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Os baixistas focam em um dólar mais forte

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 22/02/2016

3 MIN DE LEITURA

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A sinalização do banco central chinês dizendo não ter interesse de desvalorizar (ainda mais) o Yuan e o tom do FED sobre o impacto da turbulência dos mercados neste começo de ano em sua decisão de aumentar os juros ajudaram as bolsas de ações a subir durante a curta semana nos Estados Unidos.

Foto ilustrativa: Alexia Santhi/ Agência Ophelia/ Café Editora
Foto ilustrativa: Alexia Santhi/ Agência Ophelia/ Café Editora

Os três principais índices de commodities andaram de lado no período, já que o petróleo perdeu brilho na sexta-feira depois dos estoques do produto terem atingido um novo recorde de alta mundial. A conversa dos Sauditas, Russos, Venezuelanos e Catarianos em não incrementar a produção por ora é inócua por todos estarem produzindo níveis altíssimos para contrapor as perdas de receita com a queda das cotações internacionais. O agravante é o Irã que com a diminuição das sanções deve produzir mais petróleo inundando ainda mais a oferta em um mundo que cresce menos e tem um superávit do produto.

Os investidores depois de terem retraído suas posições em ativo de risco estão precificando apenas um “aperto” na política monetária americana de 0.25% para 2016, estancando a valorização da moeda dos gringos – o que seria mais positivo para as matérias-primas.

O café teve sessões enfadonhas, resultado do foco dos participantes em rolar suas posições do contrato de março para o de maio em Nova Iorque. No primeiro dia de notificação de entrega, sexta-feira, o spread entre os dois meses estreitou para US$ 0.95 centavos por libra-peso, isto considerando estoques certificados composto por lotes que demandam um desconto maior em função da “idade”.

A queda de US$ 1.00 centavo por libra do arábica da ICE nos últimos cinco dias apertou ainda mais os diferencias nas origens e o fluxo ficou menor em geral. Ao mesmo tempo o pico da entressafra no Brasil e a proximidade da primavera no hemisfério norte não atraem muitos os compradores, que pacientemente preferem aguardam ofertas mais atrativas para o segundo semestre do ano – muito embora busquem cobrir suas necessidades de curto-prazo no spot.

As exportações brasileiras em janeiro totalizaram 2,7 milhões de sacas, abaixo de três milhões de sacas pela primeira vez desde agosto de 2015. Fevereiro deve ser menor ainda, entretanto o volume acumulado é dilatado e mesmo assim os estoques americanos divulgados pelos GCA (Green Coffee Association) ficaram inalterados, quando historicamente em janeiro incrementam em média 130 mil sacas (considerando o período de 1989 e 2015). Somando a queda dos certificados a indicação é de a demanda estar se mantendo em alta.

A Organização Internacional de Café estima que o consumo mundial em 2014 tenha sido de 150,16 milhões de sacas, mostrando um crescimento de 1.54% sobre 2013 – depois de incrementos de 2.73% e 3.24%, respectivamente em 2012 e 2013. Se a taxa de crescimento de 1.5% se repetiu em 2015 e 2016, o cenário de oferta mundial não contribuirá para acumulação de estoques.

Chuvas esparsas nas regiões da Colômbia que sofrem com a seca diminuíram um pouco a preocupação dos agentes, mas é bom não se animar muito ainda, pois é preciso sequência nas precipitações, principalmente se abrir florada.

No Brasil a situação do Norte do Espírito Santo não deve reverter perdas da seca, justamente quando o país tinha tudo para ter uma recorde de produção ajudado pela recuperação do arábica. Considerando que o consumo doméstico fica próximo da casa de 20 milhões de sacas e o conilon é parte importante do blend local, os torrefadores brasileiros acabarão usando mais arábica, portanto influenciando na dinâmica dos preços internacionais.

Os baixistas do mercado de café tem a seu favor o argumento do enfraquecimento do Real e do Peso Colombiano, sem dúvida uma grande ajuda aos produtores dos dois países para vender seus cafés a preços equivalentes ao que vendiam quando Nova Iorque negociava próximo a US$ 140 cts/lb. Se não fosse pela questão da moeda uma aposta em novas baixas não teria muito sentido, pois qualquer nova perda de produção no mundo engole o pequeno superávit de 2 milhões de sacas estimado para o próximo ciclo. Sem falar que os produtores brasileiros já venderam quase um quarto da safra 2016/2017 e um pouco mais de 5% da 2017/2018.

Tecnicamente o contrato “C” precisa trabalhar acima de US$ 120.00 centavos para evitar o teste de novas mínimas e Londres precisa respeitar os US$ 1400 /ton como linha de suporte.

Uma excelente semana e muito bons negócios a todos,

*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting 

RODRIGO CORREA DA COSTA

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