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Preço do café deve se manter alto mesmo com safra menor

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 17/03/2014

3 MIN DE LEITURA

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Depois de atingir o maior nível dos últimos 17 anos, o preço do café tende a se manter estável, mesmo com a possibilidade de quebra de até 10% na safra 2013/2014. Três fatores explicam essa alta recorde: clima, bienalidade do café e falta de investimento na cultura.

Na sexta-feira, o valor à vista em reais do indicador do café conilon da Esalq ficou em R$ 277,55 a saca - uma alta de 0,29%. Em dólar, o valor ficou em US$ 118,06 a saca - alta de 0,89%. A prazo, a cotação fechou em R$ 277,80 a saca, alta de 0,29%.

"A bienalidade do café - quando a produtividade da planta oscila entre alta e baixa a cada dois anos -, a redução de investimentos por parte do agricultor em adubação, controle de pragas e ervas daninhas - em função de preços baixos nas últimas safras -, e a estiagem que não era esperada pelo mercado impulsionaram as cotações do café", afirma Decio Zylbersztajn, coordenador do Centro de Conhecimento em Agronegócios (Pensa-USP).

O cafeicultor do cerrado mineiro, José Carlos Grossi, conta que a seca que começou em dezembro fez com que os grãos ficassem miúdos, o que pode gerar uma possível quebra de peso e um café mais fino. Para o Grossi, no sul de Minas Gerais, por exemplo, as perdas podem ser maiores do que na região do serrado.

Com a estiagem, o mau desenvolvimento de grãos também foi observado em culturas como milho e amendoim em São Paulo. Nestes casos, os produtores chegaram a perder até 70% da safra.

Segundo o analista do Safras & Mercado, Gil Barabach, há três meses esperava-se que o Brasil colhesse 60 milhões de sacas de café. Hoje, as estimativas foram reduzidas em mais de 10 milhões de sacas, para até 50 milhões de sacas. "Esta redução valoriza o produto. Com isso, torna-se um fator positivo para quem ainda tinha café da safra passada e precisava desovar os excessos de estoque nos armazéns", diz Barabach.

Mercado internacional

Relatório da Organização Internacional do Café (OIC) indica que o preço do grão subiu 24,4% no mercado externo. Foi a maior alta desde maio de 1997.

Os brazilian naturals (grãos brasileiros) tiveram um avanço de 30,5% em fevereiro ante janeiro - para 148,74 centavos de dólar por libra-peso - enquanto os colombian milds (colombianos suaves) subiram 29,6% (para 172,22 centavos de dólar por libra-pesa) no mesmo período.

"Por conta da seca, a OIC já trabalha com uma ideia de déficit na produção brasileira. Isso fundamenta a mudança de comportamento dos preços, que foi alimentada pelo mercado especulativo em função das condições do clima. Atualmente, as especulações para precificação giram em torno do resultado da safra, mas é uma atitude comum no mercado", afirma Barabach.

O analista diz que os valores devem se manter neste patamar. No entanto, caso aumentem ainda mais, podem se tornar prejudiciais à cadeia produtiva. "Quando o preço sobe demais, a receita fica muito acima do custo e supera a demanda, que cresce a um nível relativamente pequeno de 18,4%. Neste cenário, uma alternativa para o comprador seria a mudança do café arábica para robusta", acrescenta.

Efeitos do clima

A questão climática foi um grande entrave para a safra 2013/2014 no Brasil. "Com a seca, a planta descarta o grão. Outro ponto é a abreviação do tempo do fruto - que passa do estado verde direto ao seco, sem passar pelo cereja. Isto influencia na redução de produtividade do cafeicultor", diz o engenheiro agrônomo e pesquisador da Illy Caffè, Aldir Teixeira.

Para o CEO da Illy Caffè, Andrea Illy, é necessário desenvolver tecnologias que preparem os produtores contra efeitos climáticos. "Precisamos aproveitar a maior fonte de energia que temos: o sol. O grande problema é que não temos formas de estocá-lo. Precisávamos de uma forma de fotossíntese artificial", diz.

As informações são do DCI, adaptadas pelo CaféPoint
 

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