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Programa Certifica Minas Café recebe Prêmio Furnas Ouro Azul

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 13/12/2011

4 MIN DE LEITURA

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Devido à importância da cafeicultura para Minas Gerais, o governo estadual criou o Certifica Minas Café. O programa estimula os produtores a adotarem boas práticas de produção, uma gestão moderna da propriedade para agregar valor ao café mineiro, e incentiva a preservação ambiental. O programa chama a atenção dos cafeicultores para a necessidade do equilíbrio entre produção e meio ambiente. Entre as diversas ações ambientais do Certifica Minas Café se destacam aquelas voltadas para a preservação dos recursos hídricos. Por esse trabalho de conscientização, recentemente, o programa recebeu o prêmio Furnas Ouro Azul.

O prêmio é uma realização dos Diários Associados em parceria com Furnas Centrais Elétricas. A iniciativa tem como objetivo valorizar ideias viáveis para revitalização e conservação dos recursos hídricos. O Certifica Minas Café foi o segundo colocado na 10ª edição do prêmio, na categoria Empresa Pública, no qual 72 projetos concorreram em sete categorias. A cerimônia de premiação aconteceu no dia 30 de novembro, em Belo Horizonte. O prêmio foi recebido pelo secretário de Agricultura de Minas Gerais, Elmiro Nascimento, e pelo presidente da Emater-MG, Maurilio Guimarães.

"Pelo fato de a Emater-MG trabalhar e divulgar a importância do meio ambiente é que, hoje, o produtor rural também se preocupa com a preservação ambiental. Esse prêmio é uma valorização ao esforço de todos os extensionistas da Empresa, que buscam o equilíbrio entre a produção e o respeito ao meio ambiente", diz o presidente Maurilio Guimarães.

Certifica Minas Café - A cafeicultura é a principal atividade agrícola de Minas Gerais. O Estado é o maior produtor do país, sendo responsável por mais de 50% da produção nacional. Além de sua importância econômica e social, a cafeicultura está ligada diretamente aos recursos hídricos. A cultura do café está situada nas principais bacias hidrográficas do Estado.

Com a atuação de extensionistas especialmente treinados para a atividade, a Emater-MG orienta os produtores sobre as adequações das fazendas candidatas à certificação. Após essa etapa, o IMA faz as auditorias preliminares para checar se todas as exigências foram obedecidas. Em seguida, uma certificadora de reconhecimento internacional faz a auditoria final e concede a certificação às propriedades. O Certifica Minas Café já conta com 2.000 produtores participantes, sendo que 1.230 já estão certificados. Atualmente o programa está implantado em 214 municípios mineiros.

"Esse é um programa inovador. Acreditamos que nos próximos anos o Certifica Minas Café vai tomar uma dimensão cada vez maior e vamos conseguir atender mais produtores, sempre priorizando a qualidade no processo", afirma o coordenador do Certifica Minas Café/Emater-MG, Julian Silva Carvalho.

De acordo com o coordenador, todos os cafeicultores cadastrados no programa adotaram as boas práticas de produção que incluem, por exemplo, o plantio de mudas certificadas, o controle da erosão, a análise de solo e a preservação de nascentes. Atualmente, o cafeicultor tem de cumprir 95 itens para conseguir a certificação de sua propriedade, dos quais 34 referem-se a ações voltadas à preservação ambiental e 23 são especificamente sobre produção e conservação dos recursos hídricos.

As ações são bastante diversificadas. Em todas as propriedades certificadas são elaborados mapas georreferenciados, destacando todas as fontes de água e projetos contendo um planejamento para proteção dessas fontes. As nascentes das propriedades cadastradas devem estar protegidas, para evitar o pisoteio e a compactação do solo e facilitar a revegetação.

O cafeicultor também tem de adotar diversos procedimentos para a conservação e preservação da água e do solo. Dentre eles estão a manutenção da vegetação nas entre as linhas do cafeeiro, a construção de caixas de contenção de enxurradas e terraços, realização de roçadas para controle do mato. Essas práticas melhoram a infiltração da água no solo e diminuem o seu escoamento superficial. Além disso, aumentam a diversidade biológica da propriedade e evitam a erosão.

De maneira geral, os resíduos sólidos das propriedades são recolhidos, acondicionados e dispostos de forma adequada. O esgoto doméstico e resíduos de atividades agropecuárias e agroindustriais também devem receber tratamento adequado, conforme a legislação. Os produtores são estimulados a plantar árvores nativas ou frutíferas para aumentar a diversidade biológica, o sombreamento da cultura, a proteção do terreno e, consequentemente, a infiltração de água no solo.

Há quatro anos, a propriedade do cafeicultor Nelson Duarte, no município de Itamogi, Sul de Minas, é certificada. A sugestão foi dos extensionistas da Emater-MG. No início, o produtor teve uma certa resistência à ideia. "Achei um pouco difícil fazer as adequações na propriedade", conta Duarte. Mas o cafeicultor não demorou a se cadastrar no Certifica Minas Café. "A certificação ajuda a melhorar a qualidade e a valorizar o nosso produto", diz.

Para Nelson Duarte, o Certifica Minas Café vai além das questões de mercado e ajuda a preservar o meio ambiente. A propriedade do produtor tem algumas fontes de água que formam um pequeno curso d´água, que vai desaguar no principal rio do município. Antes do programa, as fontes não eram protegidas. Hoje, o local está cercado, o que evita, por exemplo, o pisoteio e a compactação do solo e facilita a revegetação.

O produtor também aprendeu a fazer o reaproveitamento da água utilizada no lavador de café. Depois de lavar os grãos, a água é direcionada para a lavoura e infiltra no solo. Os resíduos sólidos da propriedade do cafeicultor são recolhidos e dispostos de forma adequada. O mesmo acontece com o esgoto doméstico que também recebe tratamento correto. Os agrotóxicos recomendados são guardados em lugar afastado, e as embalagens vazias devolvidas nos locais autorizados. "O Certifica Minas me alertou para a preservação do meio ambiente e em especial para a preservação da água. Assim como o ar, a água é uma necessidade básica e precisamos cuidar dela", conta Nelson Duarte.

As informações são da Ascom Emater-MG, adaptadas pela Equipe CaféPoint.

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