Na bolsa de Nova York o vencimento maio/11 teve desvalorização de 485 pontos, fechando a 268,60 centavos de dólar por libra-peso. Os contratos para julho/11 terminaram o pregão a 270,95 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 475 pontos.
Na BM&Fbovespa o vencimento maio/11 fechou cotado a US$ 349,15, com desvalorização de US$ 4,45. O contrato setembro/11, o de maior liquidez, fechou a US$ 336,40/ saca, com queda de US$ 4,20.
No mercado físico, a saca de 60 quilos do café arábica foi cotada a R$ 521,79, com valorização de R$ 1,82 segundo o indicador Cepea/Esalq. Os negócios estão muito parados em todas regiões produtoras do Brasil. Os maiores volumes estão sendo negociados em contratos futuros para agosto/setembro, parte BM&FBovespa e alguns negócios com CPRs.
Gráfico 1. Indicador Cepea/Esalq - arábica
Não há oferta de cafés de qualidade, os mais demandados no momento principalmente por parte dos exportadores. Poucos negócios também estão sendo realizados com cafés inferiores, visto que não há interesse por esse tipo de café pelos exportadores. Pela menor demanda, os preços não sobem tanto.
Segundo Edson Koshiba, da Pleno Corretora, a diferença de preço para negócio entre compradores e vendedores está com uma diferença de até R$20,00/saca, mostrando que realmente está difícil fechar acordo com tamanha difereneça de interesses.
De acordo com produtores de diversas regiões produtoras, as lavouras se encontram em boas condições, tirando algumas regiões que sofreram com queima de grãos, enchimento de grãos e ocorrência de "coração negro".
As floradas foram bastante uniformes e as chuvas que começaram cair em meados de fevereiro, se extendendo até então tem beneficiado as lavouras. Agora os produtores torcem para que essas chuvas não se prolonguem muito, visto que na segunda quinzena de abril alguns produtores já devem iniciar a colheita.
Segundo Marcio Menezes de Oliveira, sócio gerente da Rota do Café Especial do Carmo de Minas, os grãos estão bem uniformes e o café está bom, ams ele comenta que se a chuva não parar pode começar atrapalhar o andamento.
Luis Roberto Saldanha, produtor de café no Norte Pioneiro do Paraná também comenta que as lavouras estão indo muito bem e se o clima for favorável a produção esse ano vai ser muito boa.
O leitor do CaféPoint Otacílio Junior enviou uma foto de uma lavoura em Esperança Feliz/MG, apontando a alta carga de café e chamando atenção para o crescimento das varetas produtivas, apontando uma ótima safra vindadoura.
Previsões da Somar Meteorologia apontam um outono próximo do normal, ou seja, menos chuvoso que do ano passado e favorável para colheita de café.
Segundo Celso Oliveita, meteorologista da Somar, volta e meia, uma ou duas vezes por mês, uma frente fria trará chuva, paralisando as atividades de colheita por alguns poucos dias.
"Com relação ao frio intenso, por enquanto nenhuma simulação indica nada extraordinário para este ano. Entretanto, sempre temos que ficar alerta, porque este enfraquecimento do La Niña poderia trazer uma massa de ar frio mais continental a partir do meio do inverno. Mas tudo isso é hipótese: nenhuma simulação indica nada excepcional por enquanto."
Enquanto isso, a demanda mundial por café continua aquecida e a oferta ainda é restrita, favorecendo um cenário de alta nas cotações. Com tal expectativa, produtores esperam novas altas para realizar negócio e vão fechando alguns contratos futuros.
Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado de café, informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.