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Curva Futura das Cotações - Dezembro/2013 (1)

POR CELSO LUIS RODRIGUES VEGRO

E FÉLIX SCHOUCHANA

CELSO VEGRO

EM 13/01/2014

4 MIN DE LEITURA

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Em dezembro de 2013, manteve-se a tendência de alta nas cotações futuras de juros praticado na BM&F-Bovespa. A escalada desse macro-indicador contamina os contratos futuros de todas as demais mercadorias igualmente negociadas em bolsa (Figura 1).


FIGURA 1 – Contratos Futuros de Juros (DI) 2014-15, BM&F-Bovespa, Média Semanal, Dezembro de 2013. Fonte: Elaborado a partir de dados básicos de: https://bit.ly/JeNt7C

No mesmo contexto se insere a trajetória percorrida pela variação cambial. Em dezembro de 2013 projetou-se paridade cambial na casa dos 2,40R$/US$ até abril de 2014, ocorrendo a partir dessa posição futura mudança na inclinação da curva que passa a se mais ascendente alavancando a paridade cambial para o patamar de 2,70R$/US$ para os contratos negociados a partir do segundo semestre de 2015 (Figura 2).

Fatores como a saída do mercado na compra de títulos por parte do Banco Central Americano e a sinalização que haverá reclassificação do Brasil (para baixo) entre as agências internacionais de classificação de risco de investimento, impulsionam a valorização da moeda estrangeira em detrimento do real.


FIGURA 2 – Contratos Futuros Dólar Comercial jan. 2014 e jan. 2016, BM&F-Bovespa, Média Semanal, Novembro de 2013. Fonte: Elaborado a partir de dados básicos de: https://bit.ly/1bCCtKR

Em dezembro de 2013, os contratos de café arábica negociados na Bolsa de Nova York, exibiram significativa alta. As curvas futuras das médias das segunda, terceira e quarta semanas mantiveram-se acima da média da primeira semana, indicando que o mercado vem buscando a cada tempo patamar mais elevado para as cotações (Figura 3). Na posição setembro de 2014, por exemplo, na primeira semana se negociou a US$¢114,91/lbp saltando na quarta semana do mês para US$¢121,88/lbp, ou seja, 6,07% de majoração no transcurso do mês para a mencionada posição.


FIGURA 3 – Cotações do Café Arábica na Bolsa de Nova York (ICE), Média Semanal, Dezembro de 2013. Fonte: Elaborado a partir de dados básicos disponíveis em: www.theice.com

Na posição de dezembro de 2014, por exemplo, na média da quarta semana do mês, negociaram-se contratos a US$¢124,58. Aplicando-se o fator de conversão de libra peso para saca de 60kg, obtêm-se US$164,78/sc que ao câmbio futuro de dezembro de 2014, resulta em cotação de R$417,55/sc. Comparativamente, no Estado de São Paulo, o preço recebido pelos cafeicultores coletado pelo IEA/CATI, foi de apenas R$268,32/sc – tipo cereja descascado, ou seja, R$149,23 acima do preço corrente na posição de dezembro de 2014. É importante ressaltar que os agentes do mercado de café familiarizados com os mercados futuros, tanto produtores quanto traders, podem captar esse diferencial de preço, isto é, entre o preço para dezembro e o preço corrente.

O mercado de arábica começa a reverberar impressões preliminares de que a próxima safra brasileira deste tipo não seja tão portentosa como sugeriam algumas trading companys anteriormente. Cenário de escassez de oferta global pode ser antecipado caso a produção de arábica brasileira situe-se abaixo das 38 milhões de sacas2.

Na Bolsa de Londres, no transcurso de dezembro de 2013, os contratos futuros de café robusta exibiram tendência baixista (Figura 4). Sinalização provinda de instituições como Banco Mundial e FMI, indica que em 2014 a economia mundial exibirá crescimento mais robusto, responde, em parte, por esse fenômeno, uma vez que as taxas de expansão da renda e do emprego podem acompanhar essa tendência, recuperando os patamares de consumo (dentro e fora do lar), especialmente, dos blends com percentual mais elevado de arábica. Antevendo essa possibilidade, torrefadoras e traders procuram se antecipar ao fenômeno.


FIGURA 4 – Cotações do Café Robusta na Bolsa de Londres, Média Semanal, Dezembro de 2013
Fonte: Elaborado a partir de dados básicos disponíveis em:
https://globalderivatives.nyx.com/

Quanto a média semanal do movimento de compra e venda de contratos de café arábica na Bolsa de Nova York em dezembro de 2013, manteve tendência de encolhimento na posição majoritariamente vendida dos fundos e grandes investidores (de 28 mil para 17 mil). Em mão inversa seguem os comerciais e indústrias com posição vendida crescente para fazer frente a demanda dos fundos. Aparentemente, os operadores das carteiras dos fundos estão em plena reversão de suas expectativas quanto as possibilidades de ganhos carregando em suas respectivas carteiras contratos de café arábica (Tabela 1).

TABELA 1 – Posição Semanal dos Contratos na Bolsa de Nova York, Futuros + Opções, Dezembro de 2013


Oscilaram apenas na margem as médias semanais em segunda posição do diferencial Bolsa de Nova York e BM&F-Bovespa. Em dezembro de 2013, a trajetória do diferencial mostrou queda da primeira para a segunda e terceira semanas, invertendo a tendência na semana seguinte. Fatores domésticos poderiam estreitar a amplitude desse diferencial como, por exemplo, aumento do interesse dos investidores por contratos de café arábica na BM&F-Bovespa, ou ainda, revisão do deságio imputado ao lavado brasileiro negociado na Bolsa de Nova York. Eventualmente, ainda, sinalização de que possa haver escassez de arábica no mundo faça convergir as cotações estreitando o diferencial.

FIGURA 5 – Trajetória do Diferencial entre cotações em segunda posição da ICE e BM&F-Bovespa, média semanal, outubro 2013
Fonte: Elaborado a partir de dados disponíveis em
www.theice.com e www.bmfbovespa.com.br

1 Os autores agradecem pelo trabalho de sistematização do banco de dados econômicos conduzido pelo agente de apoio a pesquisa científica e tecnológica do IEA o analista de sistemas Paulo Sérgio Caldeira Franco.
2 A primeira estimativa de safra cafeeira 2014/15 da CONAB indica que a produção deverá oscilar entre as 46,53msc e 50,15msc. Curiosamente a magnitude dessa estimativa converge com análise de grande trader do produto que posicionou a safra brasileira em 51msc. Detalhes em:
https://www.conab.gov.br/imprensa-noticia.php?id=32428
https://www.redepeabirus.com.br/redes/form/post?topico_id=49955

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CELSO LUIS RODRIGUES VEGRO

Eng. Agr., MS Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade. Pesquisador Científico VI do IEA-APTA/SAA-SP

FÉLIX SCHOUCHANA

Economista, Pós-Graduação em Economia, com especialização em Mercados Agrícolas, Diretor da BM&F de 2003 a 2008, Atualmente na Market FS Consultoria e Treinamento Ltda.

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