ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

MG: Com estiagem, produtores usam "filtro solar" nos pés de café

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 25/02/2014

3 MIN DE LEITURA

3
0
A falta de chuvas e o excesso de calor durante os meses de janeiro e fevereiro deste ano prejudicaram as lavouras de café no Sul de Minas no momento de enchimento dos grãos. O problema surpreendeu os produtores de café do Sul de Minas, que, para tentar driblar o período de estiagem, criaram um método para aplicar uma espécie de filtro solar nas folhas do café. Em Três Pontas (MG), produtores desenvolveram uma calda que, quando aplicadas sobre as folhas, ajuda a combater o calor e a falta de água sobre as plantas.

Com a estiagem, as mudas de café não conseguem absorver água e nutrientes e acabam desidratadas e necrosadas, o que pode acarretar atraso no desenvolvimento e na produtividade futura. Para tentar controlar isso, o produtor Roberto Rezende aplica a calda na folhagem, composta por cal virgem e açúcar. “Serve para formar uma camada esbranquiçada, o que ajuda a amenizar o sol escaldante”, explicou.

Questionado, o agrônomo Rodrigo Naves Paiva, da Fundação Procafé de Varginha, explica que o composto com água, cal e açúcar, usado como filtro solar, pode ser eficaz. “Alguns funcionam como protetivo, fazem com que a planta perca menos água e a radiação solar reflete também nas folhas e a transpiração é reduzida. Mas, ainda precisamos estudar mais para ter resoltados mais consistentes”, comentou.

Novas formas de irrigação – Uma técnica para evitar a perda do café é manter as plantas molhadas e irrigadas, já que a chuva mais recente não chegou a 30 milímetros. Alguns produtores, por exemplo, trocaram o turno de horário de irrigação, para tentar salvar a lavoura.

Em Campo do Meio (MG), o produtor João Kennedy encontrou uma nova forma de irrigar. Com uma máquina que era usada para jogar esterco, ele improvisou a irrigação. O trabalho com ela acontece durante a noite. Na propriedade com 150 mil mudas de café, apenas 7,5 mil pés são regados por noite e recebem 10 litros de água. “É uma medida desesperada. Estamos tentando diminuir um pouco essa perda que já está acontecendo. Poderíamos dizer que nas lavouras adultas, acima de 4 anos, já perdemos 20%. Já nas lavouras pequenas, com menos de 4 anos, a perda já está em torno de 80%”, disse.

De acordo com o agrônomo André Luiz Garcia, esta é a melhor alternativa para a plantação diante da falta de chuvas. “Quem tem condições de fazer isso durante a noite, tem melhor aproveitamento da água, um menor gasto tanto de água, como de energia, além de evitar o risco de queimar a folha”, ressaltou.

Entretanto, mesmo com as medidas paliativas criadas por alguns produtores, a falta de água no solo e o excesso de calor devem prejudicar a safra deste ano e também a do ano seguinte na região. Sem água, as lavouras sofrem o que os agrônomos chamam de déficit hídrico, que é quando não há água suficiente no solo para alimentar as plantas.

Economia – Alguns produtores já estimam perdas de até 20% do total da produção deste ano e da próxima safra também. Com isso, o mercado já sofre os reflexos da seca. Na terça-feira (18), a saca subiu U$ 18 no mercado futuro e U$ 21 no mercado interno. A expectativa é de que ele continue subindo. O café tipo 6, bebida dura, fechou o dia em R$ 354 e o tipo 7 fechou em R$ 340.

De acordo com o gerente da Cooperativa Minas Sul, em Varginha, Marco Antônio Bíscaro, a alta tem sido boa para o mercado interno e também para a bolsa de valores. “O mercado ainda não sabe dimensionar o tamanho da quebra, devido a seca, então, pode ser um início de ano promissor, mas ainda é cedo para dizer. Nas duas primeiras semanas de fevereiro, as vendas aumentaram”, comentou.

Já o presidente do Centro de Comércio do Café de Varginha, Archimedes Colli Neto, afirma que o mercado já computa uma possível quebra de safra no Brasil, o que pode ser bom para o país. “Isso tem um impacto enorme nas cotações, no mercado e na vida da nossa região. O mercado está subindo e de maneira positiva, já que há equilíbrio na questão de remuneração e preço”, completou.

As informações são do G1 Sul de Minas, adaptadas pelo CaféPoint
 

3

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

DANIEL SILVA

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - ESTUDANTE

EM 14/09/2017

A aplicação de Caulim já é consolidada em diferentes países do mundo, sendo mais recentemente aplicada no Brasil. O funcionamento é semelhante ao apresentado na matéria, porém mais barata e muito mais eficiente. Além de proteger a planta contra os intensos raios solares, pode protegê-la também contra pragas, devido ao filme de partículas deixado sobre as folhas. É atóxico e não abrasivo, indicado inclusive para a agricultura orgânica. Vale a pena pesquisar por mais informações.
ANTONIO JOSÉ MAIA

LIMEIRA - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 28/02/2014

Se consegue trazer gás da  Bolívia por meio de gasodutos  e distribuir por várias cidades do Est. de São Paulo..,   se consegue  transportar  álcool de Ribeirão Preto - SP  à  Replan  em Paulínia por meio de um álcool-duto...,  a  gente não entende que  o porque não pode ser feito o mesmo com a água para o semiárido nordestino .  
EDUARDO SUAREZ

VITÓRIA DA CONQUISTA - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 27/02/2014

aqui no nordeste enfrentamos uma seca severa de tres anos. O que aprendemos é que nessa situação o melhor é ver a realidade, que é grave, e não se iludir com salvações milagrosas. Tentamos de tudo inclusive o uso de pulverização com açucar. Tudo só ajuda se a estiagem for curta. Na situação atual recomendo economia pois a perda já aconteceu e visualmente é menor que a realidade, e o ano que vem a safra será baixa na area afetada. Infelizmente quando chover o café vai tentar encher de agua e vai rachar. Cito tudo isso para que sirva como alerta e que as pessoas não repitam os erros que cometemos gastando muito para recuperar o que foi perdido.

Que Deus nos proteja sempre

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures