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Tendência do mercado de café: qualidade em produtos e serviços

POR MAURO BENEDETTI

ESPAÇO ABERTO

EM 15/07/2013

1 MIN DE LEITURA

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Nos últimos anos, temos testemunhado enormes mudanças na maneira como os produtos alimentícios são comercializados e consumidos. Isto porque vem ocorrendo um forte movimento estratégico ao longo de toda cadeia da comercialização - produtores, comerciantes, indústria e distribuidores - para atender às necessidades e desejos do consumidor. A consequência é a geração de mercados mais fragmentados, demandando uma ampla variedade de produtos especiais a fim de oferecê-los a consumidores mais exigentes.

Enquanto a maioria dos setores de alimentos se organizou com parcerias ao longo da cadeia de comercialização para satisfazer o mercado, o setor cafeeiro em geral ainda se encontra no campo das bolsas de mercadorias em que são comercializados os cafés tradicionais. Esse modelo antigo favorece a um grupo de empresas que disputam entre si, principalmente no tocante a preço, por uma fatia de mercado.

No entanto, o consumidor dos novos tempos não se satisfaz mais com uma bebida genérica, mas busca o prazer e o entusiasmo encontrados na diversidade de sabores oferecidos por um legítimo café Gourmet, que são percebidos e apreciados na xícara. Daí até o despertar da curiosidade em conhecer a origem e processos de produção dá-se no tempo de alguns poucos goles, permeados de intenções degustativas junto ao seu mais novo companheiro, o cafezinho especial.

No Brasil e no mundo os cafés especiais vem ganhando terreno ante os cafés tradicionais, com taxas de crescimento acima de 15% ao ano em muitos mercados, enquanto a taxa de crescimento do consumo de café em geral flutua ao redor de 1,5% no mundo e 3% no Brasil1 e mercados emergentes.

A produção com qualidade, portanto, vem ao encontro do novo cenário de consumo, despontando como processo fundamental para o sucesso do produtor, que deve estar ciente das exigências do consumidor sofisticado.

Porém, o produtor deve ser recompensado pelo mercado quando se dispõem a produzir um café de alta qualidade. É preciso que os envolvidos diretamente com a qualidade produtiva do grão estejam bem servidos com parceiros comerciais para a correta valorização de seus produtos. E este parece ser o maior gargalo dentro da cadeia de comercialização do café.

Deste modo, a estruturação de parceiras comerciais junto a produtores de café de qualidade representa hoje o grande salto para a sustentabilidade econômica deste segmento.
 
1www.cafepoint.com.br/cadeia-produtiva/giro-de-noticias/cafe-gourmet-cresce-4-vezes-mais-do-que-o-tradicional-83973n.aspx

MAURO BENEDETTI

Degustador Oficial e Consultor em Qualidade do Café. Desenvolvedor comercial de cafés especiais: mercado interno e externo. Consultor Técnico / Certificações / UTZ. Membro da Associação dos Cafés Vulcânicos. Formado em Publicidade.

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ARTUR QUEIROZ DE SOUSA

CAMBUQUIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 22/07/2013

Tassio, está muito dificil trabalhar com arabica, com o mercado operando abaixo do custo de produção. Aliás em qualquer atividade, não é mesmo? - Não suportamos estas condições por muito tempo. Não existe outra saída a não ser aprimorar a qualidade e vendê-la a preços desvinculados da bolsa e diretamente ao importador. É assim que creio conseguiremos sobreviver a estas adversidades. Que bom que tenham conseguido mercado abundante FAIR TRADE, pois aqui ele está muito regrado e o mercado não está conseguindo pagar premio de US$0,20/libra peso.
TASSIO DA SILVA DE SOUZA

MUQUI - ESPÍRITO SANTO - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 22/07/2013

Artur, em minha região temos robusta FAIR TRADE, hoje as oportunidades estão boas o preço mínimo está dando diferencial em relação ao mercado e os produtores estão satisfeitos, gostaria de saber como os produtores de arábica pretendem superar estas dificuldades, ja que arabica depende de qualidade para vender e isto tem custo.  
ARTUR QUEIROZ DE SOUSA

CAMBUQUIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 19/07/2013

Tassio eu também tenho o selo Fair trade, através de nossa Associação, mas cada vez mais está dificil vender Fard trade com premio de 0,20 de dolar por libra peso. Mas sem dúvida nenhuma é mais uma ferramenta para se trabalhar. Cafes especiais, são sinonimos de maiores investimentos em qualidade, e merece portanto uma adicional bem superior ao que o mercado esta pagando. É necessário urgentemente que o mercado de cafes especiais se desvincule totalmente da bolsa, que é especulativa de comodities.

  
TASSIO DA SILVA DE SOUZA

MUQUI - ESPÍRITO SANTO - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 19/07/2013

tenho trabalhos desenvolvidos com cooperativas que tem o FAIR TRADE como selo, o mercado é completamente diferente, as oportunidades de venda vem crescendo, e a busca por qualidade tambem, tenho certeza que a organização de grupos que trabalhem cafes especiais é a maneira consistente  de fugir das Ocilações do mercado convencional.  
ARTUR QUEIROZ DE SOUSA

CAMBUQUIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 19/07/2013

É realmente gratificante, e temos conseguido bons contatos e negócios com café de qualidade.

Contudo tenho observado em especial este ano, que o mercado está mostrando uma cara bem esquisita. Naõ se pode prever o que vai acontecer, mas produzir café especial a custo inferior a N.Y+20 a 30, é loucura, e perde-se dinheiro e trabalho.

Tomamos uma decisão muito ruim, mas todo o café especial nosso que não atingir este preço, ele não vai para exportação, pois será passado em um triturador e será comercializado como resíduo, ou seja somente poderá ser vendido no mercado interno. O preço de um café fino e de uma escolha de bom aproveitamento estão muito próximos. Neste caso, melhor não ofertar aquilo que o mercado não pode pagar.

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