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A OIC e o Acordo Internacional do Café são dispensáveis? |
JOSÉ LUIS DOS SANTOS RUFINO
Consultor Témático do Projeto Educampo Café do Sebrae/MG. Engenheiro Agrõnomo, Mestre em Administração Rural e Doutor em Economia Rural. Gerente Técncio da Embrapa Café até 2005 e Pesquisador da Embrapa Café até 2009.
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JOSÉ ADAUTO DE ALMEIDAMARUMBI - PARANÁ - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ EM 26/11/2010
Acordo internacional? Mais um? Fortalecer quem?
Um novo acordo irá apenas fortalecer alguns países emergentes na cultura do café. Mais uma vez o Brasil servirá de "guarda chuva" para outros se projetarem pois a história tem mostrado que acordos anteriores (retenção,exportação e outros) apenas o Brasil cumpriu e sempre teve um país que necessitava mais e "quebrava o acordo". Quem é líder tem que "focar" em manter a liderança e os que não estão preparados é que saiam do mercado. É o capitalismo... não tem acordo. |
JOSÉ LUIS DOS SANTOS RUFINOVIÇOSA - MINAS GERAIS EM 25/11/2010
Meu Caro Amigo Renato Fernandes,
Você faz muito bem! O verão se aproxima e, principalmente na nossa Bahia, não é momento oportuno para polêmicas. De qualquer forma, não obstante sua tentativa de contemporização, sua lúcida colaboração utiliza fortes argumentos para indicar a OIC e o AIC como dispensáveis. Espero encontrá-lo em breve. Um grande abraço. Rufino |
JOSÉ LUIS DOS SANTOS RUFINOVIÇOSA - MINAS GERAIS EM 23/11/2010
Prezado Celso Vegro,
Valeu a oportunidade de conversar consigo. Na impossibilidade de fazê-lo pessoalmente, fico agradecido pelo diálogo via internet/CaféPoint. Fico aguardando mais uma de suas interessantes contribuições. Nela, certamente, vai ficar mais claro sua ideia de que, para o Brasil, manter-se como membro da OIC reveste-se de "crucial importância". Em princípio não concordo, mas vou tentar manter a mente o mais isenta possível para entender as razões para tal. Um forte abraço. José Luis Rufino |
RENATO H. FERNANDESTEIXEIRA DE FREITAS - BAHIA - COMÉRCIO DE CAFÉ (B2B) EM 23/11/2010
Caros amigos Rufino e Celso,
Pra não render polêmica, concordo com os dois. rsrsr Não diria que a OIC e o Acordo Internacional do Café são dispensáveis, mas é mais do que palpável a realidade de que a instituição pouco conseguiu realizar de concreto nesta década. Nem ela, muito menos sua "dissidência", a finada APPC. Nem mesmo a OMC. Objetivos concretos e tangíveis também não são a tônica do Acordo Internacional de 2007. Assinar o acordo pouco vai mudar, mas sair da OIC também não ajudaria em nada. Por outro lado, há várias outras vias para se fortalecer a cadeia do café do Brasil e elas passam por enfrentar sem subterfúgios a situação de muitos produtores, principalmente de áreas pouco mecanizáveis, que se tornam cada vez menos competitivos. Concordo com você Rufino quando diz que muitas vezes o foco se volta para aspectos e propostas que chamam muita atenção para seus protagonistas mas, como trazem poucos resultados reais, logo em seguida serão sucedidos por uma nova "cartada decisiva". Abraços, Renato |
ARNALDO REIS CALDEIRA JÚNIORCARMO DA CACHOEIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 23/11/2010
Amigos;
"Acordos são interessantes quando todas as partes se beneficiam dele." Portanto vale lembrar, pois grande parte dos brasileiros tem memória curta, que na grande maioria dos "ACORDOS" anteriores/passados, nós também éramos líderes de mercado, e esta posição de nada resolveu os nossos problemas setoriais; muito pelo contrário, a quebra dos ACORDOS anteriores por parte dos demais países, nos desestabilizou e ficamos"à ver navios" "sem pai nem mãe", "perdidos como cachorro que cai da mudança". Assim o grande problema dos ACORDOS anteriores, foram nossos concorrentes, que não cumpriram nada e deram um tombo no ACORDO. Quem propõe acordo é que está em desvantagem ! Não é nosso caso. Somos o maior produtor de café do mundo e em breve seremos o maior consumidor também. Será que não temos capacidade de CADENCIAR a oferta de café no mercado internacional ? Devemos rever a nossa política de agregação de valor e inserção do CAFÉ BRASILEIRO no mercado mundial . DIFÍCIL SIM, NÃO IMPOSSÍVEL, SÓ TEMOS DE COMEÇAR O PROCESSO. Você já viu alguém no mercado com um MARKET SHARE, na posição de LÌDER, convocar o restante do mercado para um ACORDO ? Pelo Amor de DEUS !!!!!!! O que que está acontecendo ? |
CELSO LUIS RODRIGUES VEGROSÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 23/11/2010
Amigo Rufino
Sou avesso à polêmicas pois em geral são estéreis. Espero que avancemos para um debate de ideias tendo por foco a nossa cafeicultura. Lembro-me, e creio que você também, da canetada do Collor extinguindo o IBC. Sete anos depois, FHC criaria uma nova institucionalidade para o setor o CDPC, uma reunião de interesses mais belicosa que as nacionalidades que compõe os balcãs. Antes permanecesse o IBC e provavelmente temas sensíveis já se encontrariam equacionados. Penso no drawback e na eliminação das barreiras tarifárias às exportações de café industrializado para os países centrais. Sabe Rufino, nós fomos praticamente educados na cultura da privatização e desregulamentação. Veio 2008 para provar que o mundo é insano quando as emoções constituem sua égide. Ainda que não tenhamos resultados palpáveis para o agronegócio café, manter-se como membro ativo da OIC e colaborar com o delineamento de ações, planos e estratégias negociadas com os países importadores se reveste de crucial importância. Meu artigo ´Vetores..." vai ganhar continuidade e nele pretendo aprofundar tais temáticas para que o debate continue e se torne ainda mais profícuo. Segue meu abraço. Celso Vegro |
