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As necessidades da cafeicultura em 2015

BRENO MESQUITA

EM 05/03/2015

2 MIN DE LEITURA

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O setor cafeeiro vem passando por uma situação preocupante desde 2013, acentuada em 2014 pela quebra de safra que, mesmo com preços mais altos, não ajudou o cafeicultor a cumprir compromissos financeiros e reduzir passivos. Agora, a situação se agrava. Os cafezais têm mais um problema sério: a seca, que tem afetado duramente a produção nacional, com prováveis reflexos na safra de 2016.

Para minimizar os impactos nas regiões cafeeiras de Minas, a Comissão Técnica de Café da FAEMG reuniu produtores e representantes de sindicatos rurais. Regiões como Sul, Matas, Cerrado e Chapada apresentaram cenários diferentes - não há região que não tenha problemas graves - e que por isto mesmo terão de receber tratamentos distintos, o que mostra a complexidade da situação no estado.

Para enfrentar o cenário adverso, foram levantadas e reunidas as principais demandas do segmento para que seja buscado, além das soluções emergenciais, um estudo mais amplo das questões estruturais.

Foto do leitor José Adauto de Almeida
 
Florada em fevereiro de 2015. "Precocidade ou distúrbio fisiológico pelas altas temperaturas de Janeiro/2015?" / Foto do leitor José Adauto de Almeida

Foram identificadas ações que, se executadas prontamente, poderão equilibrar o setor neste momento de crise. A liberação dos créditos do Funcafé no período adequado, uma vez que entre as regiões há um descompasso entre o começo da colheita, custeio e estocagem, e a melhoria do preço mínimo estabelecido pelo governo federal são as principais. É imprescindível também um estudo sobre os passivos para que possam ser viabilizadas condições para sair da crise.

Porém, o segmento não precisa apenas se capitalizar. A cafeicultura enfrenta também transtornos relativos à broca do café. Os produtores buscam a prorrogação do prazo de emergência fitossanitária e a adoção de medidas emergenciais para que a praga não volte a prejudicar as lavouras. Para cada 5% de frutos atacados pela broca, até 1% apresenta defeito, o que interfere diretamente na qualidade da bebida e, consequentemente, reflete no preço recebido pelo cafeicultor.

Outro item importante, levantado pelos cafeicultores do Cerrado é a criação de condições para retenção e infiltração de água nas propriedades. Uma das alternativas é a construção de estruturas, como bacias de acumulação de água pluvial, pequenos açudes (barraginhas) para contenção de enxurradas e barramentos de porte que não afetem cursos d’água. Para tanto, é necessário apoio do governo estadual, especialmente da Semad (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), para priorizar e incentivar intervenções que geram aumento na disponibilidade hídrica.

Mesmo diante de tantas dificuldades, o momento não é de perder o entusiasmo e, portanto, investir menos. Muito pelo contrário. O momento é de sentar, discutir, buscar soluções e traçar estratégias em prol desse forte segmento da agricultura. Apenas reforçando os tratos culturais o produtor terá oportunidade de, pelo menos, recuperar parte das perdas contabilizadas dos últimos dois anos.
 

BRENO MESQUITA

Cafeicultor, diretor da FAEMG e presidente das Comissões de Café da FAEMG e da CNA.

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JANIO ZEFERINO DA SILVA

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/03/2015

Caro Johny,



No site do Ministério da Agricultura tem um link do,FUNCAFÉ onde constam todas as informações sobre os recursos do Fundo e onde são aplicados. O último número que lembro eram R$ 3,8 bilhões
JOHNY FERREIRA BUENO

BOA ESPERANÇA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 08/03/2015

Senhor Breno Mesquita, sou cafeicultor há 30 anos..... moro no Rio de Janeiro e minha propriedade fica na cidade de Boa Esperança-MG. Pois bem, nestes trinta anos sempre ouço falar nos recursos de FUNCAFÉ que, diga-se de passagem é dinheiro que pertence aos cafeicultores, pois foi tungado da época do IBC e rende juros exorbitantes até hoje, e ninguem sabe qual seria este valor pois o Banco do Brasil não presta contas. Como posso saber quantos bilhões os cafeicultores possuem nesta conta que é de todos nós. Agradeço
JANIO ZEFERINO DA SILVA

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 07/03/2015

Análise coerente e alinhada com a realidade da cafeicultura brasileira.

Preços estáveis e que garantam renda são fundamentais.

Opções privadas sem entrega de produto lançadas pela CONAB são uma boa oportunidade de multiplicar os recursos do FUNCAFÉ ou do orçamento federal.
JOSÉ ADAUTO DE ALMEIDA

MARUMBI - PARANÁ - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ

EM 06/03/2015

Parabéns pelas verdades colocadas no papel. O setor está precisando de uma reflexão e redirecionamento dos seus principais problemas (citados no seu artigo) não esquecendo porém, da dificuldade de encontrar "mão de obra"para os serviços manuais como a desbrota das lavouras de todo o Brasil e as demais operações que são realizadas manualmente  principalmente pela cafeicultura de montanha (Sul de minas, Zona da Mata de Minas , Espírito Santo) que oneram cada vez mais o cafeicultor.

Obrigado pela citação da autoria da foto.

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