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Mercado sinaliza alta no curto-prazo

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 13/07/2015

4 MIN DE LEITURA

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Com uma taxa de desemprego de 25% a população grega votou contra um novo pacote de austeridade no fim de semana passado. A consulta popular ao mesmo tempo em que deu força ao primeiro-ministro (PM) para não ceder às novas medidas da Troika coloca o país a beira de sair da zona do euro, estando já tecnicamente em default. Por outro lado a semana encerrou com o PM propondo um novo acordo cedendo a várias demandas iniciais, talvez pela situação desesperadora dos gregos que só podem sacar EUR 60.00 por dia de suas contas bancárias e não conseguem usar cartões de créditos locais.

Na China o índice de Shanghai perdia entre 12 de junho e a ultima quarta-feira 35% quando então o governo além de ter “estimulado” os fundos estatais a comprar papéis, proibiu os acionistas que tenham mais de 5% de ações de uma companhia em vendê-las, e suspendeu a negociação de quase 50% do total de papéis listados. Nada como um mercado livre, não é?!

Aparentemente investidores que precisam de dinheiro seja para margear suas posições ou por estarem com dinheiro “congelado” na China foram forçados a vender outros ativos, colocando pressão também em commodities e nas bolsas do mundo. Especificamente para a China uma redução de “riqueza” em uma economia que tem arrefecido, respinga em algum momento em um menor apetite para compra commodities.

Para completar o cenário volátil diversos investidores se animaram na quinta e sexta-feira sobre a possibilidade de um novo acordo Grego, fazendo os índices de bolsas na Europa e Estados Unidos recuperarem as perdas e estancando a queda das commodities.

O café se comportou relativamente bem frente à turbulência macroeconômica fazendo uma nova mínima em Nova Iorque para depois sustentar nas sessões seguintes. Se considerarmos a desvalorização do Real e do Peso Colombiano a performance dá a impressão que o potencial de baixa está limitado no curto-prazo – salvo novas apreciações do dólar mais agudas. Em Londres o squeeze continua, ajudando o mercado a não cair.

A movimentação no físico foi mais lenta, em linha com a queda dos futuros, com alguns negócios pontuais reportados nas origens que precisam vender (e tem) o arábica, e no spot dos destinos. No Vietnã uma grande trade-house mencionou que novas vendas em consignação agitaram o mercado, com os produtores apostando em mais altas para o terminal Londrino. A arbitragem estreita de Londres x Nova Iorque (fazendo com que o robusta esteja mais caro que qualidades “menos-nobres” do arábica), níveis de estoques certificados em 3.19 milhões de sacas, estoques no Vietnã de mais de 6 milhões de sacas, e a distância de apenas três meses de uma safra nova grande no maior produtor de robusta, me faz crer que a aposta em altas significativas do terminal é arriscada. Um novo squeeze parece improvável na tela de setembro, e mesmo que o arábica suba eu acho que a arbitragem alarga de novo, ou seja, Londres não acompanhará de forma igual.

A Starbucks aumentou o preço de algumas bebidas de café ao consumidor alegando aumento de custos, obviamente não da matéria-prima. Isto uma semana após de um grande torrador americano ter diminuído o preço nas gondolas de suas marcas de torrado e moído.

Os estoques de café em portos europeus aumentaram para 11.62 milhões de sacas em abril, trinta mil a mais do que em março, e bem acima dos 9.37 milhões de sacas de um ano atrás. As exportações da Colômbia seguem em ritmo forte, assim como a produção local, confirmando uma recuperação do segundo maior produtor de arábica no mundo.

Nos Estados Unidos as importações acumuladas nos últimos doze meses até maio estão 1% menor do que o período anterior, dado que alguns participantes usam como referência para defender seus pontos de que a demanda está estagnada.

No Brasil a Cecafé divulgou as exportações de junho fechando o total exportado do ano-safra 14/15 em 36.49 milhões de sacas, um novo recorde de alta (em 10/11 o total foi 35.27 milhões), com destaque para o conilon que totalizou 4.53 milhões de sacas, acima do recorde anterior de 4.4 milhões de sacas (em 2002/2003). Os embarques de arábica foram de 28.46 milhões, abaixo dos 29.68 milhões de 2010/2011.

Os fundos venderam 11,946 lotes em Nova Iorque entre o dia 1º e o dia 7 de julho e provavelmente um pouco mais entre terça e sexta-feira, dando uma chance de recuperação do terminal com uma eventual cobertura parcial de posições caso o contrato de setembro rompa os US$ 130.00 centavos por libra. Os comerciais diminuíram seus shorts e aumentaram suas coberturas, outro sinal levemente positivo para os preços.

Se o acordo da Grécia for aprovado, apesar do ceticismo sobre a execução do mesmo, ativos de risco devem subir e o dólar enfraquecer, outro fator que vai ajudar o café a subir no curto-prazo.

Uma excelente semana e muito bons negócios a todos,

*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting 

RODRIGO CORREA DA COSTA

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