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Café ganha adeptos entre os consumidores de chá na Índia

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 22/04/2013

3 MIN DE LEITURA

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Em um país como a Índia, onde o chá é considerado a bebida nacional, o café começou a escalar posições entre os gostos da população local mais endinheirada.
“O café é uma bebida elitista por não ser tão barato quanto o chá e seu consumo na Índia vem aumentando após as reformas econômicas implantadas no país”, disse o diretor do Conselho de Café da Índia, em Nova Deli, K.K. Mukhopadhyay.

De acordo com esse órgão oficial, dependente do Ministério do Comércio e Indústria da Índia, o consumo de café no país passou de 50.796 toneladas em 1981 para 115.000 toneladas em 2011, que representa um aumento de 126% em 30 anos.

Esse aumento foi avaliado por relatórios como o da consultoria indiana Technopal, que disse que o mercado de café na Índia – que fatura cerca de US$ 230 milhões – crescerá em 14% nos próximos anos, até alcançar US$ 410 milhões em 2017.

De acordo com Mukhopadhyay, a Índia consome sobretudo café nacional e o faz principalmente no sul, com uma maior tradição cafeeira – 40% de sua produção -, enquanto dedica os restantes 60% às exportações. “Porém, se todos os indianos , cerca de 1,21 bilhão de pessoas, começarem a consumir duas xícaras de café por dia, nossas reservas anuais terminariam em 45 dias”.
Alguns países produtores de café veem nesse rápido crescimento do setor de café na Índia uma importante oportunidade de negócio, ainda que, por hora, essas expectativas estejam afetadas sobretudo pelas altas tarifas impostas ao país às importações.

A Colômbia, um dos principais produtores de café do mundo, viu sua entrada na Índia limitada por “tarifas que vão de 100% a 120%”, segundo explicou o embaixador colombiano em Nova Deli, Juan Alfredo Pinto. “Por isso, os governos da Colômbia e da Índia estão discutindo a possibilidade de revisar essa política tarifária, que não buscaria deslocar a produção local, mas sim, atender ao gosto dos que desejam um café de qualidade como o colombiano”.

A entrada de café colombiano na Índia, assim como acontece com Brasil, Guatemala ou Quênia, é feita principalmente através de marcas privadas de café instantâneo, como a indiana Bru ou a suíça Nescafé, ou de importantes cadeias de cafeteria. Entre as cadeias de cafeterias presentes na Índia destacam-se a indiana Café Coffee Day (que possui o maior número de estabelecimentos com 1.410 – esperam chegar a 2.000 em 2014) e as internacionais Barista Lavazza, Costa Coffee e Starbucks, a última que chegou ao mercado.

A Starbucks abriu sua primeira cafeteria na Índia em outubro de 2012 – o que criou um autêntico fenômeno social, com largas filas em frente aos estabelecimentos para poder entrar – e, atualmente, conta com seis lojas em Bombay e cinco em Nova Deli. “Até agora, recebemos uma resposta surpreendente. Iremos até onde percebermos que existe demanda”, disse o diretor da Tata Starbucks, joint venture entre a Starbucks e a indiana Tata Coffee, Avani Davda.

O tipo de clientes habituais nas cafeterias locais, segundo vários estudos, são os menores de 35 anos pertencentes à classe média indiana.

Porém, o café tem um longo caminho a percorrer para superar o consumo de chá entre os indianos, segundo um relatório da Associação de Câmaras de Comércio e Indústria da Índia (ASSOCHAN). De acordo com seus dados, a indústria de chá da Índia cresce a um ritmo em torno de 15% anual, produz 30% do chá do mundo e consome em torno de 25% da produção mundial – convertendo-se no maior consumidor de chá do mundo.

No entanto, dados como esses não convencem os tradicionais vendedores de chá indianos, muitas vezes, armados unicamente com um fogão a gás e uma chapa, como Pawan Kumar (28 anos), que vê o café como uma séria ameaça. Para ele, tudo é uma questão de dinheiro: se a pessoa não tem, comprará chá, com preços que vão de 9 a 27 centavos de dólar e, se tiver, irá às cafeterias, onde o café mais barato custa US$ 1,20.

A reportagem é da agência EFE, traduzida e adaptada pelo CaféPoint.

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