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Chuvas e notícias negativas

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 14/09/2015

3 MIN DE LEITURA

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O mercado financeiro aguarda ansiosamente a decisão sobre o aumento dos juros dos Estados Unidos no próximo dia 17 de setembro para reorganizar as carteiras de investimentos.

Notícias dos mercados emergentes e indicadores econômicos mistos da principal economia do planeta ajudaram os índices de bolsa europeus e americanos a ficar praticamente de lado desde o meu último comentário (há duas semanas).

Foto ilustrativa: Café Editora
Foto ilustrativa: Café Editora

Confusão mesmo veio do Brasil com a presidente mandando um orçamento para aprovação no congresso com um déficit de 30 bilhões, mostrando não estar preocupada com as contas do país e desencadeando o rebaixamento da nota da dívida para o grau especulativo pela agência de risco Standard & Poor’s. Com o perdão do trocadilho, pobre população que sofrerá ainda mais com a atual administração, que muitos veem como esperança a não-conclusão do mandato.

A moeda brasileira neste cenário bateu R$ 3.9061 contra o dólar-americano ajudando a empurrar o café para novas mínimas, com contribuições do clima e de fatores técnicos.

O arábica em Nova Iorque fechou no pior patamar, em dólares, desde janeiro de 2014, a US$ 116.55 (considerando o segundo mês de futuros). Londres está pior, caiu para os níveis de novembro de 2013. Em minha opinião as chuvas abundantes nas regiões produtoras no Brasil desencorajaram compras no terminal, trouxeram algumas vendas de origens e com a fraqueza do Real atraíram especuladores para vender – mais ainda depois da quebra da mínima anterior.

Por outro lado, os preços em reais por libra-peso se mantêm em saudáveis R$ 452.00 centavos, distante dos R$ 561.00 centavos de outubro de 2014, mas acima da média de quatro anos de R$ 367.00 centavos – um argumento indisputável dos baixistas.

As perguntas que cabem são: 1) Há café suficiente para os produtores brasileiros pressionar as cotações no curto-prazo?; 2) A safra 2016/2017 começará a ser vendida exatamente quando (em volume)?; 3) Onde vai parar o Real?

Aos que assumem uma safra atual menor do que a do ano passado a resposta à primeira pergunta é um sonoro “não”. Mas, mesmo para os que acham ser maior, eventualmente a atual sensação de descontrole da economia e o risco de pressão inflacionária maior (que pode não perdurar dado o quadro recessivo mais agudo), pode fazer os produtores segurar o café para se proteger. Quanto a safra 2016/2017 muitos devem esperar a firmação da florada/a continuação das chuvas pelo período necessário para então buscarem compradores interessados em garantir o fornecimento de café lá na frente.

Falar do Real é mais complicado, pois a Dilma pode sempre tirar outro coelho da cartola que assuste a todos. Entretanto com os títulos brasileiros já negociando a níveis piores de economias bem mais complicadas, o dólar já ter valorizado muito e o cenário político parecendo impossível de piorar ainda mais, tudo indica que no curto-prazo o câmbio não deva passar os R$ 4.00. Bem, especulemos, se cair o Levy imediatamente o desespero tomará conta do ambiente, mas isto, imagino, deve ser a gota d’água para finalmente o processo de impeachment acelerar a saída da mandante.

Atendo-nos apenas ao café, as notícias baixistas em grande parte já estão descontadas, como a safra colombiana se repetindo, a vietnamita esperada como maior do que a atual e os estoques certificados elevados. Talvez ainda falte uma venda maior dos especuladores quando virem as fotos das floradas nas próximas semanas, mas fora isto as novidades podem ser altistas a partir de agora, como por exemplo uma renda mais baixa dos produtores de suaves em função das chuvas erráticas nos últimos meses por lá.

Os fundos já estão novamente com a maior posição vendida desde dezembro de 2013, e embora não pararão de vender enquanto os sinais gráficos não apontarem que estão errados, os volumes devem ser menores de agora em diante. Ao mesmo tempo a contínua compra dos comerciais, como mostrada no COT, e um intervalo de preços mais apertado da curta semana passada, podem ser fatores suficientes para uma cobertura de shorts no curto-prazo, que então testará a disposição de venda dos produtores da América Central, Colômbia e Brasil.

