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Europa volta de férias de olho nas chuvas no Brasil

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 25/08/2014

3 MIN DE LEITURA

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Foto: Alexia Santi/ Agencia Ophelia/ Café Editora
Foto: Alexia Santi/ Agencia Ophelia/ Café Editora

Os presidentes dos dois principais bancos centrais mundiais, Janet Yellen dos Estados Unidos e Mario Draghi da zona do Euro, demonstraram nesta semana na reunião em Jackson Hole preocupação com a situação econômica das economias que estão sob suas responsabilidades.

A chefe do FED destaca a condição assimétrica do mercado de trabalho americano para justificar a manutenção dos juros baixos, ajudada também pela falta de pressão inflacionária. Já o líder do BCE citou a alta taxa de desemprego e a baixa inflação do bloco europeu, defendendo mais flexibilidade nos gastos dos países da região para estimular crescimento e evitar uma deflação geral.

Os índices acionários mundiais reagiram com fortes altas, acumulando ganhos de US$ 1.9 trilhões de dólares ao valor global das ações nas últimas duas semanas, com a aposta na manutenção e eventual incremento da política monetária expansionista entre os países ricos.

As três cestas de commodities mais seguidas pelos investidores não tiveram o mesmo desempenho, caindo entre 1.29% e 2.28% desde meu último comentário. O BCOM (antigo DJAIG) negociou nas mínimas de janeiro deste ano, o CRB no mais baixo patamar desde fevereiro, e o SPGSCI em níveis que não víamos desde abril de 2013.

O café em Nova Iorque oscilou entre US$ 182.85 e US$ 194.80 centavos nas últimas dez sessões e Londres entre 1928 e 2011 dólares por tonelada, encerrando os pregões de sexta-feira no meio dos intervalos, com ganhos de US$ 3.04 por saca e US$ 2.28 por saca respectivamente (comparados com o fechamento do dia 8 de agosto).

Fundamentalmente os prognósticos de chuva para esta semana levaram um pouco de liquidação dos especuladores de curto prazo para a bolsa, encontrando compras próximo dos 180 centavos por parte daqueles que apostam em um potencial de alta maior do que um de baixa.

No período também circularam fotos de floradas no cerrado e em algumas cidades do Sul de Minas, alertando para um possível aborto das flores em função da não-continuidade das chuvas.

No físico os diferenciais dos cafés da América Central ficaram um pouco mais firmes, enquanto os naturais estão virtualmente inalterados, e o robusta vietnamita mais descontado – embora o volume ofertado pelos produtores seja mínimo.

Os estoques americanos divulgados pelo GCA (Green Coffee Association) incrementaram 386,860 sacas no mês de julho, totalizando 6,042,664 sacas, ou, o maior patamar dos últimos nove anos – em linha com o aumento das importações do país. A LIFFE também atualizou os números dos certificados, que subiram 103,300 sacas em quinze dias, para 1,396,161 sacas, acima das 1,369,328 sacas de um ano atrás.

Ainda como fator negativo o spread entre Setembro / Dezembro em Nova Iorque abriu, chegando a trocar de mão a um desconto de US$ 6.20 centavos por libra nos primeiros dias de notificação – um sinal que mostra desinteresse nos estoques do arábica da ICE. O Dezembro / Março também vem abrindo depois de estar praticamente flat há algumas semanas.

Aos altistas há a perspectiva de uma exportação da Indonésia menor neste ano, entre 500 mil a 1.3 milhões de sacas (saindo de 8 milhões em 2013 para 6.7 a 7.5 milhões em 2014), e novas estimativas de agrônomos e algumas cooperativas no Brasil falando de uma quebra grande da produção corrente e para a safra 15/16.

Londres também deu sinal de vida, encontrando boa compra em escala que impediu o enfraquecimento da arbitragem. O retorno das férias dos traders no hemisfério norte, que é marcado com o feriado desta segunda-feira, 26 de agosto, na Europa, e da próxima, dia 1 de setembro, nos Estados Unidos devem trazer mais compradores para o mercado, encerrando a sazonalidade de baixa dos contratos futuros, e eventualmente do basis.

O contrato “C” deve atrair novos compradores acima de 194.85 centavos, o que pode acontecer se os institutos meteorológicos não confirmarem chuvas com maior volume e uma sequência das precipitações para as próximas semanas.

Boa semana e muito bons negócios a todos.

Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting 

RODRIGO CORREA DA COSTA

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RENATO H. FERNANDES

TEIXEIRA DE FREITAS - BAHIA - COMÉRCIO DE CAFÉ (B2B)

EM 27/08/2014

Parabéns pelo artigo, como sempre interessante, Rodrigo.



Caro José,



No curto espaço de tempo em que durou, o CIC era, digamos, um embrião da estrutura de inteligência de mercado que você sugere, na qual tenho orgulho de ter trabalhado.

Apesar de suas limitações, falhas na concepção e estruturação e fraca interface com a cadeia do café, conseguimos feitos que considero relevantes, como, nos relatórios do Sistema de Inteligência da Concorrência, ter alertado, com antecedência de mais de um ano, para a probabilidade do programa de renovação de lavouras da Colômbia resultar em quebra da produção daquele país, o que efetivamente ocorreu, ao invés do aumento de produção pretendido.

Muito mais poderia ter sido feito, mas questões políticas, de relacionamento entre as entidades representativas dos diferentes elos da cadeia e a falta de uma estruturação mais clara e transparente levaram à sua descontinuação.

O caminho existe. Queremos segui-lo?



Abraços,



Renato
JOSÉ HESS

CURITIBA - PARANÁ

EM 26/08/2014

Vejam como eles tem inteligência e estrutura, nós tínhamos de ter no MAPA e no MDIC uma estrutura assim, ou seja alguém pensando em defesa dos interesses do Brasil e dos nossos produtores e cooperativas como faremos para enfrentar este domínio de mercado externo , pelo menos em parte ou pelo menos fazer algum ensaio. Como vê eles já estão com estoque para no mínimo 2 anos, portanto eles não vão deixar os preços subirem por aqui. Se assim fizermos eles vão esvaziando seus estoques, até o preço baixar. A solução seríamos buscar  novos mercados e incrementar o mercado interno, para que eles esgotem um pouco mais seus estoques, ou fazermos um preço maior para exportação nestes dois anos seguintes. A luta é contínua, mas temos de lutar, né?

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