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Expectativa pela Anater

ESPAÇO ABERTO

EM 13/01/2014

3 MIN DE LEITURA

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Por Valter Bianchini - Secretário Nacional da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário

A Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) vem para atender a demanda dos agricultores familiares em toda a sua diversidade e das políticas de desenvolvimento sustentável e certamente para consolidar a posição de vanguarda do país na assistência técnica e extensão rural (Ater) e em um conjunto de políticas públicas.

Os serviços de Ater tiveram papel decisivo na trajetória que levou o país ao patamar de liderança na produção Agrícola mundial, com importante participação da Agricultura familiar. Foram iniciados em 1948, com a Associação de Crédito e Assistência Rural de Minas Gerais (Acar), depois com outras Acars nos estados, que formaram o Sistema Brasileiro de Extensão Rural (Siber), em 1956.

Em 1974, a Abcar se transforma na Embrater, e as Acars nas Ematers, formando o Sistema Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural (Sibrater). Em 1990, a Embrater é extinta e o Sibrater sofre retrocesso, chegando ao início deste século com somente um terço dos estados com estruturas razoáveis de Ater.

Em 2003, o governo Lula retomou a Ater, com a transferência da política de Ater do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a Secretaria de Agricultura familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Na última década, aconteceu um processo de reconstrução dos serviços de Ater no país, com a participação dos governos estaduais e da sociedade civil, apoiado pelo crescimento ímpar das políticas voltadas para o desenvolvimento rural sustentável e com base na Agricultura familiar.

Ainda que de forma desigual entre os estados, hoje contamos com uma estrutura razoável de serviços de Ater, organizada em um complexo sistema que integra instituições governamentais e não governamentais. Esse novo sistema tem sido fundamental para que as famílias Rurais possam acessar tecnologias de produção e processo e, sobretudo, as políticas e programas.

Um conjunto de políticas públicas promoveu ciclos virtuosos de crescimento no nível regional e local, que alavancaram o desenvolvimento e o crescimento da economia, e principalmente a inclusão de uma parcela importante da população rural (agricultores familiares e assentados da reforma agrária), o que impactou no aumento da demanda por serviços de Ater.

Depois de uma década de avanços, crescentes orçamentos de apoio às organizações públicas de Ater consolidaram o Departamento de Ater, a Política Nacional e uma Lei de Ater. Em 2013, a presidente Dilma Rousseff lança a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), articulando a pesquisa da Embrapa e do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária com a extensão rural, por meio do Sistema Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural.

A Anater vem para enfrentar esse desafio, assumindo o papel de coordenadora das capacidades e recursos financeiros existentes em nível federal, com a participação dos entes federativos e a iniciativa privada, além de assegurar um padrão de serviços e a ampliação da abrangência dos serviços de Ater aos agricultores familiares, em toda a sua diversidade, e também aos médios agricultores.

A agência termina com a competição por recursos entre Estado e iniciativa privada. Com os entes federativos, atuará com termos de compromisso e com as organizações da sociedade civil que atuam com a Ater pública por meio de editais públicos.

Com estrutura leve, terá o papel de contratar serviços em consonância com contratos de gestão com os ministérios. Terá o formato de serviço social autônomo, o que possibilitará dar maior foco e agilidade aos serviços e, de forma adequada, às diversidades locais, que são imensas em um país das dimensões do Brasil.

A Anater chega para avançarmos além da Política Nacional de Ater - Pnater (2004), da Lei de Ater (2010), da Conferência Nacional sobre Ater (Cnater) e do crescimento dos recursos federais. Coordenará a aplicação de um orçamento de R$ 1 bilhão de três ministérios (MDA, Mapa e MPA), que se somarão a outros tantos dos estados e da rede credenciada com mais de 600 organizações de Ater. Vem para consolidar a integração da Ater com o Sistema Brasileiro de Pesquisa Agropecuária, o ensino e potencializar a ação de um universo de mais de 30 mil agentes de assistência técnica e extensão rural.

O significado da Anater para a Ater é garantir mais extensionistas para atender com qualidade parte importante de um universo de 4 milhões de famílias que precisam ter acesso a serviços de assistência técnica e extensão rural para terem renda e melhores condições de vida. 

Artigo veiculado no Correio Braziliense.

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IRAPOAN SILVA AGUIAR JUNIOR

PORTO FRANCO - MARANHÃO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/01/2014

é muito bom que ocorra esse movimento buscando um norte para sistema de extensão, porem os interesses particulares sempre se sobrepoem aos públicos e o produtor continua abandonado. É esperar pra ver !
NELSOMAR PEREIRA FONSECA

MUTUM - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/01/2014

O grande problema que vejo na criação deste órgão, e o não cumprimento de suas obrigações, o respeito junto ao produtor rural, independentemente do produto a ser produzido. Hoje temos trabalhos maravilhosos tanto da EMATER como da EMBRAPA em diversos seguimentos, mas temos também Trabalhos horríveis, com técnicos sem comprometimento com o produtor e com o desenvolvimento do setor rural do município. Precisamos de mais apoio aos órgãos já existentes, pois nos escritórios existentes faltam recursos para combustível, poucos técnicos tanto na área econômica e muito mais na área social, falta investimentos nas áreas de acompanhamento e avaliação na execução dos programas, falta conhecimento da realidade rural do município, e como disse anteriormente comprometimento: (técnicos, empresa), autoridades ''prefeito, vereadores,'' lideranças rurais, sindicatos, associações,'' precisamos de mudanças de atitude e não de paternalismo.

