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Quais as perspectivas para a cafeicultura no período pós-seca?

POR JOÃO ELVIDIO GALIMBERTI

ESPAÇO ABERTO

EM 20/10/2016

3 MIN DE LEITURA

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O impacto da falta de chuvas para a cafeicultura capixaba foi intenso e refletirá nas próximas colheitas, principalmente, do café conilon. O último levantamento, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta uma redução de 32,4% na produção de conilon. Diante deste cenário, quais as perspectivas do cafeicultor para o novo período após a seca?


O tema de perspectivas e estratégias para o futuro na produção de café foi discutido com os cafeicultores presentes na V Feira Café com Leite, realizada na última semana em Santa Teresa, interior do Espírito Santo, pela Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Coopeavi). Confira abaixo os principais pontos da palestra de João Elvídio Galimberti.

Foto: Coopeavi/ Divulgação



Por João Elvídio Galimberti*


É necessário analisar diversas variáveis para chegar a uma conclusão sobre as perspectivas futuras. A volta de chuvas em regiões produtoras foi muito comemorada pelos produtores, mas o volume de água não foi suficiente para recompor a déficit provocado pelo longo período sem chuvas.

Ainda há uma preocupação a respeito do que vai acontecer nos próximos meses com relação às precipitações que ocorreram recentemente, e que ainda demonstrarão o devido desenvolvimento dependendo das chuvas que virão nos próximos meses.

A seca atingiu todo o Espírito Santo, no entanto, em intensidades diferentes em cada região. As regiões Norte e Noroeste do Estado, onde concentra a maior parte da produção de conilon, foram mais impactadas. Já as regiões Sul e Serrana do Estado, onde há uma concentração maior da variedade arábica, sofreu um pouco menos devido a altitude e o clima mais ameno.

Foto: Thais Fernandes/ Café Editora




A recuperação das lavouras produtivas em todo o estado, independente da variedade, depende muito da sequência de chuvas para reduzir a escassez hídrica. Por isso, ainda não há uma opinião concreta sobre o futuro da cafeicultura, o que existe são produtores na expectativa de continuar produzindo e conseguir vender o seu café por preços mais elevados.

Chuva e florada
A chegada de um volume maior de chuvas no mês de setembro e outubro deu uma nova esperança para o produtor devido às flores. Por exemplo, na cafeicultura de montanha, essas chuvas proporcionaram uma florada muito grande, diferente na região do conilon, que teve uma florada, mas não foi convincente, e a maioria dos produtores não vê essa florada como sinônimo de produção, porque realmente a chuva no Norte do ES ainda não foi satisfatória.

Preço
A maior preocupação neste momento dos produtores é saber como se comportará o mercado em relação ao preço daqui para frente, porque eles estão visualizando uma possibilidade de ter uma produção menor no próximo ano, se comparado com a safra deste ano. Além disso, o café é uma commodity e os preços são voláteis, dependendo de muitas variáveis, ou seja, é difícil afirmar se haverá uma elevação ainda maior dos preços, mas o sentimento geral dos cafeicultores é que os preços tendem a subir ainda mais. Agora, até aonde ele vai chegar é uma questão preocupante, pois todos sabem que isso pode impactar na composição dos blends e estabelecer uma dificuldade para a indústria comprar este café.

Cafés especiais
A cadeia produtiva de cafés especiais está migrando para uma terceira onda, com a exigência de certificações e rastreabilidade do grão, e esse é o futuro deste segmento da produção cafeeira. Este momento é desafiador, mas também é uma oportunidade para o produtor se projetar neste cenário, onde a principal necessidade do consumidor é a transparência sobre o processo produtivo e a origem da produção dos grãos. Por isso, este é o momento de trabalhar para atender a demanda do consumidor e fazer uma gestão para agregar valor à produção do cafeicultor, garantindo a sustentabilidade da cafeicultura.

*João Elvídio Galimberti é agrônomo e especialista em mercado café da Coopeavi e, fala sobre a chegada de chuvas, florada, preço e cafés especiais.

JOÃO ELVIDIO GALIMBERTI

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