JOSÉ LUIS DOS SANTOS RUFINOVIÇOSA - MINAS GERAIS EM 22/11/2010
Prezado Amigo Celso Vegro,
Obrigado por sua participação. Conheço, e respeito, suas ideias sobre a OIC e AIC. Por levar sempre em consideração os pontos de vista que você levanta com muita acuidade e pertinência, tenho tomado cuidados extras com minhas opiniões sobre esses temas. Com base nessa consideração é que farei algumas colocações adicionais sobre o assunto. No mundo sem fronteiras que você citou, na lista dos fóruns aos quais o Brasil foi chamado a assumir uma posição de protagonista, não está incluída qualquer instituição que tente compatibilizar interesses de uma determinada cadeia produtiva, agrícola ou não agrícola, por meio de acordos multilaterais entre países. Os interesses envolvidos nestas instâncias são maiores e diversos, incluindo, quando necessário ou recomendado, os interesses de uma cadeia produtiva como, por exemplo, a do café ou a das montadoras de carros. Isso torna dispensável uma instância que discuta, em especial, a cafeicultura mundial. Já que estamos de acordo que "A OIC não se reveste de máxima importância para a cafeicultura brasileira", sobra-nos a ideia que seu objetivo é privilegiar, por razões humanísticas, algum país de menor desenvolvimento, seja na África, na Ásia ou nas Américas. Nesse caso, a discussão pode ter abrigo no ONU, ou mais especificamente na FAO, abrangendo o café, a cana ou a pecuária. Não há, hoje, justificativa para duplicar custos e esforços burocráticos para tal. Nesse ponto, vale lembrar que um dos objetivos da FAO é "promover investimentos na agricultura, o aperfeiçoamento da produção agrícola e da criação de gado e a transferência de tecnologia aos países em desenvolvimento". Convenhamos que isso é bem mais interessante para os países que necessitam de apoio do que participar de um acordo multilareal de menor expressão. Por último, deixo claro que, nessa discussão, não estou fazendo "qualquer personalização das instituições". O que nos incomoda, de verdade, é assistir algumas autoridades cafeeiras do Brasil perdendo tempo e recurso discutindo, de forma inócua, temas tão ultrapassados e potencialmente sem nenhum benefício para a cafeicultura brasileira, ao invés de se ocuparem com soluções que realmente interessem ao setor. Um grande abraço. José Luis Rufino |
JOSÉ LUIS DOS SANTOS RUFINOVIÇOSA - MINAS GERAIS EM 22/11/2010
Prezado Caio,
Obrigado pela manifestação de apoio. Você é um dos milhares de técnicos, produtores e agentes comerciais que se dedicam a fazer uma cafeicultura brasileira cada dia mais competitiva. Sabe muito bem o quanto esse objetivo é complexo, trabalhoso e passa ao largo de acordos de gabinete celbrados há várias décadas e dos quais, tenho certeza, não conseguiu ver, até hoje, qualquer benefício para os objetvios colimados. Atenciosamente, José Luis Rufino |
CELSO LUIS RODRIGUES VEGROSÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 19/11/2010
Prezado amigo Rufino
Aprecio sua linha argumentativa. Creio também que o olhar para fora é menos relevante que o estímulo aos esforços empreendidos domesticamente e que estão de fato assegurando e robustecendo a competitividade da lavoura brasileira. Todavia, em um mundo sem fronteiras como o atual, fica difícil não assumir protagonismos aos quais somos chamados. Os pleitos são amplos: membro do conselho de segurança, membro do G20 e do G8, lider do Mercosul, Unasul, ALADI, etc... O Brasil, a cada ano que passa, terá mais e maiores responsabilidades em âmbito global e isso é uma decorrência de seu crescente protagonismo. A OIC não se reveste de máxima importância para a cafeicultura brasileira, porém para o resto do mundo produtor (e penso na África especialmente), há sim um relevante serviço a prestar. Meu modo de elaborar esse assunto você já conhece e entendo que precisaremos de muita cautela antes de adotar postura refratárias a determinados temas. Finalmente, creio que é preciso antes de tudo evitar qualquer personalização das instituições. Não se pode negar que no Brasil existe um vício de origem quando se fala de entidades que é a péssima reputação daqueles que as conduziram gerando essa confusão entre a institução e sua missão com aqueles que as dirigiram. Abçs Celso Vegro |
CAIO EDUARDO LAZARINI GARCIAPATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 18/11/2010
Prezado Prof. Rufino,
Gostaria de parabenizá-lo. Precisamos de uma cafeicultura empreendedora e unida por objetivos comuns, só assim é possível o fortalecimento da cadeia produtiva e consequentemente maior reconhecimento internacional. Excelente artigo. Quando virá fazer-nos uma visita? Grande abraço, Engº Agrº Caio Lazarini Consultor técnico Educampo Café Expocaccer |
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