Nelsomar Pereira Fonseca
EDGAR MIQUELANTI

ATIBAIA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/01/2014

Palhaçada. Como disse Ronaldo Carvalho Santos somente uma forma de consumir o dinheiro publico. O Brasil está longe de ser sério. Quando vemos países sérios, organizados pelo bem coletivo e focados no objetivo de uma nação, é que vemos o quanto somos atrasados. Que um dia a cadeia produtiva deste país, que funciona bem de mais para quem caminha sozinha, possa por um basta nesta farra. Meu respeito a EMBRAPA e a EMATER que nasceram em uma época que funcionávamos melhor e que poderia ainda ser muito melhor.
RONALDO CARVALHO SANTOS

CURITIBA - PARANÁ - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 15/01/2014

      Mais uma jogada politica para tutelar os incautos. e continuar a inchar os custos de produção (Custo Demagógico Brasil). Criar mais empregos a serem atrelados à Gestão, que será distribuída entre políticos de nomeada, como moeda de troca para garantir as caixinhas e aprovar falcatruas. Acompanhem e verão os gastos e, os premiados com as verbas destinadas, em todas as rubricas. Rastreiem os fornecedores e executores,

Se existe a EMBRATER , as EMATER's, e  a EMBRAPA, quais as razões para que se  dilapide mais o Tesouro Nacional?
TADEU CELESTE BEAL

SANTA LÚCIA - PARANÁ - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 15/01/2014

    Eu não como produtor , mas como meu negocio e vinculado ao segmento leiteiro tenho a certeza que temos que deixar as siglas de lado termos profissionais mais comprometidos com nosso produtor de leite e outros segmentos também pois o que se vê no dia dia do campo e profissionais desmotivados com a  causa do produtor.  PORTANTO A SIGLA DEVERIA SER  + COMPROMETIMENTO:
PAULO MARTINS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 14/01/2014

Parabéns pelo esclarecedor artigo. Pesquisa sem Assistência Técnica e Extensão Rural não gera transformação. O salto quântico se dá da junção das duas. A ANATER vem para preencher este vazio. A própria lei que cria a ANATER a associa à Embrapa e isso é inovador. Se existe um setor que demanda políticas públicas com essa concepção, realmente é o setor lácteo. Esperamos que o setor seja prioridade. Os possíveis comentários céticos que venham a ocorrer, como alguns aqui registrados, considero normal. Surpreendentemente, o Estado brasileiro tem se mostrado mais dinâmico que a sociedade e mesmo o setor de produção primária nos últimos cinquenta anos. Afinal, não houve movimento para criação de um serviço de assistência técnica e extenão rural nos anos 40, não houve movimento para a criação da Embrapa nos anos 70. As reações quanto ao desmantelamento das Emateres nos anos a partir dos anos oitenta sempre foram choramingos que nunca se traduziram em vetor político,  o que contribui mais para destruir o que existe que construir novos caminhos como ora se propõe.
NEI ANTONIO KUKLA

UNIÃO DA VITÓRIA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 14/01/2014

Acredito que todo o processo de criação da Anater, bem como a nova lei de ATER, veio para melhorar o serviço de ATER com mais técnicos no campo. Isso é fundamental, pois o conhecimento é a melhor e mais eficiente ferramenta em qualquer negócio.

Há de considerar porém, que apesar desta grande evolução, ainda temos o problema de morosidade entre atender a demanda através de editais públicos específicos, até a divulgação, contratação e autorização da empresa vencedora para entrar em campo e levar o serviço ao agricultor. Este, no meu ponto de vista, ainda é um gargalo que deve ser superado com urgência por parte do MDA.
PAULO FERNANDO ANDRADE CORREA DA SILVA

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/01/2014

""posição de vanguarda do país na assistência técnica e extensão rural (Ater) e em um conjunto de políticas públicas.""



Uma afirmação desta parece uma piada, brincadeira....................



Olha só a sopa de letrinhas:.(Anater)  (Ater) .  (Acar) (Siber) Abcar  Embrater,  Ematers,  Sibrater Ater (Mapa) (MDA)  Pnater  (Cnater)  MPA.



E o produtor de leite quase totalmente abandonado. Lá vai o dinheiro do contribuinte.....
RONALDO CARVALHO SANTOS

CURITIBA - PARANÁ - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 13/01/2014

É mentira Terta ?

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