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Verdades e mentiras a respeito da produtividade das lavouras de café |
CARLOS EDUARDO DE ANDRADE
Engenheiro Agrônomo, Mestrado em Economia Aplicada, Extensionista da Universidade Federal de Viçosa e produtor de café.
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ALBINO JOÃO ROCCHETTIFRANCA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 10/10/2007
Respeitamos a tradição e seriedade do escritório Carvalhaes, citado no brilhante artigo do colega Carlos Eduardo. O que nos intriga, entretanto, é que toda vez que se lê alguma publicação que parta do setor da indústria do café (ABIC, por exemplo), bem como do comércio, sempre estão a apontar uma situação de aperto nos estoques, de tal forma a sugerir, que devemos produzir mais.
Parece-me um paradoxo: se estamos com estoques baixos e se vamos produzir pouco, como sugerem; porque os preços não reagem? Ora, dá para pensar que estes respeitáveis senhores querem que produzamos mais para que eles fiquem numa situação muito confortável, de excesso de oferta, e eles comprem o nosso café com um "precinho" bem lá em baixo. Parece coisa orquestrada! Eng.agro. Albino João Rocchetti - Franca - SP |
MARCO ANTONIO DOS SANTOSVALINHOS - SÃO PAULO EM 07/10/2007
Parabéns pelo magnífico artigo. Trabalho com a cultura do café a 12 anos e desenvolvo modelos matemáticos de previsão de safra de café e nunca li um artigo tão real. Faço diversos estudos em lavouras e não acho possível as tais previsões que órgãos governamentais divulgam. Sei que existe um grande apelo comercial e subjetivo por trás de tais previsões. Assim, como você muito bem salientou em seu artigo, a produtividade deverá sim, ser afetada pelo clima, principalmente pelas altas temperaturas e falta de chuvas no inicio da indução floral (fevereiro a maio) e agora na fase de florescimento (agosto-outubro).
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RAFAEL ALTOE FALQUETOVENDA NOVA DO IMIGRANTE - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 30/09/2007
Parabéns pelo artigo. É muito importante esclarecer quais são os verdadeiros fatores que são relevantes para projeção das safras. O produtor e os agentes da cadeia produtiva do café precisam de informações precisas, simples e objetivas para se manterem, crescerem e não serem ludibriados por falsas informações das especuladores do mercado.
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JOSÉ GERALDO ALVESCURITIBA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 17/09/2007
Parabéns pelo artigo, muito oportuno e esclarecedor. A continuidade das adversidades climáticas com certeza vai surpreender para menos, muitas das previsões de safra já realizadas. O segredo, como já abordado, para a continuidade do produtor de café em nosso país, dependerá muito de todos os atores da cadeia produtiva, se não houver equidade na distribuição dos ganhos, a cafeicultura brasileira continuará o processo de perda de competitividade para os demais países produtores. Outro ponto a ser buscado pelos cafeicultores é a melhoria da gestão das propriedades, apoiados em sistemas de produção sustentáveis.
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ALEXANDRE NEVESSÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 17/09/2007
Bom dia,
Sei que as estimativas atuais de produtividade de café, são por ha. Contudo, gostaria de obter também, uma visão por 1000 pés de café, visto que tenho uma pequena lavoura, separada por talhões, conforme sua idade. Gostaria de entender também, se essa produtividade por 1000 pés respeita a bienualidade, ou é média dos anos também, respeitando condições ideais de cuidado da terra (manejo e adubação). Obrigado desde já, |
AMARILDO J SARTÓRIVARGEM ALTA - ESPÍRITO SANTO EM 14/09/2007
Prezado Dr. Carlos Eduardo de Andrade
Parabéns pela serenidade e clareza das informações contidas neste artigo, para nós que lidamos no dia a dia com a cultura do café, sabemos das dificuldades e os inúmeros fatores que comprometem diretamente a produtividade. Percebo a indignação de alguns produtores ou profissionais ligados de alguma forma a cafeicultura, quando comentam alguns artigos aqui publicados, tratando de estimativas de safras que fogem a nossa realidade. Uma estimativa de safra bem feita deveria seguir a fórmula aqui apresentada, simples, lógica e sem mágicas, pois em um país com as dimensões do Brasil, as chances de ocorrerem problemas em regiões produtoras de café, que possam prejudicar ou favorecer a produtividade são enormes. Um grande abraço |
ARNALDO REIS CALDEIRA JÚNIORCARMO DA CACHOEIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 13/09/2007
Finalmente uma análise crítica bem feita. Ponderada em cima de dados concretos, ou seja, número de hectares plantados perspectivas de aumento de produção e consumo. Dados reais com perspectivas reais.
