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Foco na qualidade e visão de mercado para cafés especiais

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 21/08/2013

2 MIN DE LEITURA

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Pensando em orientar o cafeicultor na condução de seu negócio, uma das maiores autoridades do mundo em cafés especiais, o professor e pesquisador do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Flavio Meira Borém, destacou alguns pontos fundamentais de gestão, principalmente em momentos de crise.

Segundo ele, os produtores que, no início da safra, optaram pela qualidade da bebida não podem perder o foco, devem buscar o mercado correto para o café especial e, assim, ser remunerado justamente por ele. Borém destacou a importância da visão de empreendedorismo nestes tempos de crise.

“O produtor precisa entender que qualidade sempre acrescenta vantagens, nunca subtrai. Fazer café com qualidade não significa ter um custo mais elevado, pelo menos até o armazenamento. O processamento e a secagem é simplesmente fazer bem feito, colher na hora certa, processar da maneira correta para evitar que o café estrague. Não estou falando de melhorar de riado para duro. Estou falando de cafés finos, suaves. Faz toda a diferença nestes tempos de crise. Qualquer porcentagem da produção reservada como especial fará o valor médio da saca subir”, explicou o professor.

Já para os produtores de café commodity, Borém alerta que eles precisam estar atentos às tendências do mercado e dialogar com consultores. Para ele, a gestão de estratégias de mercado está totalmente alinhada com a qualidade e saber fazer essa gestão correta é fundamental, já que muitos fecham negócio rapidamente e não trabalham com outras alternativas, como o mercado futuro e demais modalidades.

O cafeicultor pode procurar entidades como o Centro de Inteligência em Mercados (CIM), que funciona no Departamento de Administração e Economia da UFLA, e que podem fornecer informações sobre as tendências de mercado, tanto interno quanto externo.

Outro aspecto importante para os cafés especiais é o armazenamento. O especialista recomenda que ao se identificar um lote especial de café já beneficiado, o produtor deve imediatamente retirá-lo do saco de juta e coloca-lo em embalagens a vácuo, impermeáveis ou em câmaras refrigeradas. No entanto, se ele estiver em pergaminho ou em coco, o cafeicultor deve mantê-lo assim por trinta dias e beneficiá-lo somente após o fechamento da venda.

“Quando o café especial é armazenado em sacos de juta, em 30 dias ele já alterou completamente seu sabor e aroma. Em três meses já é desclassificado como especial, principalmente por oxidação e por rancificação”, disse Borém.

O docente alertou também para os produtores que secam excessivamente o café. Ao invés de finalizarem a secagem com 11% de umidade, a grande parte está secando com até 9%. Porém, o pesquisador diz que não se deve nunca umedecer o café posteriormente.

Anúncio como membro do Comitê de Normas Técnicas da SCAA

Flavio Borém comentou ainda o anúncio feito pela Associação Americana de Cafés Especiais, que o elegeu como integrante do Comitê de Normas Técnicas. “A minha expectativa é poder colaborar nesse comitê como um pesquisador e professor, dar suporte ao comitê no desenvolvimento de pesquisas na UFLA, oferecendo colaboração concreta para pesquisar e gerar padrões com sustentação cientifica. Além de ser uma voz que vai lembrá-los dos naturais especiais. É fundamental rever os critérios de classificação dos naturais especiais”, explicou Borém. 

As informações são do Polo de Excelência do Café.

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NISIO JOSE SOARES

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS

EM 25/08/2013

O cerne da questão é o mercado. O preço nas alturas da xícara de café ou o copo do café comum, especial, goumert  servido nos nas casas especiais, restaurantes, bares da vida continuarão não remunerando adequadamente o produtor. Simplesmente por questão de mercado, mesmo com o modismo da qualidade e do goumert, comparado com o processo convencional que conquistou o hábito no mundo inteiro vamos continuar com preços baixos não remunerando o produtor porque estamos com excedente de produção mundial.

Esta é outra novidade dos "especialistas" de plantão para induzir mais custos ao produtor. A quem interessa estas inovações?
VALTER LIMA

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/08/2013

professor Boren, parabens pelo artigo.Acredito que qualidade é tudo nos dias de hoje pois com tamanha oferta pode-se escolher os melhores.Como ex aluno da ufla, consultor e produtor de cafe na regiao de itamogi mg e fornecedor nespresso,  um cafe especial começa com uma regiao especial passa por uma colheita bem feita na hora certa, ou seja sem verdes, sem fermentaçoes indesejaveis e prejudiciais e um tratamento de secagem perfeito.Com certeza ficarei mais atento para a armazenagem coisa que não tinha conhecimento de embalagens a vacuo ou camara refrigerada que eu acho mais dificil e um pouco fora da nossa realidade ja que os armazens que conheço nem todos são bem construidos.
DRA.MARISA HELENA OLIVEIRA SOUSA CONTRERAS

BEBEDOURO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/08/2013

Professor Boren. Excelente o artigo. Tambem acredito muito, que para nos mantermos Competitivos na Cafeicultura, teremos de buscar a diferenciação. Passando pela qualidade, pela excelência, buscando novos mercados.
ARTUR QUEIROZ DE SOUSA

CAMBUQUIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 22/08/2013

Não consigo enxergar outra forma de se produzir café sem ser voltado para a qualidade, sobretudo quando estamos falando de café arabica.

Não existe teoricamente uma diferença significativa de custos entre se produzir um café de qualidade e um café sem qualidade. Fazemos os mesmos tratos culturais, e o diferencial estaria no pós colheita, basicamente no patio de secagem. Temos que fazer o correto, e isso não nos custa mais caro.

Um café de qualidade, um café especial não deve ter seu preço atrelado a bolsa de NY. Isto é balela de comprador.

O cliente que quer um café especial, um café de qualidade com certeza pagará por ele.
WILLIAN JOSÉ GOULART

MUZAMBINHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 21/08/2013

o que eu sei é que esse ano não bebeu uma saca sequer de café em nossa propriedade, coisa que nunca havia acontecido antes somos acostumados a colher cafe natural tipo 2 em nossas lavouras. e ouvi dizer que agora os provadores dobraram a quantidade de xícaras e aumentaram o rigor. disseram até que o café que foi secado no terreiro cheirava fumaça, deve ser porque fumaram em cima do café com casca.
JOÃO CARLOS REMÉDIO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 21/08/2013

Produzir café diferenciado é para um grupo muito pequeno, bem fora da realidade da maioria. Em um ano difícil como este, com muita chuva na colheita, quem fez um cereja descascado de qualidade, conseguiu agregar míseros R$30 a saca. Vale à pena? Acredito que por vaidade, para sentir o ego massageado deve valer, mas, economicamente falando, nem tanto. Produzir este café recomendado, quanto se gastaria , quanto se receberia por uma saca e onde vendê-lo? Preços de hoje: café bebida Rio, R$240; café bebida Dura, R$280; café Cereja Descascado,R$310; valores brutos!

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