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Grãos especiais produzidos em Minas são exportados para China e Oriente Médio

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 11/02/2014

4 MIN DE LEITURA

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A qualidade dos cafés especiais nas lavouras mineiras conquista novos mercados internacionais. Depois de abastecerem os Estados Unidos, o Japão e a Europa, principais importadores, chegou a vez de alguns fazendeiros do estado enviarem suas mercadorias – uma parte em commodity e outra já beneficiada – para a China e os Emirados Árabes. Os contêineres são embarcados com cartões de visita que mostram novas estratégias e inovações dos fazendeiros mineiros para ampliar os negócios fora do Brasil.

Esse é o tema da segunda reportagem da série “Muito além do cafezinho”, que o EM publica desde ontem (09). Na primeira parte da série, destaque para os grãos selecionados e a verticalização da produção. Essa última característica também foi adotada pelos donos da Café Fazenda Caeté, empresa com duas fazendas em Campo Belo, no Sul do estado, a 220 quilômetros de Belo Horizonte. O empreendimento, tocado pela família Costas, deve começar a enviar parte da produção para Dubai em março. O contrato é de US$ 50 mil.

A remessa traz uma novidade no setor: o café em sachê. Trata-se de porções de cinco gramas do fruto já torrado e moído, embalado em saquinhos, a exemplo dos oferecidos no mercado de chá. Cada caixa, com 16 saquinhos, tem o preço sugerido de R$ 5,50. A novidade venceu a edição do Prêmio Embalagem Marca, na categoria inovação, e é boa pedida para quem mora sozinho. “É o café individual, pois a pessoa coloca o saquinho na xícara com a água já fervida”, explica Fernando Reis Costas, diretor comercial da Café Fazenda Caeté.

Ele estima que o crescimento nas vendas em 2014 seja 60% superior. “O café é uma bebida consumida mundialmente, então sempre haverá novos mercados”, justifica. Para entrar no mercado dos Emirados Árabes, porém, Fernando não teve facilidades. Ele fez algumas viagens ao país para propagandear o produto. A Caeté já exportou para os Estados Unidos. As vendas externas foram fechadas com o auxílio da Central Exportaminas.

A Café Fazenda Caeté tem duas propriedades rurais em Campo Belo, a Caeté e a Córrego Dantas e ambas produzem cerca de quatro mil sacas de grãos especiais por ano e são avalizadas pela alemã UTZ, uma das principais certificadoras do planeta em práticas ambientais e sociais. A família de Fernando começou a explorar o mercado de cafés especiais em 2002. Há três anos, inauguraram uma pequena fábrica para processar os grãos. O próximo passo será reduzir o custo de produção por meio de uma técnica que vem sendo acompanhada por técnicos da Embrapa e do Sebrae.

A família vai aproveitar o esterco do gado, uma vez que as duas fazendas são produtoras de leite, e misturá-lo com a casca do café. A compostagem, acreditam os diretores da Café Fazenda Caeté, resultará em 8,5 mil sacos de adubos, de 50 quilos cada. “Gastamos, atualmente, cerca de 4,5 mil sacos por ano. São cerca de R$ 300 mil. Com a nova compostagem, nossa estimativa é reduzir esse gasto para R$ 150 mil. A diferença será investida na própria fazenda”, explica Marco Antônio Costa, diretor administrativo da empresa.

CERTIFICADO QUE ABRE MERCADOS

A China também é o foco de produtores do estado, principalmente os de 55 cidades do Alto Paranaíba e do Triângulo, cuja região é conhecida como café do cerrado. Parte deles enviou um contêiner para o país asiático, há algumas semanas, poucos dias depois de a área ser reconhecida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) como a primeira Denominação de Origem (D.O.) do café brasileiro.

“A DO agrega valor ao produto, pois é um avanço do certificado da indicação de procedência. Para conseguir a DO, é preciso alguns requisitos, como cadastro de rastreabilidade”, disse Juliano Tarabal, engenheiro-agrônomo e diretor de marketing da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.

A certificação, planeja Sérgio Geraldo, superintendente da Expocaccer, maior cooperativa de café de Patrocínio, abrirá novas porteiras fora do país. “Enviamos, há poucas semanas, o primeiro contêiner, com 320 sacas (60 quilos cada) para a China. É um país onde o consumo vem crescendo bem. É difícil mensurar o tamanho do aumento das exportações em razão da certificação, mas certamente ocorrerá”, disse o executivo da entidade, que reúne 500 cooperados, responsáveis, anualmente, por cerca de 1,2 milhão de sacas encaminhadas aos armazéns da Expocaccer.

A primeira DO de uma região cafeeira no Brasil foi conquistada em parceria com o Sebrae Minas, que ajudou a Federação dos Cafeicultores de lá, segundo a própria entidade, “a contratar doutores e mestres para comprovar, com base científica, que características como clima, solo, processo de colheita e o do pós-colheita diferenciam e identificam o café do cerrado”. Mas não basta o café ter sido produzido na região: é preciso, por exemplo, que um Q-grader, um profissional que prova a bebida, como se fosse uma espécie de árbitro, pontue o grão com pelo menos nota 80 numa escala de zero a 100.

Identidade Essa análise leva em conta a metologia da Specialty Coffee Association of America (SCAA), que destaca sabor, aroma e outras qualidades no fruto. A certificação de denominação de origem também favorece o consumidor, pois, no caso do fruto beneficiado (torrado e moído), as embalagens contêm um código que, depois de digitado numa página na internet, garante a rastreabilidade do café. Há informações e fotografias da lavoura e do produtor.

“A DO é a garantia do raio-x do nosso café. O consumidor está cada vez mais exigente. Na verdade, o café está se tornando o que o vinho de boa safra é. E os produtores estão se empenhando cada vez mais nesse nicho”, avaliou Lázaro Ribeiro de Oliveira, fazendeiro que colhe, em média, cerca de seis mil sacas por ano.

As informações são do Estado de Minas, adaptadas pelo CafePoint
 

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