Só não podemos ter a queda do ministro da economia brasileira agora, ou o improvável aumento dos juros pelo FOMC em mais de 0.25% na reunião do comitê da semana que se inicia.

O primeiro nível de resistência é US$ 120.00 centavos, e o suporte está a 115.50 e 110.00.

Uma excelente semana e muito bons negócios a todos,


*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting 

RODRIGO CORREA DA COSTA

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ANÔR FIORINI DE CARVALHO

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 19/09/2015

Caro Wilson, no país do capital, os EUA, os produtores de soja são fortemente financiados com subsidios, no Chile a importação de uva é proibida ... Eles se protegem. E nós ?  A quem interessa liberar a importação de café verde, vamos importar broca, phoma, etc ... vamos financiar a cafeicultura mundial em detrimento de investimentos para liderarmos esse comércio ...Investimos em variedades, pesquisa, adubação, processamento e produzimos, somos competentes nisso ... e na hora de vender botamos num saco de aniagem cheio de remendos e pedimos pelamordedeus ... entregamos o ouro ... perdemos de 7 a 1 ...  Atrás na noticia tem o interesse de quem publica a noticia. Até Madre Teresa de Calcutá tinha interesses, nesse caso o de proteger os que não tem voz. A Melita tem capital alemão, A 3 corações tem capital judeu. O café do ponto, pontual, caboclo tem capital americano da Sara Lee ... ou seja, até mesmo o café torrado e moído aqui dentro do Brasil está sob controle de capital internacional. Eu só bebo café especial produzido e torrado direto aqui dentro. Não tenho maquina nespresso e faço parte de um grupo que fortalece o nosso controle desde a produção até a ponta do pro-sumo. Pro-sumidores, aqueles que se aproximam de quem produz. Esse o nosso conceito para valorizar nossa cafeicultura. É preciso a tal vontade política. Falando em política:  Perguntinha final ... se a gigante Sara Lee pode financiar com dólares a campanha eleitoral dos nossos deputados e partidos políticos, a importação de café verde vai ser aprovada ou reprovada ???  duhhhh !!! . e vem o Gilmar Mendes aprovar financiamento empresarial de partidos e políticos ...
WILSON OSLIS SANCHES LUCAS

MARÍLIA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/09/2015

Parabens Anor e isso ai.

So vamos resolver o nosso problema o dia que nao exportarmos mais cafe verde e esse governo incentivar coperativas para produzir graos torrados ou moidos para consumo.

Veja vcs que ainda tem uns querendo importar cafe verde?????

ABSURDOOOOO
ANÔR FIORINI DE CARVALHO

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 15/09/2015

Carissimo, os comentários seus fazem com a presidente exatamente o que fizemos com o nosso café desde Franciso Melo Palheta ... assumimos nosso complexo de vira lata e desvalorizamos tudo o que temos de bom. Desconhecemos o processo democrático e enfraquecemos nossa missão de ocuparmos um lugar de destaque no mundo, tanto política quanto técnicamente. Temos café de qualidade que a Alemanha negocia, a Illy negocia, a Nescafé negocia ... temos democracia que pode fortalecer, mas entregamos isso aos especuladores das bolsas de Londres e do dólar ... continuamos latindo e abanando o rabo para quem compra nosso café ... ao invés de nos valorizarmos e disputarmos espaço ... a Archer Consulting, para quem você colabora, não se chama Santos Consultoria ... o nome dela é estrangeiro ... os comentários dela atendem a quem a batizou. A Standard & Poors está pagando 175 milhões de multa por ter dito que o mercado estava seguro em 2008 ... e nós acreditamos nela ... abanamos o rabo pra ela.  Os problemas políticos não são privilégio nosso e a competência técnica não é pribilégio deles. É hora de virar a lata e enfatizarmos o que temos de bom para que os cachorros dos vizinhos ouçam nosso latido.

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