ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

O charme brasileiro em uma xícara de café

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 09/10/2012

5 MIN DE LEITURA

1
0
Cada vez mais o café brasileiro deixa de ser mera commodity para se tornar um produto com valor agregado, que atrai desde meros curiosos até paladares mais sofisticados. É o que mostrou a 7ª edição do Espaço Café Brasil - Feira Internacional do Café, que reúne toda a cadeia do setor cafeeiro e acontece até amanhã na Expo Center Norte.

Lá, o grande destaque foram produtores e marcas de cafés diferenciados (comumente conhecidos como gourmets ou especiais, produzidos a partir de grãos da variedade arábica), que investem tanto em produção quase artesanal, selecionada grão a grão, até em modernização tecnológica dos processos para conseguir o melhor sabor e aroma da bebida - e assim transformá-la em um produto com qualidade premium - em que o quilo pode chegar a R$ 120.

E não é por menos: dados da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês) apontam que, enquanto o consumo do café tradicional no mundo cresce de 1,5% a 2% ao ano, o dos cafés diferenciados aumenta entre 10% e 15%, segundo a diretora executiva da BSCA Vanúsia Nogueira (foto: Newton Santos/Hype). Apesar de os números do café tipo exportação ainda serem bastante robustos no País - US$ 8 bilhões em 2011, ou 20% do mercado mundial, sendo 23% de cafés diferenciados (cerca de US$ 2 bilhões) -, o consumo desse tipo de produto no Brasil vem amadurecendo e crescendo vertiginosamente, de acordo com Vanúsia, entre 5% e 10% ao ano.

Hoje, somos o segundo maior consumidor do mundo de café de um modo geral (o primeiro são os EUA), com a meta de chegar ao topo em 2015. Mas acredito que isso deve acontecer antes, já que, em 2011, enquanto os EUA consumiram 20 milhões de sacas, o Brasil consumiu 19,2 milhões. Estamos melhorando cada vez mais.

Para impulsionar cada vez mais esse mercado, produtores brasileiros desenvolveram desde embalagens diferenciadas, técnicas de fertilização e irrigação para manter a qualidade da safra ao longo do ano todo, colheita mecanizada seletiva (que regula a vibração das palhetas para selecionar os grãos prontos a serem colhidos), e até uma tecnologia da Embrapa Café que desenvolveu o café-cereja (o fruto em si) descascado (que demora menos para secar).

Apesar de perseguirem o mesmo objetivo - o melhor sabor e qualidade para os apreciadores de café - os produtores se desdobram, cada um a seu modo, para se destacar.

Seleção Ultravioleta - Exemplo disso é o Ateliê do Café, marca de cafés especiais com a qualidade da Fazenda Da Terra, que possui uma microtorrefação em Valinhos (SP). A empresa, que ampliou sua produção de diferenciados a partir dos anos 2000, com o crescimento das cafeterias, tem um laboratório de pesquisa para desenvolver blends especiais, com máquinas que selecionam o café grão a grão com luzes ultravioleta.

A empresa desenvolveu até uma embalagem metalizada, a Pentabox, fechada a vácuo com gás para manter as propriedades do café por até três anos, já que 90% da sua produção é exportada.

Ainda há uma grande quantidade de café ruim no mercado, mas aumentam cada vez mais os consumidores que procuram bons cafés. Por isso, mantemos a projeção de continuar a crescer entre 20% e 25% ao ano, disse a gerente de marketing Cris Assumpção.

Já a Terroá Cafés Especiais, de Piatã (BA), localizada na Chapada Diamantina, uma jovem produtora com um ano e meio de atividade, além da formação em agronomia de seus proprietários - Luiz Bittner e Seyran Toker - para desenvolver as melhores práticas de cultivo e produção, tem a vantagem da localização dos terrenos de altitude e com o clima do Cerrado para produzir o melhor café - pois tudo isso influencia no sabor e aroma da bebida.

É uma forma artesanal de criar sabores distintos e lotes finos e selecionados, disse Bittner, que também é o provador oficial e possui o mais alto grau de degustador (o Q-Grader) credenciado pelo Coffee Quality Institute (EUA).

A empresa mineira Café Gourmet Santa Mônica, por sua vez, considerada a precursora dos cafés gourmet no Brasil, ao contrário da maioria concentra 68% de sua produção no mercado interno.

O melhor que produzimos fica por aqui, afirmou o diretor comercial Júlio César Biscioni. Sem falar em blends e outros macetes para desenvolver sabores característicos, a marca se baseia em técnicas de plantio como a fertirrigação (sistema de gotejamento na plantação para garantir boa safra durante o ano todo) para produzir o café mais saboroso.

Após a torrefação e a prova, esse café tem que ser o mais cremoso possível, com sabor encorpado, ter doçura natural e baixo índice de amargor e acidez, disse. Essa técnica, completou Biscioni, utilizada pelas fazendas da marca de dois anos para cá, fez a produção dobrar e ampliou as projeções de crescimento para 15% a 20% ao mês até 2013.

A ideia é potencializar cada vez mais em todas as mídias a qualidade desse produto, para ampliar o número de xícaras vendidas para um mesmo cliente - como já está acontecendo em restaurantes e estabelecimentos parceiros com foco no segmento gourmet, disse.

Um mercado em expansão além do grão e pó - Os cafés diferenciados movimentam um amplo mercado. Exemplo disso é o aumento da procura pelo maquinário específico para degustar a bebida que representa 42% do interesse dos consumidores, segundo a organização do 7º Espaço Café Brasil.

Há desde máquinas computadorizadas de espresso que produzem 600 cafés por hora e custam R$ 60,5 mil - como a Strada, da marca italiana La Marzocco -, até coadores e prensas especialmente desenvolvidos para isso, como é o caso do coador Hario, trazido pela importadora Flavors.

A marca japonesa de filtros com sulcos em espiral, que chegou ao País em junho, mantém o fluxo rápido e contínuo da filtragem do café, para extrair todas as suas propriedades.

Acompanhamentos e aromatizantes para intensificar o sabor da bebida com notas de avelã, por exemplo, são outro nicho desse mercado, representada pela Da Vinci Gourmet, marca da irlandesa Kerry Ingredientes e Aromas.

O setor possui até um e-commerce especializado na venda de cafés diferenciados de vários tipos - de grãos a cápsulas, como as da italiana Illy -, além de produtos afins, como máquinas, utensílios, livros e presentes.

É a cafestore.com.br - que desde sua criação, no final de 2010, cresceu mais de 50% ao ano, puxada por um público formado tanto por leigos e especialistas, até escritórios e cafeterias, de acordo com o diretor Fernando Raso.

As informações são do Diário do Comércio, adaptadas pela Equipe CaféPoint.

1

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

CARLOS DE CASTRO

NITERÓI - RIO DE JANEIRO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 10/10/2012

excelente artigo.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures