seja bem feita necessita-se da arruação, operação que é realizada na pré-colheita do café, de um a dois meses antes da derriça dos grãos, consistindo na retirada de plantas daninhas, “ciscos” e outros materiais que se encontram debaixo da saia do cafeeiro, para que a superfície do solo possa receber os grãos que eventualmente vão caindo, principalmente os da primeira florada, facilitando seu recolhimento.
Há três tipos de arruação: manual, química e mecânica.
A arruação manual é feita utilizando a enxada para puxar todo material que está debaixo e próximo da copa do cafeeiro para o centro da entre linha. A arruação mecânica é feita utilizando um arruador acoplado ao trator, formando uma “leira” no meio da entre linha. A arruação química é um sistema no qual não se revolve o solo debaixo da copa do cafeeiro, usando-se herbicidas para o controle e manejo das plantas daninhas. Essa prática permite fazer um manejo conservacionista do solo, conservando a sua estrutura, mantendo intactas as radicelas, dando melhores condições para o sistema radicular da planta, além de apresentar um menor custo em relação aos outros métodos de arruação.
Outro fator que influência muito a quantidade de café no chão é a colheita. Assim, variedades mais precoces, tendem a propiciarem maiores quantidades de frutos no chão, caso não sejam colhidos mais cedo. Também lavouras mal nutridas ou atacadas por cercosporiose e/ou com “seca de ponteiros” tendem a uma maior queda de frutos.
Com a tendência de mecanização para a redução dos custos, a colheita manual tem sido substituída gradativamente pela mecanizada, e isto tem contribuído para um aumento dos cafés de varreção. Isso ocorre devido ao início tardio da colheita, visando maior percentual de frutos maduros e secos, pois a máquina é mais eficiente na derriça de cafés nesses estádios de maturação. Além disso, a maioria das colhedoras derrubam cerca de 10% do café no chão no ato da derriça, pois parte do café colhido é perdido nas aberturas da esteira recolhedora.
Não se tem um levantamento que indique com precisão qual é a porcentagem dos cafés que, numa safra, são recolhidos do chão. Estima-se como normal cerca de 10-20 % porém com o aumento da colheita mecanizada há tendência de aumento de café no chão.
A principal explicação para o aumento da mecanização é a falta de mão-de-obra e seus elevados preços, aumentando o custo da saca produzida.
Depois da arruação e colheita a próxima etapa é recolher o café do chão. Esta operação deve ocorrer o mais rápido possível, logo após a colheita, pois quanto mais tempo este café permanecer no chão, maior a probabilidade de perda de qualidade de bebida.
A varreção pode ser feita de forma manual ou mecânica. Na primeira, as ferramentas utilizadas são o rastelo e a peneira, enquanto a varreção mecânica é feita por máquinas que recolhem o café, separando os frutos de paus, folhas e pedras. Na sequência, o café é ensacado para ser levado ao lavador e depois ao terreiro.
A varreção manual é minuciosa e muito utilizada em locais de declividade acentuada. Nesse tipo de varreção ficam poucos frutos no chão após a operação e a mão de obra não precisa ser qualificada, porém há necessidade de grande número de pessoas, o que pode tornar a operação inviável em alguns casos.
Já a varreção mecânica apresenta menor custo devido à redução da mão-de-obra, porém, sua operação necessita de pessoas capacitadas e a regulagem da máquina deve ser muito bem feita, pois pode deixar uma quantidade expressiva de café ainda no chão se reguladas de forma inadequada.
Apesar de todos os cuidados que devem ser tomados com a varreção mecânica, o mais importante, no cenário atual em que se encontra a cafeicultura, é a diminuição dos custos de produção, uma vez que ocorre grande redução de mão de obra.
Atualmente o grande desafio do cafeicultor é diminuir ao máximo o custo de produção de forma a ter boas produtividades com o menor custo possível. A varreção mecânica quando bem feita é uma das várias tecnologias que possibilita uma redução no custo sem afetar a produção do cafeeiro.


AUTORES:

Diego Rosa Baquião Maia

Tiago Teruel Rezende



 

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