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Fundamentos não sustentam a alta do café em abril

POR NATÁLIA SAMPAIO FERNANDES

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 13/05/2011

4 MIN DE LEITURA

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Abril foi um mês positivo para as cotações do café, além de ser o mês em que se iniciou a colheita da safra 2011 em algumas regiões produtoras.

O indicador Cepea/Esalq do arábica foi cotado a R$ 543,08/saca no último dia útil do mês (29), com valorização de R$ 34,27/saca (6,74%) no mês. Em relação a abril de 2010 a valorização é de 91,46%, quando a saca valia R$ 283,65.

A alta foi influenciada principalmente pelo cenário de oferta apertada em momento de demanda mundial crescente pelo produto, junto às incertezas quanto ao resultado das safras dos principais países produtores.

Além disso, o mercado interno acompanhou a valorização vista no mercado externo, onde os compradores estiveram mais interessados em investir em commodities diante situação econômica instável em países desenvolvidos.

O mercado seguiu o mês sem muitas alterações em relação a oferta de café, principalmente os de melhor qualidade, muito escasso no momento. Com poucos vendedores no mercado, o número de negócios foi baixo.

Em ano de bienalidade baixa, a maioria das lavouras brasileiras se encontra em boas condições graças às condições climáticas favoráveis no momento de florescimento e em momento que antecede a colheita. Porém, em algumas regiões a carga de frutos na árvore está muito baixa devido ao clima desfavorável na fase de enchimento de grão.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta terça-feira (10), sua segunda estimativa à safra 2011 de café no Brasil, na qual apontou a produção nacional em 43,54 milhões de sacas de 60 kg.

Segundo a Conab, as condições climáticas foi uma das variáveis observadas que estão contribuindo para que esta safra seja a maior produção, quando considerados os anos de baixa bienalidade, superando o volume obtido em 2009, quando a produção atingiu 39,47 milhões de sacas.

Do total estimado, 32,182 milhões de sacas são referentes à variedade arábica e as 11,361 milhões restantes se referem à variedade conilon.

As cotações do conilon também acumularam altas no mês. O indicador Cepea/Esalq registrou alta de R$ 9,42/saca no mês, fechando a R$ 228,43/saca, no dia 29. Em relação ao último dia útil de abril de 2010 a valorização é de R$ 72,85, quando a saca valia R$ 155,58.

De abril para cá, o mercado se inverteu e as cotações já acumulam fortes quedas. A queda no mercado interno acompanhou os mercados futuros, que sofreram influência da saída de investidores em commodities que passaram a investir em dólar, do efeito negativo no crescimento econômico na comunidade europeia, e de vendas especulativas.

Ontem (12) o indicador Cepea/Esalq do arábica fechou a R$ 530,11 , acumulando queda de 2,39% no mês de maio. O indicador Cepea/Esalq para o conilon fechou a R$229,88, com valorização de 0,63% no período.

Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado de café, informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

Gráfico 1. Indicador Cepea/Esalq - arábica e conilon



Tabela 1. Indicador Cepea/Esalq e câmbio



Mercados futuros

Na bolsa de Nova York, as cotações do café arábica também acumularam altas em abril. O vencimento maio/11 teve variação positiva de 39,45 dólares por libra-peso, equivalente a + 15,18%, encerrando o dia 29 cotado a 299,35 centavos de dólar por libra-peso. Os contratos que vencem em setembro/11 acumularam valorização de 37,50 dólares por libra-peso, fechando a 302,50 centavos de dólar por libra-peso.

Nesta quinta-feira (12), o contrato set/11 encerrou o dia cotado a US$ 277,75, com queda de 8,18% em relação ao ultimo dia de abril.

Gráfico 2. Contrato café, ICE Futures U.S.



O fundamento do mercado cafeeiro ainda é altista, com oferta ainda restrita e demanda aquecida. Porém, segundo o diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), José Sette, o consumo internacional de café deverá crescer em um ritmo mais lento em 2011 devido a alta expressiva da commoditie.

A Federação de Café da Colômbia informou que a produção do país foi 19% menor em abril de 2011 ante o mesmo mês do ano passado. Fortes chuvas prejudicaram cafezais colombianos, agravando uma situação de oferta global já apertada.

Na BM&FBovespa o vencimento maio/11 registrou alta de US$ 51,4/saca (15,19%), sendo cotado a US$ 389,85/saca no dia 29 de abril. O contrato setembro/11, o de maior liquidez, fechou a US$ 373,05/saca, com valorização de US$ 46,40/saca (14,20%).

De abril para cá as cotações têm registrado consecutivas perdas. No acumulado de maio a desvalorização do contrato set/11 já é de 8,23%, fechando a US$ 342,35 no dia de ontem (12).

Na bolsa de Londres (Liffe), as cotações da tonelada do café conilon registraram valorizações no período analisado. O vencimento maio /11 terminou o dia 29 cotado a US$ 2.531/tonelada, com alta de 4,54%. O contrato julho/11 terminou a US$ 2.555/tonelada, registrando valorização acumulada de 9,09%.

O dólar fechou o mês de abril com queda de 2,85%, cotado a R$ 1,572 no último dia do mês. Contudo, de lá para cá, enquanto as cotações as commodities caíram, a cotação do dólar subiu e nesta quinta-feira (12) ele fechoiu a R$ 1,619. A alta foi impulsionada pelo aperto monetário na China, a agenda econômica norte-americana, as intervenções do Banco Central.



Em relação às exportações brasileiras de café verde, em março de 2011 elas haviam totalizado 2,527 milhões de sacas, com preço médio de US$ 253,90 por saca de 60 quilos, com receita total de US$ 641,6 milhões. A quantidade de café em grão exportada em abril de 2011 foi de 2,306 milhões de sacas de 60 quilos, com média diária de 121,4 mil sacas. A média diária de março havia sido de 120,3 mil sacas. Pela média diária, os embarques de café verde subiram 4% no valor, na comparação com o mês anterior, e 0,9% na quantidade total.
Foto: Natália Sampaio Fernandes

NATÁLIA SAMPAIO FERNANDES

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