Estamos falando em perspectivas de 48 milhões de sacas para 2008 e sem comentar sobre a perversa estiagem, floradas antecipadas que abortaram e cafezais sendo trocados por cana de açúcar. O artigo é bom até pra quem quiser especular. Pois o número de 48 milhões de sacas é um número balizado e não deixará os aventureiros de plantão falando besteiras por aí! SDS. |
JOSE EDUARDO FERREIRA DA SILVABELO HORIZONTE - MINAS GERAIS EM 13/09/2007
Carlos Eduardo,
Em anos de baixa rentabilidade surge um fator de influência de produtividade bastante comum: o "gigolô de café" (a 1ª vez que ouvi este termo foi de um cafeicultor amigo meu, de Baependi, que por sinal tem uma produtividade média impressionante). Mesmo que fatores de ambiente estejam adequados, quando o calo aperta no bolso, o produtor reduz o uso de insumos e restringe o manejo afetando a produtividade "potencial" das pesquisas. Passa a gigolar o pé de café! O termo pode parecer cruel com o produtor, mas a expectativa de preços vis-à-vis custos crescentes é um fator que influencia a produtividade. Aí você de fato tocou na ferida: Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar, ter informação para se tomar decisão! É mapear todo o processo produtivo, com padrões e indicadores relevantes definidos, planilhas de custos e receitas bem elaboradas e com alimentação sistemática, controlar qualidade, conhecer o ambiente (institucional, mercados interno e externo, concorrentes, etc), conhecer e operar mercados futuros/hedge, implantar boas práticas agrícolas, ambientais e sociais (o conceito amplo de sustentabilidade), elaborar e implantar política de recursos humanos (alguns gostam do termo "gestão de pessoas", e no caso do café é um dos custos mais relevantes e que pode fazer total diferença no resultado econômico da atividade), e mais um tanto de conceitos de gestão (qualidade total, planejamento estratégico, marketing, gestão financeira, etc). O problema que alguns não percebem é que não têm como escapar disto. Se a tendência é de se aumentar a produtividade e a produção de café em escala global, a real dimensão do mercado de café, então a tendência de os preços caírem é inexorável. Porém os custos não seguem a mesma trajetória, necessariamente. A própria estrutura de mercado (concentração de mercado dos fornecedores de insumos - antes da porteira), interação com a demanda por insumos de outras cadeias que se expandem (soja, milho, cana, etc), entre outros fatores, faz com que os custos sejam crescentes ou que a queda de preços imaginada por uma apreciação cambial não seja tão relevante. Então cada vez mais os lucros tenderão a minguar. Aí só a gestão (administração) eficiente fará a diferença. Portanto, aprender a administrar (ou profissionalizar a administração) deve ter um peso nas preocupações dos produtores maior que as técnicas de manejo, tecnologias de produção, etc. Estas deverão fazer parte do portfólio de decisões do administrador e não do ofício do produtor. Acho que estamos entrando numa nova era da agricultura, vamos ver nascer um novo produtor. Aquele que não mudar vai desaparecer da atividade. Daí o seu texto ter sido bastante oportuno. Um cordial abraço, José Eduardo Ferreira da Silva Engº Agrônomo |
JOÃO CARLOS REMEDIOSÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 13/09/2007
Parabéns pelo excelente artigo.
Ele mostra que as previsões de safra que surgem a todo momento são meras especulações, puro jogo de interesses de setores interessados em explorar de maneira predatória a cafeicultura nacional. O que mais me impressiona é que a maioria dessas previsões são feitas por " brasileiros", não sei a mando de quem. A cafeicultura brasileira precisa ser respeitada. Joao Carlos Remedio |
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