Um país de aproximadamente 24 milhões de habitantes situado na região dos grandes lagos africanos, sem acesso ao mar. A base de sua economia é a agricultura, sendo o café seu principal gerador de receita. As áreas médias de exploração agrícola ficam entre 0,5 e 2,5 hectares. O café é cultivado de forma consorciada com culturas alimentares como banana e feijão para garantir a segurança alimentar das famílias. Também é cultivado entre árvores, que resulta na produção de café sustentável (social, econômico e meio ambiente), com pequeno uso de agroquímicos (fertilizantes, pesticidas e fungicidas).
Pontos Fortes
- Proximidade do Mercado Europeu
- Parceria com investidores e governo Holandês
- Boa aceitação dos cafés ugandenses pelos europeus
- Dependência do café para a geração de receita externa (20 a 30%)
- Geração de empregos (3,5 milhões de pessoas)
- Idade das plantas de café (> 50 anos)
- Produtividade baixa (aproximadamente 9 sacas/ha)
- Grande incidência da murcha do Café (CWD)
- Insumos historicamente caros
- Baixo consumo interno
1) Novos plantios (expectativa de 20 milhões de plantas/ano).
2) Preocupação com assistência técnica.
3) Investimentos para melhoria da qualidade - Cursos de R-Graders (UCDA).
4) 10ª Conferência de cafés finos da África – reuniu compradores do mundo inteiro (divulgação dos cafés).
Principais discussões: industrialização, produção e sustentabilidade, mercado consumidor, mulheres do café, e pesquisa e tecnologia do café.
Considerações
- As exportações de robusta cresceram 26,52% da safra 2011/12 para a 2012/13, enquanto as de arábica caíram em 9,84%.
- Baixo consumo interno, o que torna o país mais susceptível às demandas externas, mas que por outro lado facilita a entrada e a saída da atividade.
- Uganda exporta 80% do café para a Europa e 20% para o Sudão, EUA, Índia, entre outros.
- Expectativa por parte do governo de colher 12 milhões de sacas em 2020.
Ações por parte do Governo e pela iniciativa privada são realizadas no intuito de aumentar a produção de café, bem como melhorar a sua qualidade. Isso se deve ao incentivo pelos preços recebidos, pela diferenciação de remuneração quanto à qualidade e pela boa aceitação do produto ugandense pelo mercado Europeu na composição dos seus blends. Tais prerrogativas, caso permaneçam, favorecem a manutenção e possivelmente a intensificação das ações que visam a alavancagem na produção do café de Uganda, onde a meta governamental é de se produzir 12 milhões de sacas em 2020. Considerando-se a taxa de crescimento na produção nos últimos oito anos (4,5% a.a.), a projeção para 2020 é algo em torno 4,5 milhões de sacas, mas caso pautemos o crescimento apenas na diferença entre as exportações das duas últimas safras, não seria um absurdo acreditarmos em algo próximo de 8 milhões de sacas.
Considerando o grande apelo europeu pelo café de Uganda, que a Europa é o principal mercado para o café brasileiro, e a pequena taxa de crescimento no consumo deste continente, a expectativa, se as aspirações dos dirigentes ugandenses se concretizarem, é um IMPACTO NEGATIVO NAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PARA A EUROPA.
Sobre o Bureau
O Bureau de Inteligência Competitiva do Café é um programa desenvolvido no Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) que objetiva criar inteligência competitiva e impulsionar a transformação do Brasil na mais dinâmica e sofisticada nação do agronegócio café no mundo. Apoiadores: Fapemig, Sectes, Seapa, Pólo do Café, INCT-Café e Ufla. O Bureau possui parceria com o CaféPoint, por meio do blog 'Bureau de Inteligência Competitiva do Café'
Equipe
Coordenador do Centro de Inteligência em Mercados: Prof. Dr. Luiz Gonzaga de Castro Junior.
Coordenador do Bureau: Ms. Eduardo Cesar Silva.
Equipe de Analistas: Afonso Celso Ferreira Pinto, Elisa Reis Guimarães, Érica Aline Ferreira Silva, Felipe Bastos Ribeiro, Giselle Figueiredo Abreu, Larissa Carolina da Silva Viana Gonçalves, Mariana Brito, Pedro Henrique Abreu Santos, Sarah Pedroso Penha, Stéphanie Lima.
A matéria é do Bureau, adaptada pelo CaféPoint.