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Gestão, políticas públicas e prece a São Pedro

BRENO MESQUITA

EM 07/11/2014

2 MIN DE LEITURA

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Foto: Aislan Henrique da Silva/ Café Editora
Foto: Aislan Henrique da Silva/ Café Editora


Passada a colheita, e em reta final do beneficiamento, a quebra da safra brasileira de café é fato consolidado. Em alguns estados produtores, como o líder Minas Gerais, a seca tomou proporções tão significativas que mesmo os cafeicultores mais antigos disseram nunca terem visto situação semelhante.

Os reflexos da seca certamente influenciarão também a produção em 2015. Ainda é cedo para se falar em percentuais de volume ou da participação no mercado internacional, mas é preciso já lidar com a preocupação dos produtores em como manter fluxo e rentabilidade frente a cenários tão pouco otimistas. Outro questionamento: como não deixar que a seca afete a qualidade dos cafés especiais, pelos quais o Brasil vem se destacando em todo o mundo? São essas as grandes incógnitas para o setor nesse final de ano.

Tanto os cenários possíveis para 2015, quanto a urgente necessidade de alternativas para que o produtor tenha fôlego para passar a fase atual, demandam duas frentes de atenção e muito trabalho: políticas públicas e gestão.

Por políticas públicas, incluem-se velhas conhecidas do setor: renegociação de ativos e facilitação do acesso do produtor a linhas de crédito, seguro agrícola e opções de venda, que lhe permitam o controle sobre o escoamento da safra sem prejuízo ou endividamento. Bem além desses instrumentos emergenciais, é preciso que haja proposição de políticas de planejamento para reduzir a vulnerabilidade do setor frente às inúmeras variações climáticas e mercadológicas a que está submetido. O primeiro passo precisa ser o diagnóstico e georreferenciamento da cafeicultura brasileira; um estudo bastante completo do setor, capaz de subsidiar a proposição de soluções concretas e geração de renda para a atividade.

Também são políticas públicas de enorme importância as ações voltadas à abertura de mercado, ampliação do consumo e valorização do café brasileiro em todo o mundo. Sabemos bem o nível que alcançamos e, no entanto, não o alardeamos como deveríamos. É preciso investir em marketing, em posicionamento e comercialização internacional calcada na qualidade.

Ao mesmo tempo, precisamos dar ao cafeicultor condições para gerir seu negócio - com o controle de quem bem conhece os momentos de sufoco e o impulso empreendedor dos que perseguem dias muito melhores. Enquanto as políticas não se concretizam e as incertezas dão ainda a tônica das expectativas para a próxima safra, o segredo estará na gestão eficiente, na administração de custos e investimentos e na avaliação cautelosa sobre quando e como vender sua produção.

Produzir, sabemos bem. Nessa lição temos já um dez com louvor. É hora de o cafeicultor se tornar bem sucedido também na administração de seus negócios e na busca pelo reconhecimento público de sua enorme importância para a economia brasileira. No mais, é rezar pela chuva. 

BRENO MESQUITA

Cafeicultor, diretor da FAEMG e presidente das Comissões de Café da FAEMG e da CNA.

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JANIO ZEFERINO DA SILVA

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/11/2014

Caro Breno,



A garantia de renda é o principal alicerce de qualquer atividade econômica.



As politicas de opções financeiras com proteção ao cafeicultor de todos os portes e que produz todo tipo de café é o primeiro passo, sem pensar em compras físicas de café.



Quanto ao marketing, a cadeia produtiva do frango e da carne bovina tem a receita pronta. O setor tem que investir em marketing interno e externo. O Governo pode dar apoio logístico e institucional, mas recursos financeiros é pouco provável.

Com apenas R$ 1,00 por saca/ano teríamos cerca de R$ 40 a 50 milhões/ano para investir em promoção do café brasileiro mundo a fora.

Dividindo esse valor entre cafeicultor, mercado interno e exportação muito pode ser feito.



Quanto ao georreferenciamento, concordo que é preciso redefinir as fronteiras da cafeicultura brasileira fortalecendo-a onde é mais viável sob os aspectos ambientais, sociais e econômicos e propiciando para as regiões de menor viabilidade oportunidades de se reposicionarem em outras culturas e atividades de forma a não incentivar o êxodo rural.

Para isso, é preciso determinação, coragem e liderança, atributos que Você tem!

Agora é começar!

Conte comigo           
MARCO ANTONIO JACOB

ESPÍRITO SANTO DO PINHAL - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 10/11/2014

Breno ,



quais as politicas públicas podemos esperar , ou que estão sendo desenhadas ?
MARIA ELIZABETH PÉRES VILELA JACOB

CARMO DO RIO CLARO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 10/11/2014

Breno contamos com sua dedicação e determinação junto ao nossos Ministerio da agricultura e Fazenda.

Temos feito o dever de casa em nossas lavouras e no mais como voce disse é rezar pela chuva que continuam muito escassas em minha região.
SILVIO GIOVANNI DE ALMEIDA

PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 09/11/2014

Meu caro Breno queira por favor voce que homem pubrico enviar a nosso companheiro cafeicultores essa noticia que nem todo cafe que produzimos o mundo vai consumir com isso devemos ser mais organizado e produzimos apenas o nessessario que aí vamos ter preço.Um lembrete a nossos companheiro cafeicultores uma safra de cafe  para garantir preço´tem que ser 30 milhões sacas e não 45 a 50 milhões.

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